Matéria originalmente publicada em novembro de 2015 e reformada em junho de 2018.
Bnei Noach e a kipá
Perguntas & Respostas
Pergunta:
Pode um homem Noaíta (Ben Noach/Filho de Noá) usar kipá na rua, no trabalho, … enfim, fora de casa e fora da sinagoga?
Resposta:
O Curso The Noahide Laws (“As Leis Noaíticas”), do Rabi Avraham Chaim Bloomenstiel, exorta os Bnei Noach (em geral, i.e., os homens e as mulheres):
“Esforce-se em ser [sensato e] determinado ao pôr em prática sua identidade espiritual. Não passe [aos outros] mensagens confusas [por meio de seu comportamento] porque isso reflete desconhecimento, dúvidas pessoais ou rebeldia, que mal [os] guiarão.”
E declara:
“Assim, não está permitido [aos homens Bnei Noach]:
Usar kipá fora da sinagoga[*] (pois que em um contexto social onde a kipá já é logo associada à identidade judaica, a mensagem que isso transmite é fortemente confusa).”
O Rabi Michael Schulman do Chabad, diretor da AskNoah, uma Instituição Internacional de Rabinos competentes que dão a devida orientação aos Bnei Noach, explica:
“Certamente, está tudo bem você usar kipá — se você quiser — em sua casa, nas casas de judeus e de outros Bnei Noach, nas sinagogas, ieshivás, etc[*].
Em público, você deve ter bom senso e não usá-la, porque as pessoas lhe confundiriam com um judeu. Se você quiser manter a cabeça coberta na rua, você pode usar um boné ou um chapéu.”
* E mesmo dentro desses lugares “não é uma boa idéia que Bnei Noach (homens Noaítas) escolham uma Kipá idêntica a usada pelos judeus, pois outras pessoas podem erroneamente confundir um não-judeu com um judeu. Isto pode levar a confusões com relação à conduta muito mais rígida que a Torá requer dos judeus. Uma maneira de fazer uma Kipá diferente é decorá-la com as palavras “Bnei Noach”, ou algo similar.” — Rabi Yitschak Ginsburgh (Instituto Gal Einai Israel, autor de Kabbalah and Meditation for the Nations).
O Rav Shimshon Bisker, de Israel, o Rabino Supervisor do Site Bnei Noach Projeto Noaísmo Info, respondendo se somente judeus podem usar Kipá, explica:
“A resposta é não. O não-judeu também pode usar Kipá, porém, é melhor ele botar um boné, pois se ele bota a Kipá vão pensar que ele é judeu e eles vão analisá-lo como se ele fosse um judeu ortodoxo e ele não sabe ou não está obrigado a cumprir as leis como judeu e então as pessoas vão falar: ‘olha só os ortodoxos com Kipá na cabeça e ficam comendo coisa que não é casher, …’ . Então se um não-judeu quer rezar para D’us, é bom botar uma cobertura na cabeça, uma Kipá ou um boné. De preferência se está em público botar um boné, e não botar Kipá, para não se parecer judeu, porque ele tem de se indentificar com a identidade (espiritual) daquilo que ele é [um noaíta], e não tentar imitar algo que ele não é porque se não ele vai perder a identidade dele.
Em casa, para uma reza esporádica, ou seja, agradecer D’us por alguma coisa ou rezas do gênero, não há necessidade de o homem cobrir a cabeça. Da forma como ele se comporta normalmente em casa, ele pode se comportar neste tipo de reza, inclusive sem camiseta (se assim ele fica em casa), a menos que ele sinta que (por rezar sem camiseta) estará faltando com respeito ao CRIADOR (isso vai depender do sentimento de cada um).
Para uma reza fixa, ou seja, estabelecer para si mesmo um momento específico para orar para D’us, deve-se cobrir a cabeça e não poderá rezar sem camiseta.”
Portanto, como elucidado acima pelo próprio Rav Shimshon Bisker de que os noaítas (homens e mulheres) “não devem parecer um judeu e não devem tentar imitar algo que eles não são”, então, temos de ter o extremo cuidado de também entendermos as seguintes palavras do Rabi Tzvi Freeman, editor do site Chabad.org (e, obviamente, suspeitar daqueles não-judeus e judeus (mesmo rabinos) que falam e agem em contrário).
Ele disse:
“O caminho do Ben Noach está integralmente ligado ao povo judeu, como afirma claramente o Rambám [(Rabi Maimônides). Porém, é importantíssimo ressaltar que, apesar disso (apesar dessa ligação),] nós (judeus) não queremos criar uma nova religião. E tampouco queremos que Ben Noach esteja imitando as práticas que são próprias do povo judeu.”
Em outras palavras, nós, judeus, não queremos fazer dos Bnei Noach uma religião. E tampouco queremos que eles próprios se transformem em um movimento judaizado e judaizador.
Sobre a mitsvá de Proibido cometer o pecado de Chidúsh Dat (Invenções ou Imitações Religiosas), que significa não inventar qualquer religião ou culto de religião e não inventar práticas de religião (originais ou adotando ou copiando qualquer aspecto das práticas judaicas), veja
https://sitebneinoachprojetonoaismo.info/como-o-bnei-noach-serve-hashem-conversao-ao-judaismo/
https://sitebneinoachprojetonoaismo.info/o-rebe-diz-nao-a-judaizacao-de-bnei-noach/
© Rabi Avraham Chaim Bloomenstiel
© Rabi Dr. Michael Schulman
© AskNoah.org
© Rabi Yitschak Ginsburgh
© Rav Shimshon Bisker
© Rabi Tzvi Freeman
© Projeto Noaismo Info
Traduzido por Projeto Noaismo Info: © Projeto Noaismo Info

Olá!eu descobri recentemente que sou anussim!Gostaria de saber se Constantino(imperador de roma) tinha acesso ao talmud? E em que ano surgiu o talmud?desde já agradeço a resposta!
B”H
Shalom Glauber!
Constantino não teve acesso ao Talmud, pois, como nos explica o nosso Rav, Shimshon Bisker: “Constantino foi na época do primeiro papa, o Silvestre, lá pelos anos 300 da era comum, na época dos sábios do Talmud.
O Talmud foi finalizado e escrito há cerca de 1500 anos (já depois da morte de Constantino).
O Talmud é uma compilação das Leis da Torá Oral que era transmitida de geração em geração.”
Tudo de bom.