O SITE BNEI NOACH PROJETO NOAISMO INFO APRESENTA
MINI CURSO GRATUITO DE INTRODUÇÃO AO TEMA DE BNEI NOACH
Idealizado por Projeto Noaísmo Info
Seleção, Organização, Edição: Proj. Noaismo Info
(Veja as palavras do próprio Rav Shimshon Bisker, de Israel, o Rabino Supervisor do Site Bnei Noach Projeto Noaísmo Info, sobre o trabalho do Proj. Noaismo Info, e sobre a menção de outros rabinos no Curso Bnei Noach, em:
ABERTURA DO CURSO SOBRE BNEI NOACH)
BNEI NOACH: PRIMEIRA PARTE
Por Rabi Yosef Bitton
Traduzido do espanhol por Projeto Noaísmo Info
Bnei Noach: lê-se Benêi Nôarr
As Sete Leis de Noach (hebraico de Noá, ou, popularmente, Noé) (também chamadas Sete Leis Universais) representam a visão Bíblica sobre a unidade de D’US, a rejeição à idolatria e a convicção de que D’US, O CRIADOR, tem revelado a SUA vontade à humanidade para que as pessoas vivam com justiça, paz e harmonia.
A história, desde a antiguidade até os nossos dias, tem mostrado que quando os valores morais se fundamentam em idéias humanas e não Divinas, estes são mutáveis, subjetivos e pouco estáveis. A adesão a estes Sete Princípios Divinos, que constituem o Primeiro Código Bíblico de Lei Divina, une a humanidade e compromete os seres humanos a obrigarem-se a uma moralidade básica comum. Estas Leis promovem a paz, a igualdade de direitos e a harmonia entre todos os povos.
A tradição judaica nos ensina que O CRIADOR tem estabelecido uma lei para os seres humanos. E que D’US não apenas estabeleceu um pacto com o povo de Israel no Monte Sinai, mas que ELE também transmitiu [para o povo de Israel ali no Monte Sinai] as leis que representam a SUA vontade para o primeiro humano, Adám [que era Adão e Eva (Havá) simultaneamente]. Mas com o decorrer do tempo a humanidade se corrompeu e foi impossível estabelecer a justiça e a obediência a D’US entre os seres humanos.
Os fortes oprimiam impunemente os frágeis, abusavam de seus entes queridos, e os despojavam de seus bens. O fim da sociedade humana foi inevitável e D’US trouxe o dilúvio. O CRIADOR poupou apenas a vida de uma família, a de Nôach, que não tinha tomado parte nos atos de violência. Após o dilúvio universal D’US não apenas revelou novamente a SUA vontade mas também fez um pacto formal com Nôach e seus descendentes baseado em Sete Mandamentos básicos.
Este pacto tem como finalidade estabelecer certas leis mínimas de convivência entre o humano e O D’US, o humano e o seu próximo e o humano e os animais.
O texto bíblico (Gênesis 11) menciona 70 famílias ou povos que descenderam de Nôach e de seus filhos. Estas 70 nações representam toda a humanidade. Os sábios sempre notaram que cada família humana possui características psicológicas, culturais e intelectuais que são únicas e indispensáveis para que a sociedade humana funcione da maneira mais eficiente possível. Mas além do que distingue uma civilização de outra, devemos saber que o reconhecimento de D’US como CRIADOR do mundo e legislador supremo e o compromisso de viver uma vida compatível com a SUA vontade é o valor fundamental que deve unir todos os seres humanos.
As Sete Leis universais nos recorda de que todos os seres humanos têm sido criados à imagem e semelhança Divina. Somos todos filhos de UM MESMO PAI. E seguimos a vontade de UM SÓ SOBERANO, O CRIADOR do Mundo, vivendo de acordo com o SEU Pacto Universal.
Quando D’US criou o primeiro humano, Adám, concedeu-lhe a sua alma humana, em hebraico: neshamá. Isto é, segundo rabi Maimônides, a sua inteligência, a sua capacidade de pensar, analisar, avaliar e escolher. Estas faculdades com as quais O CRIADOR dotou o ser humano foram definidas pelo texto Bíblico como “a imagem e semelhança de D’US”. O ser humano, efetivamente, não foi criado igual os outros seres vivos que habitam na natureza. O ser humano foi concebido como um ser sobrenatural, dotado de livre arbítrio. O ser humano tem a possibilidade de fazer o bem ou de fazer o mal — de seguir os ditames de seu aspecto Divino ou os impulsos de sua dimensão natural: obedecer D’US ou rebelar-se contra ELE.
De acordo com a tradição judaica, D’US revelou para o primeiro humano, Adám, as leis básicas pelas quais devia guiar-se: a proibição da idolatria; a proibição de maldizer O NOME de D’US; a proibição do assassinato; a proibição de [imoralidade sexual:] incesto, adultério [etc.]; a proibição do roubo[; a proibição de ser cruel com os animais;] e finalmente a obrigação de estabelecer tribunais que assegurem a justiça e façam cumprir estas normas. Apesar destas leis não estarem registradas [com estas palavras] na Torá [ — quer dizer, elas não aparecem na forma de mandamentos, como é o caso, por exemplo, dos 10 mandamentos do Sinai — ], sabemos através da tradição oral que a Torá alude a elas.
Dez gerações após a criação do primeiro humano, a humanidade começou a declinar moralmente. A Torá nos dá a entender que a corrupção começou pelos homens mais poderosos, aqueles que declaravam a si mesmos deuses, encarnações divinas ou descendentes de deuses (benêi elohím) e abusavam dos mais frágeis (Gênesis 6). A lei que imperava na sociedade humana era a lei da selva, a lei do mais forte ou do mais malandro. O texto bíblico descreve a corrupção generalizada com as seguintes palavras: “Quando os homens (comuns) começaram a povoar a terra e tiveram filhas, os filhos dos deuses (os homens poderosos que se autoproclamavam “deuses”) viram que estas mulheres eram belas, e tomaram [à força] tantas mulheres quantas quiseram”. Os sábios explicam que estes homens poderosos se sentiam no direito de possuir qualquer mulher, até mesmo mulheres casadas. E isto foi apenas o começo. O abuso sexual foi seguido por roubo e assassinato. Os humanos se degradaram, renunciaram à sua imagem Divina e se transformaram em seres guiados por seus instintos selvagens. Opressão e imoralidade tornaram-se a norma. Todos, até o mais frágil, encontravam alguém ainda mais frágil a quem podiam abusar.
Os rabinos explicaram que a sociedade naquela época tinha se corrompido moralmente e que ela chegou a considerar certas abominações sexuais [a homossexualidade e a bestialidade] como normais e aceitáveis. O furto dissimulado, o roubo e o assassinato também eram tolerados.
A Torá nos conta que quando O CRIADOR viu que os humanos tinham violado as poucas leis que ELE havia ordenado para Adám, ELE decidiu que a humanidade já não merecia continuar com a sua existência. Esta geração é conhecida como Dór Hamabúl, a geração [incorrigivelmente] corrupta que mereceu ser apagada da face da Terra através do Dilúvio.
(Continua.)
Por Rabi Yosef Bitton
(O Rabino Bitton é o autor de Decifrando a Criação)
Traduzido do espanhol por Projeto Noaísmo Info: © Projeto Noaismo Info
© Rabi Yosef Bitton
© Projeto Noaismo Info
Clique aqui ⇒ Abertura do Curso
Clique aqui ⇒ Bnei Noach 2
