• O que é Bnei Noach?
• O que é noaísmo (movimento Bnei Noach)?
• Quais são os Sete Princípios de Noé?
• Por que ser um Bnei Noach?
Sete Leis para um Lindo Planeta
A tradição Noaítica
Torá significa “instruções”. A Torá contém as instruções de D’us para toda a humanidade.
A Torá é a Verdade. Quer conhecer a Verdade? Ei-la aqui.
Por Rabi Tzvi Freeman (Chabad)
Somos um só organismo, uma membrana tênue esticada em cima de um vasto mas delicado globo, cada célula compartilhando cada sopro de ar, cada gole de água, cada micróbio — até mesmo cada byte de conhecimento. Vastas redes de comunicação e comércio nos uniram, tanto quanto as proteínas unem os elementos da vida.
Somos a humanidade.
Mas vamos com calma. Nós não somos células — somos seres humanos, cada um um mundo inteiro. Temos famílias e culturas, crenças e religiões. Valorizamos estas distinções, porque sem elas cada um de nós não é mais do que outra ameba solitária flutuando sem rumo sobre as ondas de um universo sem sentido. A distinção é vital, pois neste universo, sem diversidade não há vida.
Então aqui está o problema: podemos encontrar uma nova consciência que permita a cada um de nós preservar o nosso patrimônio único enquanto tocamos em sintonia com a grande orquestra da humanidade?
Soa como um conto de fadas. Se não fosse por uma coisa: o caminho está aqui há tanto tempo quanto nós. É a única coisa que todos nós compartilhamos. Porque nenhum de nós o inventou.
A NÃO-RELIGIÃO(*)
Há um ensinamento antigo que não tem nenhuma casa de culto, nenhum sacerdote, nenhuma cerimônia de conversão. Ninguém precisa abandonar sua herança para abraçá-lo; apenas voltar, cavar profundamente, de volta às verdades essenciais que estão enterradas dentro de cada sistema de crenças conhecido pela humanidade e descartar as camadas externas que podem ter distorcido a sua mensagem.
É possível que você tenha ouvido falar deste ensinamento, preservado e transmitido ao longo dos milênios pelo Povo Judeu — embora seja ainda mais antigo do que a antiga nação: que todas as religiões brotaram a partir de uma única semente e compartilham uma única raiz.
De acordo com esta tradição, Noá (ou Noé), o pai de todos nós, plantou essa semente, um presente que ele recebeu do CRIADOR de Todas as Coisas. É baseado em um conjunto de leis que ele recebeu de Adám, renovado e expandido no tempo de Noá. É um guia do além para mostrar à humanidade como criar um mundo sustentável que nunca mais voltaria a enfrentar a destruição.
(* O Caminho Espiritual das Leis de Noá NÃO é uma religião nem a base de uma religião ou ideologia.)
E trata-se de um ensinamento que traz muitas vozes em harmonia, pois é a essência de todas elas, mas não nega a qualquer uma sua beleza única. Afinal de contas, depois de ter encontrado a verdade em seu próprio quintal, isso não significa que ninguém mais pode ter um quintal. Em vez disso, em cada quintal há outra brasa incandescente dessa verdade conhecida por Noá. Cada povo tem cultivado e desenvolvido uma certa sabedoria, uma certa beleza que os outros não têm.
Então, isso é tudo o que estamos apresentando aqui: um guia para encontrar as verdades dentro das tradições que já temos. Pois naquelas verdades latentes encontra-se tudo o que precisamos para respirar em conjunto como uma só humanidade harmoniosa abraçando um Planeta Terra saudável.
Poder do Além
O poder por trás destas sete leis é que nenhum de nós as inventou. Podemos dizer que elas são de “fora do sistema”. Isso é importante. Porque, como todo mundo sabe, sistema algum pode subsistir por si próprio.
Pense nisso:
Você pode fazer uma máquina de movimento perpétuo? Não. Porque uma máquina não pode funcionar por conta própria, ela não funciona por si só.
Você pode fazer um sistema de lógica sem suposições? Não. Porque a lógica não pode se explicar.
Pode a humanidade determinar como viver junta em paz e harmonia por todo o tempo? Não. Porque não nos colocamos aqui. Precisamos nos conectar com algo além de nós, infinitamente maior que nós, para fazer isso.
Precisamos de um conjunto de princípios baseados não na razão humana, mas na santidade essencial da vida e da justiça. Então aqui estão sete leis que não são verdades relativas que podem mudar à medida que a sociedade muda. Elas são (verdades) absolutas; bases sólidas sobre as quais o mundo pode se apoiar firmemente.
As Sete Leis de Noá
(a Fé mais antiga da humanidade, a Fé Original)
1. Abrace a Relevância da SINGULARIDADE
O primeiro princípio de Noá é que A ESSÊNCIA SE importa com o que estamos fazendo e quer algo de nós.
Para ter um propósito, o universo deve ter um núcleo singular — uma ESSÊNCIA Consciente e Deliberada que escolhe SE preocupar com a realidade que se estende a partir DELA.
Cada cultura tem seus nomes para ESTA SINGULARIDADE ESSENCIAL por trás da realidade. Uma coisa é acordada por todos: não estamos falando de um ser, físico ou espiritual, que pode ser conhecido ou definido de alguma maneira. Afinal de contas, ESTA ESSÊNCIA é responsável por todo ser e toda forma — então ELA MESMA transcende todo ser e forma. Até mesmo os termos (as condições) de “existência” ou “não-existência” não se aplicam (a ELA).
No entanto, a tradição de Noá insiste em que ESTA SINGULARIDADE INCOGNOSCÍVEL SE preocupa com a nossa realidade e é acessível a cada um de nós através de orações e ações; que a realidade não é um acidente — cada detalhe da vida é deliberado e está cheio de propósito e significado.
A ESSÊNCIA deseja ser encontrada em cada coisa. Por quê? É uma paixão além da razão. A razão, aliás, é apenas uma outra idéia que ESTA SINGULARIDADE ESSENCIAL sustenta.
ESSA CONSCIÊNCIA ESSENCIAL falou a partir do interior dos primeiros membros da humanidade. De SUA Voz, aprendemos que os atos de bondade, carinho, oração, sabedoria e iluminação nos colocam em harmonia com o universo. Assassinato, roubo, adultério, incesto e crueldade para com criaturas vivas — tudo isso e tudo relacionado a isso é destrutivo para essa relação. E foi-nos dito para administrar a justiça.
Como essas leis foram esquecidas? Com o tempo, as pessoas passaram a confiar mais em sua própria compreensão e menos nessa Voz do Além. Elas entenderam que existe Uma Única ESSÊNCIA SUPREMA, mas elas decidiram que as muitas forças da natureza também mereciam ser consideradas seres conscientes e semiautônomos. “Afinal de contas”, elas disseram, “como você pode falar com a ESSÊNCIA? Como ESTA poderia se importar conosco? Precisamos de algo com que possamos nos identificar.”
Foi assim que a idéia de um panteão de deuses se tornou popular. Não demorou muito para que os templos fossem levantados para essas muitas forças e seres. Logo houve representações físicas, para que as pessoas pudessem focar suas mentes e corações em manipular o fluxo cósmico. Mais tarde, surgiu uma nova geração que só vivia de rituais exteriores, (uma geração que) não compreendia de modo algum o significado interno.
Por fim, a humanidade se deteriorou a tal ponto que o homem e a mulher comuns conheciam apenas a madeira e a pedra e acreditavam que estas eram os deuses que controlavam suas vidas. Aqueles buscadores e eremitas que sabiam a verdade não ousavam compartilhá-la, exceto com seus discípulos mais próximos.
Com a idolatria, veio a queda da dignidade humana. Governantes alegaram ser deuses e trataram seus súditos como seres inferiores. As únicas vidas que foram estimadas foram as que foram consideradas próximas aos deuses.
Até que uma alma elevada entrou no mundo e mudou seu rumo. Seu nome era Avrahám (Abraão) e ele também foi criado na idolatria e na superstição da época. Mas ele levou essas práticas a sério, ponderou sobre seu significado, e se deu conta de que eram mentiras.
Sem professor para guiá-lo, ele percebeu que todas as forças da natureza trabalhavam em harmonia síncrona. Ele optou por unir sua alma não com o fogo e não com o sol, não com o céu e não com o vento, não com as constelações celestes e não com os espíritos invisíveis, mas com a divindade singular que vive dentro de todos eles. Por fim, ele veio a entender que esta grande força chamada natureza era, também, apenas uma manifestação da FONTE TODATRANSCENDENTE a partir da qual toda a existência se origina.
As idéias de Avrahám ameaçaram a autoridade dos deuses-reis e de seus sacerdotes nomeados. Ele os desafiou abertamente, declarando que todo ser humano podia recorrer diretamente À AUTORIDADE SUPREMA por todas as suas necessidades, por compaixão e por justiça, isto é, que A SINGULARIDADE INCOGNOSCÍVEL podia — pode — ser encontrada em qualquer lugar, a qualquer momento, em qualquer coisa e por qualquer pessoa.
Os antigos gregos e egípcios mencionam Avrahám como um grande sábio e astrônomo. Três grandes religiões consideram-no seu patriarca. Alguns ensinamentos judaicos indicam que o conceito monoteísta de Brahman — que parece estar intimamente relacionado ao seu nome — se deriva de seus ensinamentos. Sem a sua convicção de que há harmonia nos muitos opostos da natureza, a busca da ciência não seria possível.
Depois da passagem de Avrahám, o mundo voltou à escuridão. Seus filhos continuaram o seu caminho em um mundo hostil. Por fim, também eles, como escravos no Egito, ficaram impregnados de falsidade e as sementes que Avrahám tinha plantado quase murcharam e morreram.
Foi então que surgiu um outro revolucionário. Moshé (Moisés) libertou os filhos de Avrahám e os levou para a desolada península do Sinái. Lá, ele organizou uma reunião do céu e da terra, de modo que todo o povo não só compreendesse, mas também visse por si mesmo que toda a realidade é sustentada por UMA ÚNICA ENTIDADE, que imbui toda a vida de sentido. Eles receberam leis pelas quais guiar suas vidas e a vida de seus filhos depois deles. E eles foram designados para uma missão: preservar o ensinamento de Noá e a mensagem de Avrahám, difundindo-os a todos os povos e nações onde quer que suas viagens levassem-nos.
O Har Sinái foi um divisor de águas para a humanidade, um acontecimento ímpar na História. Até aquele momento, a mensagem de Avrahám era a convicção de um só homem, alcançada por sua própria intuição. Avrahám era um homem que se elevava, para se conectar com a luz acima. No Sinái, foi ESSA LUZ INFINITA que alcançou a humanidade, interiormente, pedindo-nos para conhecê-La.
A diferença é crucial: o fundamento já não era mais a razão humana, mas a Vontade DAQUELE que transcende toda a razão. A razão humana fornece um fundamento inconstante; naturalmente deve falhar — assim como a mensagem de Avrahám murchou após sua passagem. O fundamento do Sinaí veio de além do espaço e do tempo.
Hoje, mais de 50% do mundo reconhece Avrahám como o pai de seus sistemas de crenças. No entanto, essa visão de Avrahám ainda precisa amadurecer. Encontramo-nos no limiar desse sonho. O resto depende de nós.
2. Não Negue ESSA SINGULARIDADE
O segundo princípio de Noá é não profanar ESSA SINGULARIDADE de forma alguma.
Em um sentido simples, isso significa não amaldiçoar ou xingar O SINGULAR que conduz este universo, ou negar que ELE existe.
Isto também é um elemento imprescindível na criação de um mundo sustentável para a humanidade em nosso planeta. Se a magnífica multiplicidade de vida que nos rodeia não é nada mais do que um acidente, por que devemos nos preocupar em fazer os sacrifícios necessários para preservá-la? Reconhecer que este mundo tem UM MESTRE que nos têm feito seus administradores é um passo vital na aceitação da responsabilidade pelo nosso meio ambiente a longo prazo.
É também um elemento imprescindível na construção de uma sociedade sustentável. O fundamento da moralidade das sociedades saudáveis é a intuição humana de que há um sentido e um propósito para a vida, que este propósito serve como uma medida absoluta do bem e do mal, e que cabe a cada um de nós decidir se vamos ou não trabalhar para cumprir esse propósito.
O propósito exige um contexto mais elevado. Tal como um automóvel não pode ter nenhum propósito sem uma estrada e um destino, tal como um martelo não pode ter nenhum propósito sem um prego e uma estrutura a ser construída, também o nosso planeta e a vida nele não podem ter um propósito sem uma consciência superior que escolhe um destino para o mundo e lhe dá sentido.
Mas sem um contexto maior do que ela mesma, a vida não pode ter nenhum propósito. E quando o propósito é roubado dos seres humanos, a própria estrutura da sua moral rapidamente se desintegra.
Se não existe um sentido, então todos os cursos da vida são igualmente sem propósito.
Se não existe um propósito, então todos os esforços para defender nossos valores são uma piada.
Se o bem e o mal absolutamente não existem, então fica ao critério de cada um decidir o que é moralidade, segundo seus caprichos e benefícios.
Se não temos livre-arbítrio para escolher entre o bem e o mal, então tudo é justificável — porque nenhuma justificação é necessária. Não há um “eu” que tenha feito algo errado. Há apenas uma cadeia de causa e efeito implacável, inculpável e sem sentido. Tudo pode acontecer.
E acontece.
O século 20 nos proporciona uma demonstração laboratorial. Quando os seres humanos abandonaram uma autoridade superior para servir os ícones de sua própria autoria, os atos mais atrozes de desumanidade, escravidão em massa, ódio e genocídio jamais conhecidos pela humanidade se espalharam por todo o planeta. A Alemanha Nazista, a Rússia Estalinista, a China Maoísta e o Camboja de Pol Pot são as principais, mas não as únicas, amostras desta verdade. Estes não eram os atos de bárbaros, mas os atos frios e calculados perpetrados em nome de ideologias humanas sem D’us.
Esta é a importância crucial da segunda lei de Noá: ela nos diz que negar ativa e explicitamente a Existência de Um Único, Deliberado e Propositado CONDUTOR deste universo é um crime grave, irresponsável e imprudente contra a humanidade. Porque isso mina o próprio fundamento da conduta humana responsável — o conhecimento de que existe UMA REALIDADE SINGULAR além da nossa própria que nos dá um propósito e a QUEM somos responsáveis.
3. Proteja a Santidade da Vida Humana
O terceiro princípio de Noá é que o valor da vida humana não pode ser medido.
Não foi simplesmente dito a Noá: “Não mate”. Foi dada uma razão a ele: porque o ser humano é feito à imagem Divina.
Assim como é vital saber que só há uma força por trás do universo, é vital saber que esta força vive dentro de cada ser humano. Não somos apenas máquinas funcionais feitas de carne e que ficam de pé sobre duas pernas; cada um de nós contém o universo inteiro — cada um contém a própria alma do universo. Isto é o que o primeiro livro da Torá — a Original Palavra de D’us —, o Sêfer Bereshít, Gênesis, chama de “a Imagem Divina”.
Destruir uma única vida humana é destruir todo o universo — porque, para essa pessoa, esta realidade deixou de existir. E, por conseguinte, sustentar uma única vida humana é sustentar um universo inteiro.
Idéia alguma na história da humanidade tem causado tanto transtorno e progresso quanto este princípio básico. Avrahám e Moshé foram seus grandes proponentes, mas foi só há 500 anos, quando finalmente ressurgiu na Europa, que o mundo se transformou radicalmente. Ela é a base da lei americana de Direitos Humanos e da constituição de todas as nações progressivas hoje.
4. Honre a Santidade do Consumo Moderado
O quarto princípio de Noá tem a ver com a questão de como exploramos a vida e os recursos do nosso mundo.
Este princípio está claramente estabelecido em Gênesis: “Não coma carne enquanto sua alma ainda está dentro dela.” Muito simplesmente, se queremos comer carne, devemos esperar até que o animal inteiro tenha morrido antes de remover um de seus membros. Não nos é permitido causar sofrimento desnecessário a qualquer criatura.
Mas devemos olhar mais fundo, para o espírito das palavras: que devemos respeitar a vida e a função de tudo o que consumimos. E isso só é sustentável quando reconhecemos que toda a vida tem um propósito porque é o trabalho de UMA CONSCIÊNCIA Única, Deliberada e Proposital.
Em todo o planeta, se desenrola uma grande sinfonia da vida. O sol funde oxigênio, carbono e hidrogênio para dar vida às plantas e às árvores; uma multidão de seres que nadam, rastejam, correm e voam, cada um desempenha seu papel quando organismos simples são consumidos por seres mais complexos, inteligentes e conscientes.
O que está acima e o que está abaixo? Não há como saber. Pois é o simples o que dá vida ao mais complexo e cada um depende do outro — até que todos juntos apresentem um todo magistral e integrado.
A cadeia da vida continua no reino não-físico, pois o ser humano é uma ponte entre o material e o espiritual. Estamos destinados a viver com os nossos pés na terra e os nossos corações em direção aos céus, cuidando dos assuntos mais mundanos de comer e dormir de uma forma consciente, consumindo a nossa comida com cuidado e respeito pela vida que nos trouxe. Desta forma, a vida que nós consumimos é levada para um grau mais elevado, do material ao espiritual.
A cada coisa que comemos, a cada caloria de energia que queimamos, podemos optar por continuar arrastando nosso ambiente para uma maior desordem — ou por unir o céu e a terra, conectando a vida deste planeta com um propósito mais elevado.
Dado que a FONTE de todas as coisas é uma SINGULARIDADE ESSENCIAL, cada detalhe do mundo ao nosso redor manifesta uma unidade magnífica. Como os Cabalistas explicam, em cada evento, em cada vida e em cada criatura uma luz infinita pode ser encontrada, porque a verdade dentro de cada coisa é divina.
A humanidade tem a capacidade de revelar essa divindade dentro de todas as coisas terrenas e conectá-las à LUZ INFINITA. Mas também temos a capacidade de fazer o oposto, causar hostilidade e desequilíbrio. Este é um desafio para cada ser humano: escolher a harmonia com a alma do universo e revelar a harmonia de toda a criação.
E isto começa com o reconhecimento do MESTRE do mundo e a admiração pela obra-prima que habitamos.
5. Respeite a Santidade da Propriedade Privada
O quinto princípio de Noá é respeitar a propriedade dos demais. Em outras palavras, não roubar. Mas há muito mais a roubar do que você pode imaginar.
Cada uma de nossas vidas tem seu propósito único — e aquelas coisas que entram em nossas vidas e se tornam nossas posses são a chave para esse propósito. Você não pode roubar o propósito da vida de ninguém, não importa o quanto você tire dele. Mas a propriedade de uma outra pessoa em sua possessão transforma-se em um grande peso que não permite que seu próprio propósito seja cumprido.
Pensando desta maneira, você vai perceber que existem muitas maneiras de roubar sem sequer tirar as mãos de seus bolsos. O que você acha de uma pessoa que tenta colocar alguém para baixo, por exemplo? Isso não é também uma forma de tomar algo que não é realmente seu? O mesmo com rir da despesa de outra pessoa. Ou fofocar sobre alguém só por entretenimento.
Independentemente dos benefícios que você receber neste mundo, certifique-se de que nenhum deles são às custas injustas de outra pessoa.
6. Contróle e Sublime a Libido Humana
O sexto princípio de Noá é controlar e sublimar a libido humana. Incesto, adultério, estupro e outras práticas licenciosas são proibidas por este princípio.
A sexualidade é a fonte da vida e, portanto, não há nada mais divino do que o ato sexual. Por isso, também, nada pode ser mais degradante e destrutivo para o ser humano.
A união do homem e da mulher é um reflexo da dança cósmica pela qual todas as coisas vêm a ser. É a união de céu e terra, espiritual e material, alma e corpo, energia e matéria, unidade e diversidade. Quando o homem e a mulher se unem de uma maneira harmoniosa e solidária, sua união ressoa em todas as partes do universo assim como uma canção ressoa em todas as partes da arena. Toda a realidade toca conjuntamente assim como uma orquestra toca um grande concerto. Eles trazem cura e bênção ao mundo, e ainda trazem novas almas, vestidas com luz pura e imaculada.
No entanto, tal como acontece com qualquer arte, alcançar essa harmonia é uma luta. Como o artista deve dominar seu ofício, escolhendo o belo e rejeitando o feio; como um músico disciplina seus dedos e um dançarino seus membros — assim, esta arte primordial da união humana tem suas próprias regras e disciplina.
Do mesmo modo que a arte é um ato sobrenatural do ser humano, o casamento também o é. Não é a natureza, mas superior à natureza. Para algumas pessoas isto requer um esforço sobre-humano. É disso que se trata a beleza da sexualidade humana: a capacidade de ser sobrenatural. No final das contas, nada poderia ser mais satisfatório e criar mais beleza.
7. Crie Mecanismos para Garantir a Justiça
O sétimo princípio de Noá exige que zelemos pela justiça em nosso mundo.
Nenhuma outra criatura no planeta, exceto o ser humano, requer um tribunal para fazer cumprir a lei e a ordem. Os peixes conhecem seu lugar no mar, os pássaros seus caminhos nos céus e os animais conhecem as leis de seus reinos. Apenas o ser humano deve ter contas previamente acordadas para que ele não atue na discórdia opressiva. Somente o ser humano tem a capacidade de perturbar a ordem de todo o planeta, de sair da sincronia com seu próprio propósito e com o plano divino.
Se O CRIADOR tem um propósito para a humanidade, por que ELE MESMO não controla a humanidade? Deixe-O fazer justiça por conta PRÓPRIA — Por que devemos nos intrometer em SEUS Negócios?
Mas esta é a razão — tanto para a nossa liberdade quanto para as nossas responsabilidades: estamos destinados a ser parceiros (colaboradores) (de Hashém — D’us —) na Criação. E isso, acima de tudo, é por determinar e fazer justiça.
Não fomos feitos para observar passivamente a opressão, a desigualdade e a injustiça e aceitar isto como destino. Devemos ficar indignados, clamar ao CRIADOR de Todas as Coisas: “Como pode ser?” E então fazer algo a respeito.
Mesmo um pequeno ato de justiça para um único ser humano afeta todos os outros seres humanos no planeta. Estamos restaurando a harmonia à nossa realidade, colocando-a em sincronia com uma realidade mais elevada, uma ordem suprema. Nessa ordem, cada vida é um mundo inteiro, ninguém é insignificante. E assim, ao estabelecer a justiça para uma pessoa, todo o mundo é curado.
A Meta
Por que estes sete princípios se tornaram tão cruciais hoje? Porque hoje estamos às portas de um mundo totalmente novo. Toda a nossa tecnologia, todos os nossos avanços na ciência e na justiça social, tudo isso nos conduzem a um caminho contínuo rumo a uma era prometida pelos profetas e descrita pelos sábios — uma era de sabedoria e de paz.
O conhecimento está a postos. Nós podemos alimentar todo o mundo. Nós podemos ensinar todo o mundo. Todos nós podemos nos unir em diálogo e criatividade. Nós só precisamos de um ponto em comum. Não um que qualquer ser humano pode estabelecer para nós, nem um que pode surgir a partir de nosso consenso. Isso é como uma camada de pó, facilmente levada pelo primeiro vento. O ponto em comum de que nós precisamos deve ser o fundamento a partir do qual fomos formados, a essência do propósito da humanidade e o sentido da realidade.
E isso se encontra apenas na “mão” da LUZ INFINITA que nos formou. A “VOZ” que Noá ouviu.
Por Rabí Tzví Freeman, do Chabad.org
© Chabad.org
Traduzido do inglês por Projeto Noaismo Info: © Projeto Noaismo Info
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