O Shabat Bnei Noach PARTE 2 (Qual é de fato a relação de Bnei Noach com o Shabat)

O maior Site de conteúdo noaítico (Bnei-Noach) do Brasil, o
Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info
(sitebneinoachprojetonoaismo.info)
– o seu Site Bnei Noach –,
que conta com a Supervisão Rabínica do Rav Shimshon Bisker, de Israel,

ORGULHOSAMENTE APRESENTA,
graças a D’us,

 

2025: UM ANO MUITO ESPECIAL PARA O SITE BNEI NOACH PROJETO NOAISMO INFO, GRAÇAS A DEUS!

Neste ano nacional de 2025, o Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info completa 10 (DEZ) anos de existência*, graças a Deus!

Não estamos contando os anos anteriores de nosso outro Projeto.

 

Perguntas e Respostas Especial

Especial Shabat PARTE 2
(tudo o que você tem de saber sobre o Shabat e os Bnei Noach)

 

Pergunta:
Rav, se o Dia do Shabat é uma Criação Divina feita antes de haver povo judeu, por que noaítas (Bnei Noach justos) tem uma relação diferente com ele, conforme vimos no artigo anterior?

O Shabat Bnei Noach PARTE 1 (Bnei Noach e vela para o Shabat e bênção, e Bnei Noach e Kidush e Havdalá, e Bnei Noach podem lembrar do Shabat?)

Resposta:
O próprio Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info e o Rav Avraham Chaim Bloomenstiel respondem:

É necessário entendermos primeiramente que há uma diferença entre Shabat e sétimo dia. ‘Ou é, Shabat e sétimo dia não são a mesma coisa?’, certamente você está indagando. Não, não são. Aqui no Site Bnei Noach nós já explicamos que o sétimo dia é o dia sétimo da semana, e isso é o que foi criado por Hashem para a humanidade. O Shabat é a festividade semanal ritual que os judeus, e apenas o povo judeu, devem celebrar a cada dia sétimo da semana.

É interessante observarmos que a própria Torá faz esta distinção. Por exemplo, em Gênesis 2:2, 3, é dito:
“Tendo D’us concluído no sétimo dia a SUA obra, que ELE havia feito, cessou no sétimo dia de toda a SUA Criação, que ELE havia feito. D’us abençoou o sétimo dia e o consagrou já que nele cessou toda a SUA obra, que D’us havia criado para fazer.”

Enquanto que em Êxodo 31:13 está escrito:
“E Hashem falou a Moshe, dizendo: Tu, porém, fala aos filhos de Israel, dizendo: Mas os MEUS Shabatot observareis, porquanto é um sinal entre MIM e vós pelas vossas gerações, para que se saiba que EU sou Hashem, que vos consagra.”

E mais uma evidência de que Shabat não é o dia da semana mas o ritual cumprido em um dia é o fato de que, como explica o Rav Avraham Chaim Bloomenstiel: “Na Torá, a palavra hebraica Shabat pode se referir ao Shabat do sétimo dia ou ao de qualquer dia em que o trabalho é proibido pela Torá. Isso inclui os dias festivos.”
Sim, um dia festivo judaico em que é proibido realizar as melachot é um Shabat, ainda que ele não caia no sétimo dia da semana.

Daí então agora podemos entender corretamente que “a Torá proíbe os Bnei Noach de fazer o Shabat” (Rav Avraham Chaim Bloomenstiel) (e isso tanto no próprio sétimo dia quanto em qualquer outro dia da semana) (Rav Maimônides).

E diferente do que alguns afirmam por aí:
“Essa proibição inclui todos os não-judeus, inclusive os Bnei Noach, os guer toshav e outros.

Um Guer Toshav não tem obrigação de observar o Shabat. Eles também são proibidos de observar o Shabat.” (Rav Avraham Chaim Bloomenstiel)

Sendo então o Shabat um sinal entre Hashem e o povo de Israel, o que é que exatamente o caracteriza? O Rav Avraham Chaim Bloomenstiel explica:
“Observar o Shabat significa descansar dos 39 trabalhos definidos no Sinai (as chamadas melachot).”
E sabemos que há rabinos que para contornar a situação de haver noaíta querendo cumprir Shabat o estimula a descansar que seja de 38 desde que só não descanse de uma melachá, porém, como bem o diz o Rav Avraham Chaim Bloomenstiel:
“Infelizmente, há muita confusão em torno do assunto de Shabat. Alguns encorajaram os Bnei Noach a manterem uma forma de observância do Shabat. Um noaíta pode [de fato] se abster de trabalhar usando a definição judaica de “trabalho” desde que não observe todas as (39) proibições judaicas de trabalho. Ele deve acender uma luz, fazer uma fogueira, escrever ou fazer pelo menos um ato proibido para que sua observância do Shabat não seja uma observância completa. Caso contrário, ele transgrediria a proibição de observar o Shabat.
Devemos ter em mente que essa observância do Shabat, no entanto, não tem sentido algum. O propósito de um noaíta fazer um trabalho proibido é para que ele não entre em conflito com a proibição de observar o Shabat. Isso significa que seu único trabalho proibido invalida toda a observância. Portanto, apesar de descansar por um dia inteiro [não realizando 38 melachot], ele nunca realmente cumpriu o Shabat de qualquer maneira!
Além disso, como mencionamos anteriormente, Hashem apenas pediu a Israel que observasse o Shabat. Um noaíta que faz isso está impondo sua vontade a D’us. Essa é uma questão grave.
Um noaíta piedoso, temente a D’us, não tentará observar o Shabat de forma alguma descansando (judaicamente falando), ele se absterá de qualquer observância do Shabat. Um noaíta que imita a observância judaica do Shabat é um noaíta menos observador do que aquele que não observa o Shabat de forma alguma!”

No fim de contas, qual é a verdadeira relação dos Bnei Noach com o Dia do Shabat, ou seja, o Dia em que o Shabat é feito pelos judeus?

O Rav Avraham Chaim Bloomenstiel prossegue explicando:
“A proibição de fazer Shabat não impede que os Bnei Noach tenham uma conexão positiva e significativa com o Dia no qual os judeus fazem o seu Shabat (o 7° Dia). Em suma, os Bnei Noach podem não observar o Shabat, mas certamente podem reconhecer e comemorar o Dia do Shabat (o 7° Dia). Na verdade, os Bnei Noach podem até ser obrigados a reconhecer o Dia do Shabat (o 7° Dia). O Midrash diz:
“[O perverso Turnus Rufus] perguntou ao Rabi Akiva: “De onde você pode me provar que D’us quis honrar o Sétimo Dia?” … Rabi Akiva respondeu: “Verifique isso [por meio de necromancia] com o espírito de seu pai! Porque um espírito ascenderá em qualquer dia da semana, exceto no Shabat”  Turnus Rufus verificou a veracidade da afirmação de Rabi Akiva com o espírito do seu próprio pai. O espírito do seu pai ascendeu em todos os dias da semana, exceto no Shabat. No domingo seguinte, Turnus Rufus levantou novamente seu pai e perguntou-lhe: “pai, é possível que você tenha se tornado judeu depois de morrer, que agora observa o Shabat? Por que você ascendeu todos os dias da semana, mas não ascendeu no Shabat?” Ele [o pai de Turnus Rufus] respondeu-lhe, dizendo: “Qualquer um que não aprecie de bom grado o (Dia de) Shabat entre os vivos é forçado a fazê-lo entre os mortos!””

O Maharzu explica que qualquer não-judeu que negue o significado do Shabat será “forçado a fazê-lo entre os mortos”. O que significa “forçado a fazê-lo entre os mortos”? O Midrash continua explicando que os ímpios são punidos com os fogos do Guehinom todos os dias da semana, mas têm uma pausa no Dia do Shabat. Aquele que nega a existência e o significado do Shabat, mesmo um não-judeu, aparentemente será responsabilizado.

Além disso, o reconhecimento de Shabat por parte dos Bnei Noach remonta ao início da Criação. Há um Midrash fascinante sobre Adão, Kayin e a composição do Salmo 92:

Adão encontrou Kayin e perguntou a ele: “O que aconteceu? Qual foi o seu julgamento?” Kayin respondeu: “Eu me arrependi e isso foi atenuado”.

Adão começou a dar tapas em seu próprio rosto e gritou: “Esse é o poder do arrependimento, e eu não sabia disso!” Adão se levantou imediatamente e declarou: ‘Mizmor shir leyom haShabat’um Salmo, uma canção para o (Dia de) Shabat… .

O Salmo 92, recitado por Adão para o Dia do Shabat, o menciona apenas em sua introdução. Em seguida, passa a louvar as obras e as criações de D’us, curiosamente contrastando a permanência de SUAS ações com as loucuras temporárias dos ímpios, e então conclui com elogios aos justos.

Qual é a conexão entre as ideias de teshuvá, arrependimento, a prosperidade temporária dos ímpios e o Shabat?

Ao conversar com Kayin, Adão percebeu o poder do arrependimento e se maravilhou com sua grandeza. Teshuvá é a grande criação pela qual Adão louva a D’us. D’us também é elogiado por SUA incrível bondade: ELE não executa o julgamento imediatamente. Em vez disso, ELE espera, dando tempo aos transgressores para fazerem teshuvá ou se perderem ainda mais. Por outro lado, Adão também percebeu que este mundo é o lugar da recompensa finita. Aqui a pessoa é recompensada pela minoria de seus atos. Portanto, os perversos são frequentemente recompensados por suas poucas mitsvot, enquanto os justos são frequentemente punidos por seus poucos aveirot, pecados.

Mas o que tudo isso tem a ver com o Shabat? Quando D’us descansou no Sétimo Dia, ELE contemplou a bondade de SUA Criação – ELE viu que ela era bem adequada ao propósito que ela tinha. Da mesma forma, Adão, em sua revelação, subitamente compreendeu a grandeza do mundo de D’us e o incrível potencial que ele oferecia.

Nessa revelação, ele viu o “grande plano”: ele entendeu a natureza da recompensa e da punição, o destino dos iníquos e a recompensa final dos justos. Ele entendeu o propósito de tudo isso e como o mundo foi projetado para isso.

Rashi entende esse Salmo como, principalmente, um reconhecimento do Mundo Vindouro, o Shabat definitivo.

Vemos que a relação de Adão com o Shabat não era de descanso (ritualístico). Era uma relação de epifania, um dia de despertar e realização. Essa é a relação do noaíta com o Shabat.

Portanto, é apropriado basear o reconhecimento do Dia de Shabat pelos Bnei Noach no Salmo 92 e na epifania de Adão. Dessa forma, os Bnei Noach estão seguindo o caminho de Adão, a quem as Leis Universais foram ordenadas.”

Resumindo todo o acima:
“O Sétimo Dia é relevante para os Bnei Noach. Entretanto, ele não é relevante como um “Shabat”, mas como uma comemoração da conclusão da Criação. O Midrash nos diz que Adão foi a primeira pessoa a louvar o Sétimo Dia, compondo o Salmo 92 como uma apreciação do mundo criado e de todo o seu potencial. Embora o “Shabat”, como um dia de descanso, seja especificamente designado como um sinal entre os judeus e D’us, o Sétimo Dia é relevante para o mundo como uma comemoração da Criação de D’us. O noaismo se preocupa com essa última qualidade universal do Sétimo Dia.” (Rav Avraham Chaim Bloomenstiel)

O Rav Shimon David Cowen sintetiza todo este texto acima em poucas palavras:

“A observância do Shabat é relevante para a Lei de Noé na medida em que é um dia de reflexão sobre a criação do mundo e a existência do CRIADOR, mas não no que diz respeito ao cessar de qualquer trabalho específico (da cessação de [39] formas específicas de trabalho).”

© Rav Avraham Chaim Bloomenstiel
© Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info
Tradução exclusiva do Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info: © 2025 Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info

O Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info deseja a todas as bat-Noach e mulheres do mundo um Ótimo Dia Internacional das Mulheres

 

SEGUE O SALMO 92:

Um Salmo, a Canção para o dia do sábado (isto é, o Sétimo Dia, o Dia em que os judeus devem fazer o Shabat).

É bom louvar a Hashem e cantar salmos ao SEU NOME, ó Altíssimo – proclamando pela manhã a SUA misericórdia e nas noites a SUA fidelidade, em um instrumento de dez cordas e em um saltério, com o som da cítara –, porque o Senhor me alegrou, ó Hashem, com a SUA obra. Nas obras das SUAS “mãos” eu me regozijo.

Quão grandes são as SUAS obras, ó Hashem! Muito profundos são os SEUS pensamentos.

A pessoa tola não sabe, e a pessoa insensata não entende isso:
Quando os iníquos brotam como a erva, e florescem todos os que praticam a iniquidade, é para que sejam destruídos para sempre.
Mas o Senhor, Hashem, é eternamente exaltado.

Pois eis que os SEUS inimigos, ó Hashem, pois eis que os SEUS inimigos perecerão; todos os que praticam a iniquidade serão dissipados.

Mas o Senhor exaltou a minha fronte como o chifre do órix, e eu fui ungido com óleo fresco.

Também os meus olhos contemplarão (o castigo) dos meus inimigos, e os meus ouvidos ouvirão o castigo dos iníquos que se levantam contra mim.

O justo florescerá como a palmeira; ele crescerá como o cedro no Líbano. Plantados (os justos) na casa de Hashem, florescerão nos átrios do nosso Deus. Mesmo na velhice, eles darão frutos; serão vigorosos e saudáveis, para mostrar que Hashem é reto; minha Rocha é, e não há injustiça NELE.

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