
O maior Site de conteúdo noaítico (Bnei-Noach) do Brasil, o
Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info
(sitebneinoachprojetonoaismo.info)
– o seu Site Bnei Noach –,
que conta com a Supervisão Rabínica do Rav Shimshon Bisker, de Israel,
ORGULHOSAMENTE APRESENTA,
graças a D’us,
PERGUNTAS E RESPOSTAS ESPECIAL
CARTAS DO REBE
(UMA EXCLUSIVIDADE SITE BNEI NOACH PROJETO NOAISMO INFO)
A Torá e os homossexuais (PARTE 2)
Por Rav Menachem Mendel Schneerson
(O Rebe)
Traduzido por Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info
Pergunta:
Rav, o que a Torá tem a dizer sobre os homossexuais? Qual deve ser a nossa (de judeus e de Bnei Noach) posição quanto a eles?
Resposta:
Por Carta do Rav Menachem Mendel Schneerson, o Rebe de Lubavitch, de abençoada memória:
(Tradução inédita no Brasil!)
“Pela graça de D’us
25 de Shevat, 5746 [4 de fevereiro de 1986]
Brooklyn, N. Y.
Saudação e bênção:
Tenho a honra de acusar o recebimento de sua carta de 26 de janeiro, na qual você escreve sobre um problema sério [a homossexualidade].
Conforme solicitado, eu me lembrarei de você em oração para que os desejos do seu coração sejam realizados para o bem.
Embora todas as bênçãos venham de Hashem, espera-se que um judeu [ou um noaíta] faça o que é necessário na ordem natural. Com relação ao problema mencionado, você certamente sabe que há médicos e psiquiatras que tratam dele e que obtiveram sucesso em muitos casos. Conheço vários casos de pessoas que tinham esse problema, mas acabaram superando-o, casaram-se e criaram uma família.
Ao falar sobre esse assunto, gostaria de esclarecer um equívoco que tem levado algumas pessoas à confusão e a conclusões erradas. O equívoco deriva do argumento de que, como algumas pessoas nascem com esse problema, ele deve ser “natural”; portanto, não pode ser considerado um erro ou um pecado e, portanto, não há necessidade de fazer nada para mudá-lo ou, de qualquer forma, não é um problema sério.
O fato de essa abordagem não ter fundamento algum pode ser visto pelo fato de que a Torá (chamada Torat Chaim [Torá da Vida] e Torat Emet [Torá da Verdade]: porque é o nosso verdadeiro guia na vida cotidiana) declara que se entregar a isso, ou até mesmo pensar nisso mentalmente, é uma grave transgressão do mandamento de Hashem. Portanto, também está claro que o problema é controlável, pois se estivesse além do controle humano, Hashem não o teria tornado um pecado.
O fato de o problema ser, em grande parte, congênito não altera a situação. Todos os dias, as crianças nascem com naturezas particulares e tendências ou impulsos inatos, alguns deles bons e outros ruins. É por isso que os seres humanos precisam ser treinados e educados, de modo a desenvolver e fortalecer as características positivas e eliminar as ruins. O CRIADOR dotou os seres-humanos com a capacidade de melhorar, e até mesmo de mudar, suas características “naturais” (ou seja, inatas). Um exemplo disso é a cleptomania. Em geral, reconhece-se que a cleptomania é um impulso muito compulsivo. Mas ninguém sugere que, por ser provavelmente inato e extremamente difícil de resistir, o cleptomaníaco deva ser informado de que não há problema em roubar, ou que não há nada que ele possa ou deva fazer a respeito, e assim por diante. Da mesma forma, no caso de alguém que nasce com um impulso para destruir coisas, ou com uma natureza briguenta ou agressiva, ou com uma propensão a trapacear ou mentir, ou qualquer outra característica inata que seja considerada repreensível. Nenhuma sociedade normal declararia que, pelo fato de uma pessoa ter nascido assim, ela deveria ter permissão para viver de acordo com seus desejos e tendências naturais. Essa atitude não ajudará nem o indivíduo nem a sociedade. Pelo contrário, tudo deve ser feito, e é feito, para ajudar os indivíduos a superar seus problemas neurológicos, sejam eles quais forem.
Não é preciso dizer que a pessoa que sofre com esse ou outros problemas neurológicos pode se perguntar: “Por que Hashem criou esse impulso compulsivo, que está em contradição direta com SEU código moral? Por que ELE afligiu a mim, que desejo cumprir plenamente SEUS mandamentos?”
Nenhum ser-humano pode responder a essas perguntas, que somente Hashem, O CRIADOR, pode responder. Uma observação que pode ser sugerida em relação à pergunta “Por que eu?”: Se um indivíduo passa por uma situação particularmente difícil ou penosa, pode-se presumir que Hashem lhe deu poderes extraordinários para superar a dificuldade extraordinária. O indivíduo em questão provavelmente não tem consciência de sua verdadeira força interior; a provação pode, portanto, ser projetada com o único propósito de trazer à tona sua força oculta, que, depois de superar o problema, pode ser adicionada ao arsenal de suas capacidades reveladas, a fim de utilizá-las para realizações infinitamente maiores em benefício próprio e dos outros.
O rabino Maimônides, que também foi aclamado como o maior médico de sua época, declara em uma passagem bem conhecida, em seu famoso Código, Mishnê Torá (Yad Hachazaka): “Toda pessoa tem a opção (poder), se assim desejar, de se direcionar para fazer apenas o bem e ser um Tzadik [justo], ou, se preferir, seguir o caminho ruim e ser um Rashá [perverso]. Jamais pense que uma pessoa está predestinada desde o nascimento a ser um tzadik ou um rashá. Tampouco há qualquer compulsão interna para fazer uma escolha, mas a pessoa tem a capacidade de escolher o comportamento correto, e isso é inteiramente uma questão de vontade e determinação próprias” (tradução livre de Hilchot Teshuvá, capítulo 5).
Uma observação final do ponto de vista científico: Dizer que a mente humana e o sistema neural são inimaginavelmente complexos é dizer o óbvio. Somente O CRIADOR conhece SUA obra. Mas O CRIADOR dotou a mente humana de qualidades maravilhosas para sondar os mistérios da natureza, pesquisar e fazer experimentos e obter cada vez mais conhecimento sobre si mesmo e suas capacidades físicas e mentais. Os cientistas fizeram um progresso considerável em seus estudos sobre as células cerebrais e os hormônios. Agora está claro que uma ampla gama de emoções e sensações humanas pode ser estimulada artificialmente com o auxílio de técnicas eletrônicas e bioquímicas. Atualmente, há um consenso geral de que a maioria, se não todos, os distúrbios neurológicos, inclusive o comportamento sexual desviante, provavelmente decorrem de deficiências ou irregularidades químicas (hormonais) durante o período da juventude. Alguns distúrbios neurológicos já estão sendo tratados com sucesso em determinadas áreas que envolvem o sistema neural, e espera-se que o alcance se expanda e, por fim, inclua todo o espectro de distúrbios neurológicos, tanto de indivíduos quanto de nações.
Enquanto isso, só podemos depositar nossa confiança em Hashem e fortalecer nossa adesão à Torá e às mitsvot, sobre as quais está escrito: “Elas são a nossa vida e a duração dos nossos dias”.
[OBSERVAÇÃO ADICIONAL]
Na sociedade democrática em que vivemos, a questão de como lidar com esse desvio tem atormentado alguns cidadãos, bem como alguns líderes comunitários ou políticos.
Foram apresentados (e aprovados) projetos de leis para proteger os “direitos” das pessoas que professam esses “estilos de vida desviantes”. Portanto, seus “direitos humanos” devem ser protegidos! No entanto, até mesmo a lógica humana simples reconhece que essa forma de relacionamento é anormal e deve ser retificada. Não é uma questão de “direitos”, é uma questão de curar males.
A chave para essa questão é: Não estamos lidando com o inalienável direito brasileiro, ou humano, de liberdade de escolha; não estamos lidando com o inato e sagrado direito democrático do livre arbítrio; estamos lidando com uma questão de anormalidade. Em uma linguagem simples: uma doença!
Uma realidade muito importante: os indivíduos que praticam essa forma de relacionamento estão cheios do sentimento abnegado de serem estranhos e esquisitos; eles sentem que estão praticando um ato anormal. Tanto no caso dos homens que têm essas relações quanto no caso das mulheres, eles sabem que essa tendência não é normal. Eles olham para o mundo ao seu redor e sabem que sua prática é anormal.
Toda a sociedade civilizada aceita essa tendência como uma perversão!
Os pais, educadores e conselheiros têm a responsabilidade especial de educar as pessoas que sofrem com esse problema. Seu dever é não “poupar a vara” e, ao mesmo tempo, adotar uma atitude amorosa e atenciosa, estendendo a mão para ajudar.
Esses princípios universais da educação da Torá aplicados às crianças e jovens também podem ser adaptados quando falamos de reabilitação de adultos. Eles também podem ser educados para modificar suas características prejudiciais.
Com bênção,
Menachem Mendel Schneerson”
© O Rebe
© Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info
Traduzido do inglês por Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info: © Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info
Dedicado a O.S., C.S., F.R., e E.M. + N.C.

