O SITE BNEI NOACH PROJETO NOAISMO INFO APRESENTA
MINI CURSO GRATUITO DE INTRODUÇÃO AO TEMA DE BNEI NOACH
Idealizado por Projeto Noaísmo Info
Seleção, Organização, Edição: Proj. Noaismo Info
(Veja as palavras do próprio Rav Shimshon Bisker, de Israel, o Rabino Supervisor do Site Bnei Noach Projeto Noaísmo Info, sobre o trabalho do Proj. Noaismo Info, e sobre a menção de outros rabinos no Curso Bnei Noach, em:
ABERTURA DO CURSO SOBRE BNEI NOACH)
BNEI NOACH: SEXTA PARTE
Por Rav Menachem Mendel Schneerson (O Rebe de Lubavitch)
Traduzido do inglês por Projeto Noaísmo Info
A MITSVÁ DE CONHECER D’US E OUTRAS MITSVOT ESPIRITUAIS PARA OS BNEI NOACH
Na parte anterior, terminamos com a declaração do rabi Nisin Gaón em sua Introdução ao Talmud:
“Todos os mandamentos que dependem de dedução lógica e entendimento do coração, todos eles são obrigatórios sobre o [primeiro] humano e sua descendência para sempre.
E os mandamentos que se conhecem por tradição através das palavras dos profetas, D’US não se absteve de ordernar aos ancestrais o que era apropriado conforme a sua sabedoria. [E] para Adám [e] para os descendentes de Nôach foram ordenados 7 mandamentos. E rabi Chanina acrescentou a proibição de comer sangue de um ser vivo [caso a extração for ser de modo cruel]. E rabi Chidka acrescentou a proibição de esterilidade [universal]. E rabi Shimon [acrescentou] também a proibição de bruxarias. E rabi Yosei [acrescentou] tudo o que foi mencionado na seção [de Deuteronômio 18:9-14] que se refere às bruxarias. E rabi Eleazar [acrescentou] também mesclar animais [de diferentes espécies] e mesclar árvores, tal como consta explicitamente no Talmud. E seguiram acrescentando até que o número de mandamentos que foram recebidos por tradição chegou a vinte e oito (28), e teve aqueles que disseram que os mandamentos que foram ordenados antes da entrega da Torá eram trinta (30). E ainda que se aprendem os [30] mandamentos de uma citação bíblica [Gênesis 2:16], nem todos foram recebidos por tradição, porque o mandamento de conhecer O SANTO, BENDITO É ELE, e o mandamento de obedecê-LO e o mandamento de servi-LO se captam através do entendimento [do estudo da Torá].”
Como vemos, a última frase dele menciona “o mandamento de conhecer O SANTO, BENDITO É ELE, e o mandamento de obedecê-LO e o mandamento de servi-LO”.
O rav Shimshon Bisker explica:
“Antes de [mais nada], é fundamental saber que para ser considerado um ben-Noach Justo — [alguém] que está cumprindo as Leis de Noach e [por conseguinte é] incluído entre os “chassidei umót ha’olam” (Justos das Nações) —, existe uma condição:
Crença em D’US e reconhecer a origem das Sete Leis que são transmitidas através da Torá!
A Torá foi entregue ao Povo de Israel para toda a humanidade. Todo mundo tem a chance de se aproximar de Hashém através de SUA orientação [a Torá].”
ESPALHAR A VERDADE DE D’US POR TODO O MUNDO
Portanto, é fato que “os Bnei Noach foram ordenados a acreditar em D’US [no sentido de saber sobre ELE], O CRIADOR e GOVERNANTE do universo”, e é fato que “é ilógico dizer que O CRIADOR nos ordena acreditar que ELE existe. Pois, quando dizemos que O ‘CRIADOR ordena’, já presumimos que ELE existe!”, como o disse o Rebe. E o próprio Rebe (rabi Menachem Mendel Schneerson) explica o significado de “ordenados a acreditar em D’US”:
“Os gentios são proibidos de adorar outros deuses e, portanto, o oposto disso, a crença em D’US, é de importância fundamental para toda a humanidade. Pois todas as pessoas têm sido ordenadas a acreditar [(saber)] que há um CRIADOR que trouxe o mundo à existência e o supervisiona. A negação de D’US é considerado o pecado mais grave que pode existir. É verdade que nem todos os detalhes da observância da fé em D’US como é incumbido ao povo judeu, como detalha o rabi Maimônides no início de seu livro Mishnê Torá¹, são relevantes para Bnei Noach. No entanto, o conceito amplo de que há um CRIADOR que supervisiona o mundo inteiro foi revelado e dado a conhecer para toda a humanidade pelo nosso Patriarca Avrahám. Ele tratou de espalhar a consciência de D’US por todo o mundo. Mais tarde, na Entrega da Torá, esta responsabilidade foi entregue para cada judeu — isto implica que em suas relações com as nações gentias, um judeu também as influencia a reconhecerem e servirem D’US: [Porque] “Moshé, por ordem de Hashém, nos ordenou a obrigar todos os habitantes do mundo a aceitar as mitsvót dadas para os descendentes de Nôach.” (As Leis dos Reis 8:10) E estes começam com os mandamentos de negar a existência de outros deuses e o de acreditar em D’US[, além de que] mesmo entre os gentios, não deve haver ninguém que se rebele contra D’US.
¹ A nota se encontra na próxima parte.
Os sábios explicam que o motivo pelo qual D’US criou o universo foi “um desejo de uma morada nos reinos inferiores” — uma morada (em nosso universo material) para a revelação do NOME de D’US. Nesse sentido, todo judeu — e todo gentio — é um emissário de D’US. Fazer uma morada para D’US neste mundo significa garantir que todos saibam que D’US é O CRIADOR do Céu e da Terra, e que sua morada permanente é neste mundo. Este conhecimento leva todas as pessoas a se comportarem em conformidade com o lugar onde D’US habita. [Portanto] uma pessoa deve cada dia melhorar sua conduta diária de acordo com a Vontade do CRIADOR, conforme revelado na Torá, Torat Emet (a Torá da verdade), e desse modo trazer uma melhoria (aperfeiçoamento) em toda a Criação, e assim realizar a intenção do CRIADOR de “fazer deste mundo material uma morada adequada para ELE, BENDITO É ELE”, O ABSOLUTO.
[A mera] crença não afeta necessariamente a conduta de alguém. As crenças de uma pessoa podem ser separadas de sua mente e conduta. Muita gente fala de acreditar em D’US ou de ter D’US em seus corações. O desafio da fé não é apenas crer. Na verdade, simplesmente ter fé não é desafio algum, já que a fé é uma parte inerente de nossa existência. Nosso desafio é agir com fé, fazer com que o nosso compromisso espiritual influencie o nosso pensamento e conduta diários. É isso o que significa confiar em D’US. Esta confiança em D’US é uma necessidade fundamental. É impossível construir uma sociedade justa e moral sem a confiança em D’US e a dependência de SEUS princípios. Um não pode existir sem o outro. A fé genuína em D’US requer conduta moral, e a conduta moral só pode continuar de forma estável e contínua quando baseada na confiança em D’US. [Em outras palavras] a fé em D’US implica um relacionamento que tem um efeito em nossa conduta diária neste mundo. Esta fé deve motivar as pessoas a observarem os mandamentos de D’US, cuja intenção fundamental é seguir um estilo de vida que tende à estabilidade. ELE ordenou modos de conduta que conduzirão a um ambiente social positivo.
[Então também não basta apenas dizer: ‘mas eu não faço nada de errado’, pois a obrigação de cada ser humano é, nas palavras do Rebe: “fazer o que é certo aos olhos do CRIADOR — cumprir os mandamentos de D’US, que são a única razão da criação da humanidade.”]
Segue-se também que o mandamento que compromete toda a humanidade a acreditar em D’US e confiar NELE inclui também o conceito de oração, de pedir-Lhe que satisfaça as suas necessidades, e coisas semelhantes. Vemos isto na narrativa de Yoná (Jonas), o Profeta, a quem D’US enviou para motivar o povo de Nínive, gentios, incluindo seu rei, a retornar para ELE em arrependimento e a orar para ELE.
Tudo isso ocorreu depois que um decreto celestial foi emitido para a destruição da cidade. No entanto, “os castigos preditos por um profeta” podem ser revertidos, porque “O SANTO, BENDITO É ELE, demora para SE irar, é abundante em bondade e perdoa o mal” (Joel 2:13; Jonas 4:2), e assim “é possível que o povo se arrependa e seja perdoado, como foi o caso com os habitantes de Nínive.”
Este episódio tornou-se parte das diretrizes da Torá para toda a humanidade, ensinando-nos que o mandamento de arrepender-se e orar para D’US por suas necessidades recaía sobre os habitantes de Nínive — e, portanto, se aplica à humanidade como um todo.
Além de disseminar a fé de que D’US é O CRIADOR do mundo e o supervisiona, nós judeus devemos também enfatizar para os gentios que D’US é a essência do bem — que “o que quer que O MISERICORDIOSO faça, ELE o faz para o bem”. Portanto, a cada momento e em todas as situações, [ambos — gentios e judeus] devem servir D’US com alegria e um coração feliz.
(Continua.)
Por Rav Menachem Mendel Schneerson
Traduzido do inglês por Projeto Noaísmo Info: © Projeto Noaismo Info
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