O que é o refinamento do mundo?
O que é o refinamento dos gentios?
O objetivo final da vida de um judeu é viver neste mundo, uma alma em um corpo, e cumprir sua missão de fazer do mundo “um lugar de morada para D’us”. [Em outras palavras,] o objetivo final da existência de um judeu [é] o refinamento do mundo — a purificação do mundo e das nações do mundo —, preparando-o para a época em que “(então) o reino será de Hashém”, com a vinda do Mashíach (o verdadeiro messias).
[Mas, de que maneira o judeu refina o mundo? Como se dá o refinamento do mundo? Os não-judeus também são refinados? E se sim, como se dá o refinamento dos não-judeus? Os não-judeus também têm parte no refinamento do mundo?
O não-judeu se refina apenas se convertendo ao judaísmo? O não-judeu chega a se refinar se judaizando? O não-judeu chega a se refinar copiando os rituais e práticas propícios aos integrantes de Israel? Os judeus refinam o mundo ensinando aos não-judeus os rituais e práticas que definem a Identidade Judaica?]
O refinamento do mundo é de primordial importância na era atual. A nossa (geração) é a última geração do exílio e a primeira geração da redenção. Portanto, temos a responsabilidade única de espalhar o bem, a retidão e a justiça ao mundo de um modo geral, ensinando as nações gentias a observarem as sete leis universais ordenadas a Nôach e seus descendentes. Isto servirá como preparação para a época em que “darei a todas as nações uma língua pura e todas elas invocarão O NOME de Hashém” e “a ocupação de todo o mundo será unicamente conhecer D’us… como está escrito: ‘Porque a terra se encherá do conhecimento de Hashém D’us como as águas cobrem o mar’.”
Os sheliachím (emissários do Rebe) são emissários de D’us, fazendo do mundo uma morada para ELE através de influenciar os judeus a realizarem as suas 613 mitsvót e os gentios a realizarem as sete mitsvót das quais eles estão encarregados.
Nesse sentido, todo judeu — e gentio — é um shelíach de D’us. A tarefa daqueles que foram designados para servir como sheliachím (ou shaliachím) é motivar todos os judeus (e gentios) em todo o mundo a cumprir os shelichút com os quais foram encarregados por D’us.
Através das atividades dos judeus (Yaacóv) no refinamento do mundo em geral (Eisáv) — seus esforços em espalhar a verdade de D’us por todo o mundo prepararão o mundo para a vinda do Mashíach, quando “o reino será de Hashém” e “o mundo estará preenchido com o conhecimento de D’us como as águas cobrem o mar.”
Você pergunta, o que você pode fazer? Trazer o reino de D’us ao mundo. [De que forma?] Espalhando a crença no CRIADOR e MESTRE do mundo a todas as pessoas. O Patriarca, Avrahám, procurou espalhar a consciência de D’us por todo o mundo. Todo judeu, um descendente de Avrahám, nosso Patriarca, deve seguir o caminho de Avrahám, nosso Patriarca. A diretiva para todos os judeus segue a regra do Rambám. Entre as mitsvót que Moshé recebeu de D’us estava a mitsvá de que os judeus devem impelir todos os povos da terra a cumprir as Sete Leis Noaíticas.
Quando um judeu é informado do fato de que no mundo existem sociedades parecidas com “selvas”, onde homens selvagens agem contra o comando das Sete Leis Noaíticas, ele deve perceber que, na verdade, eles estão se rebelando contra o projeto da criação — “criar uma ordem social eficiente”. Ele deve, então, fazer o que puder para espalhar o conhecimento das Sete Leis Noaíticas que todas as pessoas de todas as nações do mundo são responsáveis de cumprir.
Na seção Pinchas, lemos sobre os sacrifícios oferecidos no Bet Hamicdásh, que obviamente está ligado ao tempo da redenção, quando o Bet Hamicdásh será reconstruído e mais uma vez ofereceremos sacrifícios no Altar. O SANTO, BENDITO É ELE, construirá o Terceiro Bet Hamicdásh. De fato, pode já ter sido construído neste momento. O Terceiro Bet Hamicdásh será um edifício eterno, assim como a salvação será eterna. Pois então todos os judeus voltarão a Eretz Yisrael como a promessa que foi feita a Avrahám, nosso Patriarca, de que toda a terra será dada à sua descendência.
O profeta nos diz: “…porque a MINHA Casa será chamada Casa de Oração para todas as nações (Ieshayáhu/Isaías 56:7).”
Este versículo refere-se claramente ao Terceiro Bet Hamicdásh quando: “Então eu darei a todos os povos uma língua pura a fim de que invoquem O NOME de Hashém e O sirvam em harmonia (Tsefaniá/Sofonias 3:9).”
Antes mesmo da chegada de Mashíach, devemos implementar ações que unam todos os povos para verem a casa de D’us como um lugar de oração para todos. Como? Ensinando-os a observar as Sete Leis Noaíticas. As Regras de Rambám são muito claras: “Além disso, Moshé, nosso mestre, nos ordenou, de Hashém, a persuadir todos os habitantes do mundo a aceitarem sobre si mesmos os mandamentos ordenados aos descendentes de Nôach.” (Leis dos Reis 8:10)
Assim, devemos também incluir atividades destinadas a influenciar as nações do mundo para cumprirem as Leis de Nôach. Tais atividades aumentarão sua própria realização pessoal (do judeu), além de afetar a perfeição de todo o mundo. Essas atividades estabelecerão as bases para a promessa final: “Então eu darei a todos os povos uma língua pura a fim de que…O sirvam em harmonia”, e então o Terceiro Bet Hamicdásh será uma verdadeira Casa de Oração para todas as nações do mundo.
[Qual é o significado de Sofonias 3:9? Que toda a humanidade se tornará judia? Que todos os não-judeus do mundo serão obrigados a cumprir as 613 mitsvót judaicas? Que todos os não-judeus do mundo poderão cumprir quaisquer mitsvót das Edót ou Chukím* que quiserem? Que todos os gentios se judaizarão? Que todos os povos não-judeus copiarão os rituais e práticas identificadores da judaicidade? Não, absolutamente e definitivamente.
O Rebe explica o significado de Sofonias 3:9.
* Mistvót Mishpatím são as Leis Morais.
Edót e Chukím são Leis Rituais Festivas e Identificatórias. Quem pode (e deve) realizar estas práticas?
O próprio Chabad responde:
“Shabát, cashér, mezuzá, tefilín, micvá, talit e tsitsit… A essência do Judaísmo [mais especificamente, da Judaicidade] está em seus rituais e práticas — as práticas que definem nossas vidas como Judeus e nos conectam um ao outro e a D’us.”]
D’us será proclamado REI tanto por judeus como por não-judeus. “Então eu darei a todos os povos uma língua pura a fim de que invoquem o Nome de Hashém e O sirvam em harmonia (Tsefaniá/Sofonias 3:9).” Todas as nações servirão D’us e todas proclamarão o Reino de D’us de uma maneira de infinita bondade. Então “nação não levantará espada contra nação”: porque elas reconhecerão que existe um MESTRE do mundo, as nações deixarão de lutar umas contra as outras.
A diferença entre judeus e não-judeus se expressa em relação à observância da Torá. Se requer que o povo judeu observe 613 mitsvót da Torá e que os gentios do mundo só cumpram as Sete Leis Noaíticas. Esta não é uma responsabilidade pequena, já que é um ingrediente essencial na criação do mundo: “ELE o formou para ser habitado” (Ieshaiáhu/Isaías 45:1). Como? Com o estabelecimento de sociedades estáveis, humanas e justas baseadas nas Sete Leis Noaíticas.
Desde o tempo da Matán Torá também se tornou uma obrigação para os judeus disseminar as Sete Leis Noaíticas por toda parte. Aqueles (judeus) que entram em contato com pessoas não-judias devem incentivá-las a estudarem e cumprirem as Sete Leis Noaíticas. Influenciar as nações do mundo a reconhecerem D’us e aceitarem as Sete Leis Noaíticas é uma preparação adequada para tal estado futuro, quando “de Hashém será o reinado (Ovadiá/Obadias 1:21).”
[ENTRETANTO] Mesmo quando Mashíach vier e todas as nações servirem D’us, ainda haverá as distinções entre judeus e gentios; os gentios se relacionarão com as Sete Leis Noaíticas e os judeus com a Torá e suas 613 mitsvót.
Os judeus são um povo único, distinto e separado de seus vizinhos não-judeus: cada judeu se tornou parte de “um reino de sacerdotes e uma nação santa”. No entanto, suas atividades devem ser estendidas mais ainda para incluir o ensino aos não-judeus dos princípios de justiça e retidão conforme enfatizados nas sete mitsvót ordenadas aos não-judeus. Tal instrução produzirá um comportamento que confirma com os princípios divinamente estabelecidos de justiça e retidão. Ao difundir os conceitos de justiça e retidão, o povo judeu realizará o cumprimento das profecias que exigem a transformação da natureza dos não-judeus, na medida em que eles também reconheçam A DIVINDADE, com a vinda de Mashíach rapidamente em nossos dias.
Um judeu deve explicar ao não-judeu sobre sua obrigação de observar as Sete Leis Noaíticas — e o mérito e a recompensa que ele recebe por essa observância tanto neste mundo quanto no Mundo Vindouro.
Quando o judeu pede a ele para reservar alguns momentos para discutirem assuntos que enriquecerão sua vida e lhe trarão bênçãos pessoais adicionais; para cumprir seu papel na vida observando as Sete Leis Noaíticas, o não-judeu sente que o judeu se preocupa com o seu bem-estar espiritual bem como com as bênçãos físicas que virão como resultado.
Informando-o sobre a sua responsabilidade dada por D’us de observar as Sete Leis Noaíticas, o judeu influencia o gentio em assuntos espirituais, ajudando-o a alcançar seus objetivos espirituais, e desse modo ele também o ajuda a ter êxito em suas metas físicas.
Um judeu deve levá-los à consciência do CRIADOR e CONTROLADOR do mundo e, como resultado, a cumprirem SUAS mitsvót. (Sim) quando um não-judeu é influenciado a pensar em D’us e a cumprir as mitsvót que lhe são ordenadas, ele (o judeu) permite que o não-judeu ganhe vida no Mundo Vindouro. Quando um não-judeu cumpre seu propósito na Terra observando os mandamentos atribuídos a ele e também influencia outros em sua esfera de contato, e se este esforço na vida é sincero e completo na medida das suas capacidades, então ele completa sua missão durante sua vida. Certamente esta pessoa que cumpriu sua missão será recompensada.
A fé em D’us também se aplica aos não-judeus, a todos os humanos. Os não-judeus são proibidos de adorar falsos deuses e, portanto, o oposto disso, a crença em D’us, é uma questão fundamental também para eles. Eles também são obrigados a acreditar que D’us cria e controla o mundo. Ainda que seu conceito de fé não tenha por que ser tão desenvolvido como o dos judeus, ainda assim a Torá obriga todos os humanos a negar a adoração de falsos deuses e a acreditar em D’us, O CRIADOR e GOVERNANTE do universo. Nossa fé em D’us deve ser dirigida de uma maneira que afete nosso comportamento, levando-nos ao cumprimento de SEUS mandamentos neste mundo físico e seguindo um estilo de vida que tende à estabilidade. Assim, devemos acreditar que D’us ordenou que SUAS criações seguissem um estilo de vida estável. E juntamente com a crença em D’us, os não-judeus também são obrigados a orar a D’us e a pedir suas necessidades a ELE. Vimos que Yoná (Jonas) foi enviado por D’us para despertar os habitantes de Ninvê (Nínive), não-judeus, para orarem a ELE.
A obrigação de impelir os não-judeus a observarem estas leis tem uma dimensão messiânica. A futura redenção não afetará apenas os judeus, mas “aperfeiçoará o mundo sob a Soberania do TODOPODEROSO”. Assim, cada judeu deve fazer o que depender dele para apressar o cumprimento da profecia “então eu darei a todos os povos uma língua refinada…”, espalhando a fé no CRIADOR e CONTROLADOR do mundo e enfatizando o desempenho de SUAS mitsvót entre todos os humanos — [em outras palavras,] espalhando a Torá entre os judeus e também entre os não-judeus nas áreas pertencentes a eles — influenciando os não-judeus a cumprirem os seus mandamentos. É claro que isso afetará a paz geral na terra, que, “nem uma nação levantará uma espada contra outra”, todos reconhecendo D’us e cumprindo suas tarefas divinas incluindo os não-judeus cumprindo as Sete Leis Noaíticas.
Por O Rebe, o líder espiritual da nossa geração
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© Palestras do Rebe (Rabi Menachem Mendel Schneerson)
© Projeto Noaismo Info
Traduzido do inglês por Projeto Noaismo Info: © Projeto Noaismo Info

© Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info
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