B"H! O Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info trata-se de um centro educacional virtual de conhecença sobre o Noaismo/movimento Bnei Noach da Torá, que é a Fé Original da Humanidade. Portanto, este Site lhe ensina a Verdade da bíblia original, a Torá, lhe conduz à Fé dada pelo PRÓPRIO D'US para toda a humanidade: o Noaismo (heb.: Noachdút; ing.: Noahism; esp.: Noajismo), e lhe apresenta suas responsabilidades espirituais.
Mensagem Especial
do Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info
A ideia de trazer A DIVINDADE a todas as áreas da nossa vida mundana, e como isto é que é o propósito da Criação, é uma parte elementar do conceito de Mashiach (messias) e da Era Messiânica que ele trará; o objetivo final dos tempos messiânicos é finalmente alcançar a revelação máxima da PRESENÇA DIVINA neste mundo terreno, ao ponto de que o material e o mundano não vão mais esconder a energia divina que tem dentro de si.
Em outras palavras, naqueles tempos a ideia de que a “dirah” que estamos tentando construir nos “tachtonim” (uma morada para D’us nestes mundos mundanos e baixos) será cumprida.
Assim, cada vez que agimos desta forma na nossa vida diária, trazendo A DIVINDADE para o nosso contexto cotidiano, estamos vivenciando “um momento Mashiach”, e, além disso, estamos aproximando a redenção.
Vimos na Primeira Parte (sitebneinoachprojetonoaismo.info/2016/03/06/bnei-noach-e-o-shema-israel/ ) que o Rabino do Chabad, Tzvi Freeman, ele mesmo o editor do site Chabad.org, citou o Rabi Azulai ou Chidá como autoridade neste tema, concordando com ele que se os Bnei Noach ou noaítas querem recitar o Shemá, que recitem apenas a primeira frase, ou seja, o primeiro versículo (Deut. 6:4).
O nosso querido Rabino, o Rabino Supervisor do Site Bnei Noach Projeto Noaísmo Info, o Rav Shimshon Bisker, de Israel, explicou para o Site Bnei Noach Projeto Noaísmo Info:
“Em relação a um noaíta ou Ben Noach recitar as três partes do Shemá Israel:
Apesar de não haver nenhuma proibição de um Ben Noach ler as três partes do Shemá, pois são passagens da Torá e um Ben Noach pode ler a Torá, de toda forma, no que diz respeito à recitação, aconselho somente a primeira parte, e, se quiser recitar mais, também a segunda, porém, não a terceira (volto a ressaltar que não há proibição em ler as três). Por que? Pois o tema principal da primeira parte é receber o jugo de Hashém, e isso o Ben Noach também é obrigado. O tema principal da segunda parte é o recebimento de todos os Preceitos, e, não recai sobre o Ben Noach todos os Preceitos. Porém, como também trata do tema da recompensa quando se faz a Vontade de Hashém e a sentença de quando não se faz, se quiser recitar, pode recitar, e ter em mente (quando ler sobre o cumprimento dos Preceitos) que para ele recai somente as Leis referentes aos Bnei Noach. Porém, a terceira (Números 15:37-41) não recomendo, pois o tema principal é o tsitsit, Preceito o qual não compromete o Ben Noach. É isso!”
Disputas religiosas entre judeus e seguidores de outras religiões aparecem pela primeira vez nos tempos bíblicos. Avrahám debateu a crença em um D’us com o Rei Nimrod e seus seguidores. O confronto de Eliahu com os profetas de Baal teve elementos de um debate religioso. Numerosos sábios da Mishná e do Talmud foram forçados a participar de discussões religiosas com pagãos ou cristãos de origem judaica. Josefo registrou um debate com o antijudaico grego Ápion, chamando-o de Contra Ápion. Com a ascensão do cristianismo, tais debates tornaram-se mais frequentes, especialmente a partir do século XII. O debate mais famoso foi o da disputa de Rabí Moshé ben Nachmán Gerond, conhecido também pelo acróstico de seu nome, Rambán (não confundir com Rámbam, Rabí Moshé ben Maimón ou Maimônides), e para todo o mundo não-judaico com o nome de Nachmânides (1195-1270)*. Tal debate é único na medida em que foi o mais justo e melhor registrado de todos os incidentes desse tipo.
* Rambán nasceu de uma família nobre de renomados e proeminentes talmudistas, no ano 1195. Seu principal mestre de Talmúd foi o Rabí lehudá ben Iakar, e estudou a Cabalá com o Rabí Ezrá e o Rabí Azríel. À idade de 16 anos já dominava o Talmud com todos os seus comentários, e escreveu um comentário-defesa chamado Milchamot.
Quando Rambán tinha 60 anos de idade, um judeu apóstata, disfarçado de católico devoto, Pablo Christiani (ou, Paulus Christianus), desafiou os judeus para uma disputa religiosa. O debate deveria ocorrer em Barcelona, e para obter a presença do Rambán, o Rabino de Gerona — sua cidade natal (Espanha) —, este apóstata induziu Jaime I de Aragón (Aragão) (“o Conquistador”, 1208-1276) a convocá-lo, pelo que, contra a sua vontade, Rabí Moshé se viu obrigado a viajar até a Corte Real de Barcelona. Na verdade, Rambán já tinha um estreito relacionamento com o rei Jaime. O rei Jaime era um homem muito versado que empregava muitos judeus como funcionários e ignorava as exigências papais de se livrar de seus burocratas judeus.
Em 1263, na cidade espanhola de Barcelona, Rambán foi ordenado pelo rei Jaime I da Espanha a debater publicamente a religião judaica com oficiais da Igreja (na verdade, da Igreja religiosa católica fundada por Santo Domingo em 1216 e que desempenhou um papel de extrema importância na Inquisição). O rei concordou com o pedido do Rambán de que lhe fosse permitido falar livremente, desde que ele não denegrisse o cristianismo. A disputa se deu em quatro dias entre 20 de julho e 27 de julho de 1263 (a saber, nos dias: 20/7 (sex.); 23/7 (seg.); 26/7 (qui.); e, 27/7 (sex.)). Essas quatro sessões foram realizadas no palácio do rei com a participação de judeus e cristãos, incluindo o rei. Rambán manteve um registro do debate, que sobreviveu. Havia quatro questões principais:
Primeiro, os cristãos tentaram provar no Tanách (bíblia Judaica) que Yeshu (Jesus, o cristão) é o mashíach, e que o mashíach já tinha vindo, e então perguntaram por que os judeus não acreditavam nisso. Rambán refutou suas aparentes provas das Escrituras e argumentou convincentemente que se os judeus da época de Yeshu, que o haviam ouvido e visto pessoalmente, não acreditavam em Yeshu e haviam permanecido judeus fiéis, como se poderia esperar qualquer ação diferente dos judeus 1.200 anos depois?
Segundo, em resposta à crença cristã de que Yeshu é o mashíach, Rambán se referiu a numerosas passagens bíblicas que afirmam que o mashíach trará paz ao mundo e unirá a humanidade para seguir a verdadeira fé [que é o Noaísmo]. No entanto, argumentou Rambán, desde a época de Yeshu o cristianismo não governou o mundo. Além disso, salientara Rambán: “Desde esta época, o mundo foi preenchido de violência e injustiça e os cristãos derramaram mais sangue que todos os outros povos”. Apontou também o fato de que Roma, que outrora dominara o mundo, havia entrado em declínio no momento em que aceitara o cristianismo.
Terceiro, Rambán demonstrou como a crença cristã na Trindade e no nascimento de Yeshu não podiam ser acreditados por nenhum judeu pensante. A Trindade é pura adoração de ídolos, pois é a crença em três pessoas “divinas”, enquanto o nascimento virginal é totalmente estranho à tradição e lógica judaicas. Curiosamente, os missionários cristãos [incluindo atualmente os chamados messiânicos (cristãos travestidos de “judeus”)] ainda tentam convencer os judeus da verdade de sua religião, e a refutação de suas chamadas provas é exatamente a mesma que o Rambán usou há mais de 700 anos.
Quarto, os cristãos argumentaram que a humanidade está condenada ao inferno por causa do pecado de Adám e Chavá, e que somente a crença em Yeshu pode salvá-la desse destino. Rambán argumentou que tal afirmação não poderia ser provada, pois qualquer um pode dizer o que quiser a respeito do outro mundo. A crença em Yeshu não muda o sofrimento e a morte decretada sobre a humanidade neste mundo, o que de fato teria sido uma prova poderosa da veracidade do Cristianismo. Rambán ainda argumentou logicamente que D’us não faria a alma de uma pessoa sofrer por causa dos pecados de outra.
No final do debate, o rei presenteou o Rambán com 300 moedas de ouro e declarou que nunca havia ouvido ninguém tão errado defender tão bem seu caso. No entanto, isso não é o fim da história. Uma semana após o debate, o rei veio à sinagoga de Barcelona para dar uma palestra sobre o cristianismo – uma palestra na qual a presença dos judeus era obrigatória. Tendo mais ou menos derrotado a Igreja, Rambán, para escapar da ira católica, teve de fugir da Espanha*. Ele imigrou para Êrets Israel, onde morreu em 1270, à idade de 75 años. Ele foi enterrado em Haifa (Háifa).
Rambán produziu, pelo menos, cinquenta obras, na maior parte comentários sobre o Talmúd e Halachá.
* Os inimigos de Israel fingiram ter ganho o debate e, através de sua propaganda maliciosa, espalharam essa notícia distorcida por toda a Espanha. Indignado, Rambán publicou a verdadeira história do debate (o livro “Sefer Havikuach”) e, para dar-lhe veracidade oficial, teve seu texto ratificado pelo monarca. Entretanto, apesar do fato de Rambán não ter publicado nada que não tivesse sido expresso no debate, com o consentimento do rei, ele foi processado pelos influentes frades dominicanos através do papa Clemente IV, e posteriormente condenado ao exílio, por “blasfêmias”. Aos 72 anos, Rambán partiu para a Terra de Israel.
“A verdadeira proximidade de D-us é quando a pessoa não considera os benefícios que ela vai ganhar observando a Torá e as mitsvót, mas simplesmente ela quer estar perto de D-us como uma meta em si mesma.” — Rabi Menachem Mendel Schneerson, o Rebe (Líder espiritual da geração)
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As noaítas (Bnei Noach/Filhas de Noá) e o cobrir a cabeça
PERGUNTAS & RESPOSTAS
Por Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info (e “The Divine Code” de acordo com o Rabi Shmuel Binjamini) e Rabi Avraham Chaim Bloomenstiel (no Curso The Noahide Laws)
PERGUNTA: A mulher Bnei Noach casada deve cobrir o cabelo ou não? Quero muito saber.
RESPOSTA: Ninguém menos que o Rabi Zalman Nechemia Goldberg, um membro do Supremo Tribunal Rabínico em Jerusalém e o presidente do Beit Din Eretz Hemdah — Gazit, chamou de “um ‘Shulchan Aruch LeBnei Noach'” (‘Shulchán Arúch dos Benêi Nôach’) a obra The Divine Code do Rabi Moshe Weiner (Chabad), de Jerusalém, publicado pela organização judaica mundial: Ask Noah International (organização essa que reconhece e aprova o Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info). E, por mais estranho que pareça, de um livro de 704 páginas (o e-book tem 12092 páginas) apenas um único parágrafo (e a sua nota — também um único parágrafo) trata da questão do cobrimento da cabeça de uma mulher noaíta casada (em contraste com a importância dada a isto por mulheres gentias recém noaítas vindas dos messiânicos). O que diz tal parágrafo?
Diz (e nós estamos nos baseando no que nos foi explicado pelo Rabi Shmuel Binjamini — entre colchetes): “[Em um ambiente em que o cabelo causa provocação (atração)] seria bom se uma mulher casada cobrisse seu cabelo ao estar fora de sua casa ou na presença de outros homens que não o seu marido.”
E como nos explicou o Rabi Shmuel Binjamini, este não é o caso do Brasil uma vez que aqui em nosso país o cabelo não causa provocação ou atração.
* O texto do Talmud citado na nota diz: “Quando ela (uma descendente de Noá) é liberada de seu relacionamento [conjugal]? …A partir do momento que ela expõe sua cabeça no mercado [isto é, em público]. Desde que as mulheres casadas cobriam o cabelo, mesmo entre os gentios, ao expor seu cabelo ela prova que não deseja mais permanecer com ele.”
Aí está tudo o que o livro (e também o Talmúd) diz sobre o antigo costume das gentias casadas cobrirem a cabeça. Não diz que tinha de ser o cabelo inteiro, como algumas hoje fazem com lenço. Não diz que tinha de ser apenas com lenço. Nem diz que tinha de ser o tempo todo, mas apenas em público, ou quando se estava perante outros homens. E o único motivo disso era para mostrar visivelmente em público para os homens que ela é casada e para então distinguir-se das solteiras (e não para, D’us não o permita, (copiar e) parecer-se com uma judia, o que é errado).
Como vemos em novelas e filmes de época, de fato, as mulheres não-judias casadas, quando saiam de suas casas, cobriam suas cabeças (com chapéus, lenços ou véus). O livro “O império da beleza” de Mark Tungate afirma: “As exigências da modéstia impunham que as mulheres casadas (da Idade Média) cobrissem o cabelo com lenços ou chapéus amarrados no pescoço.”
Assim, apesar do que está escrito no The Divine Code, o curso de Bnei Noach do Rabi Avraham Chaim Bloomenstiel declara: “Alguns têm citado esta passagem [do Talmud] como prova de que as mulheres noaítas casadas devem cobrir os seus cabelos. Entretanto, parece que a questão não é cobrir o cabelo, mas que a mulher deve ter um sinal público de que é casada. Como este é o motivo subjacente, então [atualmente] cobrir o cabelo não cumpriria este propósito. Afinal, a maioria das pessoas [hoje] não o interpretaria como um sinal de casamento. No entanto, uma aliança de casamento certamente realiza isso no Brasil. Portanto, é apropriado dar anéis como parte da cerimônia de casamento. Uma vez que o casal esteja casado, eles devem ter o cuidado de usar suas alianças sempre que estiverem em público.”
De toda forma, sabemos que no Brasil há um rabino que realmente impõe que as mulheres noaítas cubram o cabelo com lenço e o tempo todo.
Devemos sempre estar alertas e tomarmos cuidado com rabinos que querem judaizar os Bnei Noach, exatamente para que os Bnei Noach não busquem a conversão, “já que um ben Noach não deve querer parecer e agir como judeu; e existe uma pressão errônea quanto a isso.” (Rav Shimshon Bisker)
E apesar do que está escrito no The Divine Code, o nosso querido Rav Shimshon Bisker, de Israel, o Rabino Supervisor do Site Bnei Noach Projeto Noaísmo Info, e o responsável pelo Manual Completo Para Bnei Noach, e autor de mais de 40 livros, também explica…
Ou, como diz o Rabi Shmuel Binjamini quanto ao recato (ou modéstia): “Se a mulher noaíta estiver discreta em termos brasileiros já está bom. A idéia é (a mulher) ser discreta e não ser provocativa (atrativa), é só isso.”
E certamente que “em termos brasileiros” exclui-se o cobrir a cabeça das gentias (casadas e solteiras).
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Observação (por questão de informação e curiosidade):
Agora, é importante e interessante também entendermos como o cobrimento de cabelo se aplica às judias.
1. Trata-se de uma mitsvá, Lei Divina, um mandamento de Hashém para a judia casada; 2. Tem de se cobrir todo o cabelo (e não simplesmente cobrir a cabeça); 3. Não tem nada a ver (a princípio) com tzniút — modéstia ou recato; 4. Não se trata de um sinal externo para as pessoas, mas de um sinal entre a própria judia casada e Hashém.
Tudo isso é evidente nessa explicação (abaixo) do Chabad e do próprio Rebe:
§ Pode-se ver que desde os primeiros dias de sua liderança, o Rebe promove e restaura a mitsvá de cobrimento do cabelo para mulheres [judias] casadas e observantes. Ele procurou estabelecer que o cobrimento do cabelo era uma lei judaica e não um costume obscuro que pertencia a outra época. O Rebe afirmou que a lei judaica exige que todo — e não apenas parte — do cabelo de uma mulher casada seja coberto (Maguén Avrahám, Órach Chaím 75:2, Tsémach Tsédec, Responsa Even Haezer 139).
Ele queria suplantar a aversão generalizada de parecer diferente e “judeu demais” com um forte senso de identidade e orgulho; ainda assim, ele era sensível à preocupação de uma mulher com sua aparência. Por este motivo, o Rebe advogou o uso de perucas em vez de lenços, que ele reconheceu como uma opção pouco atraente e até insustentável para a maioria das jovens judias da América. O Rebe temia que a maioria das mulheres, mesmo as mais devotas, não usasse lenços de forma consistente e de maneira a cobrir todo o cabelo. O Rebe estava preocupado com aquelas (mulheres observantes) cujos envolvimentos profissionais e sociais impediriam cobrir o cabelo com lenços ou chapéus. Sem a opção de uma peruca, muitas mulheres não considerariam o cobrimento do cabelo. O incentivo do Rebe à peruca é uma ilustração inicial de como ele caracteristicamente canalizaria os mais recentes avanços dos dias modernos para o propósito da Torá e das mitsvót.
A princípio, a posição do Rebe não era popular. Muitas mulheres simplesmente não queriam cobrir o cabelo, enquanto outras achavam a noção de uma peruca totalmente estranha. Mostrando paciência e extraordinária sensibilidade às questões psicológicas e sociológicas em jogo, o Rebe persistiu em seus esforços. Eventualmente, valeu a pena. No final da década de 1960, a ardente promoção de perucas do Rebe levou à adoção de usar uma como norma na maioria dos círculos ortodoxos.
[Em um discurso de 1954, o Rebe explicou:]
“Quando uma judia [casada] anda na rua sem cobrir o cabelo, não há uma diferença [espiritual] perceptível [para si mesma] entre ela e os outros. No entanto, quando ela usa uma peruca (sheitel), pode-se dizer que ali está uma mulher religiosa judia*. Devemos fazer o que D’us nos ordenou fazer.
…A diferença entre uma peruca e um lenço é a seguinte: é fácil tirar um lenço, o que não acontece com uma peruca. Por exemplo, quando alguém está em uma reunião e usa uma peruca, mesmo que o Presidente entre, ela não a tira. Isto não é assim com um lenço que pode ser facilmente removido…
…No passado, o costume era cortar ou raspar completamente o cabelo (e cobri-lo com um lenço**). Mais tarde, o uso de perucas tornou-se um costume generalizado — especialmente hoje, quando se pode comprar perucas de várias cores, que podem ser ainda mais agradáveis [ou bonitas] do que o próprio cabelo.
Deixe a mulher [judia casada] refletir sobre este assunto. Não demora nem uma hora nem meia hora de contemplação. Por que ela realmente não quer usar uma peruca mas apenas um lenço? Porque ela sabe que não se pode tirar uma peruca quando ela está andando na rua ou [quando ela está] em uma reunião, enquanto se pode mover um lenço para cima e às vezes retirá-lo por completo.”
* “D’us preenche o céu e a terra” e o humano se encontra em Sua presença em todos os lugares e em todos os momentos.
** Na época talmúdica, as mulheres usavam um “radíd” (ou, “redidí”) (רָדִיד), um lenço maior sobre um chapéu menor, que cobria suas cabeças. Assim, mesmo que o cabelo saísse da primeira cobertura, os fios eram cobertos pelo radid (veja Talmúd Ketubót 72a).
Claramente, o Rebe desejava inspirar as mulheres a usar perucas e permanecer firmes nesta observância diante das pressões sociais. Uma leitura mais cuidadosa, no entanto, revela nuances adicionais dignas de menção. Primeiro, a atenção do Rebe a quão profundamente a identidade de uma mulher está ligada à sua aparência. Ele entendeu o quão crítico era este fator na decisão de uma mulher sobre a cobertura do cabelo.
O Rebe chegou ao ponto de afirmar que as perucas podem até ser mais atraentes que o próprio cabelo. Em comparação com as [perucas] que as mulheres podem ter usado nas gerações anteriores, as novas perucas, disse o Rebe, eram atraentes. É instrutivo que o Rebe não teve nenhuma objeção a perucas que melhoram a aparência de uma mulher; pelo contrário, ele incentivou as mulheres a aproveitar sua disponibilidade. Ainda hoje, persiste em muitas mentes a noção errônea de que a cobertura do cabelo deve prejudicar a atratividade de uma mulher casada (o que leva à onipresente pergunta de por que é útil cobrir o cabelo com uma peruca atraente) [Veja https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/793693/jewish/Cobrir-o-Cabelo.htm ]. As palavras do Rebe lançam luz sobre a abordagem apropriada a esta mitsvá.
Curiosamente, o Rebe não forneceu razões filosóficas ou místicas para a mitsvá [judaica de cobrimento do cabelo]. Para muitas mulheres (e homens), nenhuma razão será suficientemente convincente. Em vez disso, o Rebe enfatizou que a observância de todas as mitsvót (incluindo o cobrimento do cabelo) é, em primeiro lugar e acima de tudo, baseada na subserviência da pessoa à vontade de D’us: ‘As palavras de nossa Torá da Verdade são completamente verdadeiras, perpétuas e eternas em todos os lugares e em todos os tempos.’
Existem comunidades em que as perucas não são consideradas halachicamente aceitáveis, com base na sua semelhança com o cabelo de uma mulher. Em outras, as mulheres usam perucas mas as cobrem parcialmente com um lenço ou chapéu para sinalizar que estão cobrindo o cabelo. O Rebe recebeu mulheres com antigas tradições de cobrir completamente o cabelo com lenços apertados e/ou usar uma cobertura dupla (isto é, um chapéu sobre uma peruca). O Rebe acreditava que não havia obrigação haláchica de cobrir a peruca.
Portanto, como vimos acima, existem gritantes diferenças entre a judia casada cobrir seu cabelo e o antigo costume quando a gentia casada cobria sua cabeça. Enquanto para a judia casada trata-se de ter de cobrir todo o cabelo, para a gentia casada tratava-se de apenas cobrir a cabeça em público. E enquanto para a judia casada trata-se de uma mitsvá, quer dizer, de um mandamento de Hashém para ela, e de uma mitsvá que (a princípio) nada tem a ver com modéstia ou recato, e que é um sinal para si mesma da sua distinção* das mulheres das nações, para a gentia casada tratava-se de um costume não-judaico de sinal público para os homens de que ela é casada — o que para a atualidade é inviável — e que era visto pelos Sábios do Talmúd como um exemplo de humildade perante Hashém, e elogiado por eles. Porém, como reconhecido pelo próprio “The Divine Code”, tal costume caiu em desuso, e como afirmado pelo Rabi Avraham Chaim Bloomenstiel, a aliança passou a cumprir este propósito, e como aclarado pelo nosso querido Rabino Supervisor do Site Bnei Noach Projeto Noaísmo Info, o Rav Shimshon Bisker, para as judias sim isto se trata de uma obrigação, de um dever, pois é uma Lei, enquanto que para as noaítas obviamente não (e portanto “elasnão precisam cobrir o cabelo em absoluto“).
* O próprio Rebe esclarece sobre os“sinais da relação especial de D’us com os judeus[:] obviamente, quando um sinal é usado para diferenciar uma entidade de outra, ele tem de ser exclusivo da entidade escolhida. Da mesma forma, os sinais que distinguem os judeus das outras nações devem ser associados exclusivamente aos judeus. É muito importante fortalecer “os sinais que distinguem entre Israel e as nações”.”Assim, aquilo que constitui o sinal que distingue as judias casadas das não-judias tem de ser exclusivo delas (como cobrir todo o cabelo). As não-judias (mesmo as noaítas) que copiam as judias, que passam a parecer-se com as judias, comete um erro gravíssimo, o pecado de Chidúsh Dat.
Por Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info
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Como é possível que o princípio do ano apareça no primeiro dia do sétimo mês? E como é que sabemos que é este o princípio do ano, se não está mencionado em nenhuma parte dos cinco livros de Moisés?
A resposta curta é: o sabíamos porque, quando Moisés recebeu a Torá, tudo isto era evidente para ele e ele transmitiu esta informação, ainda que não a deixou por escrito. E, além disso, antes de ouvirmos falar de Moisés, sabíamos sobre o Rosh Hashaná. Abraham recebeu os antigos ensinamentos de Shem, o filho de Noá. Noá por sua vez os havia recebido de Matusael, que os havia recebido de Enosh. E Enosh com toda a certeza estava inteirado de Rosh Hashaná, já que havia recebido sua sabedoria diretamente de Adám, que havia sido criado nesse dia.
Então, Rosh Hashaná não é somente uma festividade judaica. Rosh Hashaná é o nascimento da humanidade.
* * *
Uma olhada em todo o livro judaico de orações para Rosh Hashaná e Iom Kipur e não será encontrado menção alguma ao nascimento de Adám. O que você pode encontrar é a afirmação: “Hoje é o dia de nascimento do mundo.” Também poderá dizer uma enigmática frase que se repete várias vezes: “Este dia assinala o começo da Tua criação, é uma recordação do primeiro dia.”
Isto sugere um pensamento fascinante; efetivamente, um pensamento que os cientistas modernos podem chegar a aceitar. Talvez o universo tenha nascido apenas quando Adám abriu seus olhos para observar e dar um nome a cada coisa! Com efeito, não é certo que os físicos quânticos e os cosmólogos de hoje em dia nos dizem que não pode haver eventos nem universo, sem um observador? Então, o universo começa com a criação da primeira consciência humana. “E ELE insuflou em suas narinas alento de vida; e o homem se tornou alma vivente” (Gênesis 2:7).
Fascinante, sim, mesmo que não totalmente satisfatório. Já que, na realidade, o Livro do Gênesis nos diz que Adám foi criado no sexto dia da Criação. Antes deste momento já existia um mundo. Sim, eu reconheço, era um mundo muito diferente do que conhecemos, um mundo no qual foram criados a matéria, a energia, o tempo e o espaço, no qual os eventos foram ocorrendo rapidamente, e em poucos instantes o simples evoluiu para o complexo. Mas, ainda assim, era um mundo. Então, surge a pergunta clássica: por que comemoramos Rosh Hashaná no nascimento de Adám e não seis dias antes, no nascimento do mundo?
E a resposta clássica é: porque não estamos celebrando um aniversário. “Hoje é o nascimento do mundo”, significa hoje, agora. Hoje o mundo voltou a nascer. Este dia assinala “o começo de Tua(s obras da) criação”, evocando assim a primeríssima vez que o mundo foi criado. Só que a primeira vez que o mundo nasceu, foi um presente de graça. Desde então, depende de nós, dos descendentes de Adám. E é por isso que ocorre em nosso nascimento, Rosh Hashaná. Renascemos, e dentro de nós, todo o universo.
Nosso planeta terra é um relógio ajustado ao ritmo pelo qual bate, um ciclo de momentos e dias, de meses e anos. A cada momento surge a vida necessária para esse momento, é absorvida e depois volta para sua fonte. Cada dia, a energia para esse dia, cada mês, para esse mês. Mas a renovação mais importante da vida é a que surge em Rosh Hashaná. Porque é quando toda a vida do ano anterior volta para sua fonte essencial e, do vazio, surge uma nova vida como nunca antes conhecida, para sustentar a existência por um ano completo.
* * *
Não é estranho que um ser criado possa tomar parte em sua própria criação? Os seres criados (nós), suplicando para nosso CRIADOR: “Dá-nos vida! Uma boa vida! Coisas lindas! Revela-TE! Envolva-TE mais profundamente com teu mundo!
Como é possível que, no interior da Mente Cósmica, onde se determina se devemos ou não existir, estejamos aí, suplicando e participando nessa decisão? Deve haver algo de nós que está além da criação, algo eterno. Algo Divino. O chamamos “a alma Divina”.
É por isso que podemos denominar D’us tanto REI como PAI.
Um REI, no sentido essencial da realeza, porque é ELE QUEM determina se existiremos ou não, como está escrito no Machzór: “quem morrerá e quem viverá”.
Um PAI, porque dentro nós há algo DELE, portanto, podemos participar nessa decisão.
E nós somos o filho. Cada um de nós tem uma alma interior que é o hálito de D’us dentro de nós. Somos o ponto de contato entre D’us e Seu universo. E assim somos chamados Seus filhos. E podemos chamar ELE nosso PAI.
* * *
Em Rosh Hashaná, D’us SE apresenta perante um tribunal. Se D’us chegasse a SE desconectar de Sua criação, D’us não o permita, desapareceria até o próprio espaço. Inclusive ficaria anulado o tempo, o mundo nunca teria existido, sua história seria apagada, e não sobraria nada.
Mas demonstramos um sincero arrependimento e declaramos que agora realmente nós vamos tratar de melhorar nossos atos e fazer que o ano que se inicia seja muito, muito melhor que o passado. Acima de tudo, queremos assegurar que apenas falaremos bem dos demais e que lhes daremos nossas bênçãos para um ano bom e doce. É como julgamos os outros que nós seremos julgados.
O Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info deseja a todos um ano bom e doce.
Hoje, 29/9, é, no calendário bíblico/judaico, 1° de Tishrêi de 5780, ou seja, dia de um novo ano. Para você recitar as orações apropriadas para hoje e também para amanhã (mas amanhã, 30/9, somente até o pôr-do-sol), baixe GRATUITAMENTE o Guia Bnei Noach de Rosh Hashaná, revisado e aprovado pelo Rav Shimshon Bisker, de Israel, o Rabino Supervisor do Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info.
Gostaria de saber sobre as tatuagens. Pode um bnei noach fazer tatuagem de qualquer tipo com desenho ou escrita?
O SITE BNEI NOACH PROJETO NOAISMO INFO responde:
Prezado Rodrigo!
Ficamos felizes com a sua pergunta e responderemos com prazer.
A única unanimidade existente entre os rabinos sobre Levítico 19:28 é que se trata de uma mitsvá para os JUDEUS.
Pode ser que haja rabinos que afirmem que a mitsvá de proibição de tatuagem também é da responsabilidade dos noaítas (Bnei Noach). Porém, o nosso querido Rabino Supervisor do Site Bnei Noach Projeto Noaísmo Info, o Rav Shimshon Bisker, de Israel, responsável pelo Manual Completo da Observância Bnei Noach, e autor de 40 livros, diz que pode.
Além disso, ainda mencionaremos mais dois rabinos (representando organizações mundiais) que explicam que SIM, que os noaítas (Bnei Noach) podem fazer tatuagens (tatuagens não idolátricas).
“Toda a Torá foi dada para tornar este mundo físico um lugar espiritual e harmônico.” — Rabi Eli Levy (Chabad)
Que tipo de livro é a Bíblia (Torá)?
Por Rabi Eli Brackman (Chabad)
Nos últimos anos tem havido uma enorme quantidade de livros sobre a Bíblia que servem como guia para diferentes áreas da vida e perspectivas.
É possível encontrar livros sobre a Bíblia como literatura, Bíblia como arqueologia, Bíblia como poesia, Bíblia como história, Bíblia como filosofia, Bíblia como código para a ciência política e Bíblia como guia para a sabedoria nos negócios.
Em um livro muito intrigante do rabino Jonathan Sacks, The Home that we Build Together (O Lar que Vamos Construir Juntos), ele argumenta que a Bíblia Hebraica pode ser usada como um livro de texto sobre como construir uma sociedade multicultural bem-sucedida no século 21 no Reino Unido.
Similarmente, no livro Jewish Wisdom for Business Success: Lessons from the Torah and Other Ancient Texts (Sabedoria Judaica para o Sucesso nos Negócios: Lições da Torá e Outros Textos Antigos), o rabino Levi Brackman argumenta que os textos antigos da Torá podem servir como uma fonte de sabedoria e perspicácia sobre como ter êxito nos negócios.
Enquanto a sabedoria da Torá pode ter algo a dizer ao mundo contemporâneo da política e dos negócios, isto não é essencialmente o que a Torá é e pode levar a interpretações errôneas.
A Torá é essencialmente um trabalho espiritual destinado a aproximar uma pessoa de D’us e assegurar a vivência de uma vida ética e moral entre essa pessoa e sua família e vizinhos.
Isto é indicado no Mishnê Torá do rabino Maimônides (1138-1204), leis de Chanucá (Ch. 3), onde ele afirma que o propósito da Bíblia Hebraica é trazer paz ao mundo.
Para ser claro isto não significa que este é um trabalho sobre a resolução de conflitos a nível geopolítico, mas principalmente sobre a paz entre vizinhos e a harmonia familiar.
Toda a Torá é para este propósito — trazer paz entre uma pessoa e outra.
As histórias da Torá devem ser vistas de maneira similar. Não é um livro de história ou política — deve-se ver a Torá como um texto relevante para o desenvolvimento pessoal e espiritual da pessoa.
No pacto do Monte Sinái os judeus aceitaram um sistema de lei, social e espiritual, ao qual foram obrigados, além das leis universais da sociedade.
O D’us da Bíblia Hebraica é a fonte da moralidade e a Bíblia é o código de ética absoluto. “A Torá é o Ensinamento DIVINO para o povo judeu e para a humanidade.” A Bíblia Hebraica ensina como o indivíduo pode se aproximar de D’us e se tornar um ser humano mais espiritual e moral.
A Torá não é um livro de política ou história, mas de ensinamentos morais para a própria vida pessoal.
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O Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info APRESENTA
Qualquer um que quer servir D’us deve fazê-lo nos termos DELE
Você não é judeu?
Há tanta coisa que você precisa fazer para tornar este mundo um lugar melhor!
Na tradição judaica, a observância dos 10 Mandamentos é exigida somente dos judeus. Espera-se que todas as demais pessoas (i.e., todos os não-judeus) observem as “Sete Leis de Noá” — os valores universais da Torá.
…
Nós podemos, e devemos, fazer o que ainda tem de ser feito.
Nas palavras transliteradas, “CH” deve ser pronunciado como “rr” e “SH” como “ch”.
As palavras noaítico, noaítica, noaico, noaica, noaical, noaíta, noaísmo e noaitismo são derivadas de Noá (popularmente conhecido como Noé), do hebraico Nôach. A raiz de todas estas palavras é o nome do indivíduo bíblico da história do Dilúvio, Noá.
Dicionário do Noaismo:
● Noaíta (de Noá+ita). (Hebraico: נחי) 1. Indivíduo do movimento Bnei Noach (lê-se movimento Benêi NôaRR). (Noaítas, o mesmo que Filhos/Descendentes de Noá (Noé), ou que Bnei Noach.) 2. Relativo ou pertencente a esse movimento. 3. Noaítico. 4. Aquele que segue As Mitsvót Universais. 5. Aquele que professa o Noaísmo: a Fé Original (A Fé de Adám e Noá). 6. Não-judeu devoto de Hashém, O D’us Único de Israel. 7. Gentio justo. 8. Descendente espiritual de Noá. 9. Sábio das nações. 10. Descendentes/Filhos de Noá.
▪Inglês de Noaíta: Noahite (Noah+ite). (Inglês hebraizado: Noachite). Espanhol (hebraizado): Noajita. Tradução em Espanhol de Noahite: Noaíta. Transliteração de Noahite para o hebraico: Hanoachí (ou, Noachí) = נחי .
(O termoNoaídaé válido em português como tradução do inglês Noahide. Porém, diferente do termo Noaíta, que tem ambos os significados, tanto o de filhos/descendentes de Noá quanto o de seguidores das Mitsvót Universais (os gentios devotos de Hashém), o termo Noaída tem apenas um único significado, o de filhos ou descendentes de Noá, podendo então ser usado apenas no sentido geral de toda a humanidade (independemente de fé).
Assim, noaídas significa unicamente todos os humanos como Descendentes de Noá, ao passo que noaítas significa tanto o mesmo que noaídas (Descendentes de Noá) quanto os que seguem as Leis Divinas de Noá da Torá.)
O uso do nome em português Noaíta como significado da forma mais popular em inglês Noahide para os seguidores das Sete Leis é reconhecido e aprovado pela Organização Ask Noah International (asknoah.org).
● Noaítico(de Noá+itico). Pertencente ou relativo ao noaísmo, ou aos noaítas.
▪Inglês de Noaítico: Noahitic (ou, Noaitic) (Noah+itic).
● Noaico(de Noá+ico). Relativo ou pertencente a, ou próprio de Noá.
▪Inglês de Noaico: Noahic (ou, Noaic) (Noah+ic).
● Noaísmo(de Noá+ismo). 1. A fé noaítica (a fé dos noaítas). 2. O caminho espiritual dado pelo PRÓPRIO D’us para todos os não-judeus. 3. Devoção não judaica para Hashém, O D’us Único de Israel. 4. Os Princípios Universais de Fé da Torá e de comportamento ético da Torá para toda a humanidade. 5. Noaitismo (de noaíta+ismo). 6. Movimento Bnei Noach. 7. Um Movimento, não uma religião (pode-se até considerar como um judaísmo para os gentios, ou um judaísmo universal, mas “judaísmo” significando “a Fé da Torá”, e não significando Judaicidade — Identidade Judaica —, já que Bnei Noach não são judeus de modo algum. Por isso — por não ser religião — não possui rituais [de religião]*▲, pois como explicado pelo Rebe (Rabi Menachem Mendel Schneerson), Líder espiritual da geração, trata-se de um “Código Moral Divino” e este “Código Noaítico das sete leis Divinas básicas constitui o fundamento de toda a moralidade.”
* Afirmado explicitamente pelo Rabi Tzvi Freeman, editor sênior do Site Chabad.org.)
▲ O que significa “não possui rituais”? Significa que não possui mandamentos ritualísticos como o Judaísmo, a saber, práticas que identificam o povo judeu distinguindo-o dos demais povos, portanto, mandamentos que são não-propícios ou mesmo proibidos para os Bnei Noach (ainda que conscientes de que estariam fazendo-os voluntariamente) — mesmo sendo orientados por rabino (irresponsável, incompetente) — (exemplos: tsitsít, talít, mezuzá, tefilín, Ióm Tov, lembrar Shabát (que significa praticar a cerimônia do Kidúsh e a cerimônia da Havdalá), fazer (observar) Shabát, taaniót, micvê, ritual judaico de pureza e impureza, cashér etc.).
Os Bnei Noach certamente têm uma forma de expressão espiritual mas que não é feita ritualisticamente: a oração e abençoar Hashém.
▪Inglês de Noaísmo: Noahism (Noah+ism) (as vezes, aparece como Noahitism (de noahite+ism) — geralmente grafado Noahidism, por causa do uso popular da forma Noahide). Espanhol (hebraizado): Noajismo. Transliteração de Noahism para o hebraico: Noachdút.
● Noá.Forma portuguesa (direta) do hebraico Nôach (נח). Em inglês, Noah. Popularmente grafado como Noé (a forma portuguesa Noé vem do latim Noe que vem do grego Νωε).
● Sheva Mitsvot Bnei Noach. (שבע מצוות בני נח) Hebraico. Literalmente, As Sete Leis dos Filhos de Noá {Sete Leis dos Filhos de Noé}. São as Shéva Mitsvót Hashém le’Benêi Nôach — Sete Leis de Hashém (D’us) Para os Descendentes de Nôach (Noá). O mesmo que As Sete Leis (Mandamentos/Preceitos) de Noá, As Sete Leis Universais, As Sete Mitsvót Universais, As Sete Leis Noaicas (i.e., de Noá), As Sete Leis Noaíticas (i.e., dos Noaítas), e, Os Sete Princípios Universais. As Leis de Bnei Noach também são chamadas de O Código Noaítico.
Dadas pelo PRÓPRIO Hashém, O CRIADOR, primeiro para Adám e Chavá (Adão e Eva), depois para Noá e Naamá e seus filhos, e posteriormente reveladas para o povo judeu através de Moshé (Moisés) na entrega da Torá (A Palavra de D’us) no Har Sinái.
▪As Sete Leis Noaíticas não são literalmente apenas sete. Trata-se de Sete Categorias de Leis. “Estas Sete Leis Noaíticas são declarações gerais, que, com todas as suas ramificações e extensões, abrangem inúmeros detalhes.” — O Rebe.
● Pacto Noaítico (ou Noaico). O Pacto (ou Aliança) de D’us com Nôach (Noá) e sua família que eram toda a humanidade depois do Dilúvio. Por isso, vale também para toda a sua descendência. Engloba o pacto anterior feito com Adám e Chavá.
● Código Noaítico. O mesmo que As Leis Noaíticas. “Um código divino de conduta” (disse o Rebe).
● Bnei Noach (formas alternativas: Benêi Nôach; B’nei Noach; Bnai Noach)(בני נח). Hebraico. Literalmente, Filhos (Descendentes) de Noá (Noé). 1. Os filhos biológicos de Noá e Naamá (Shem/Sem, Chám/Cam e Yáfet/Jafé). 2. Todos os descendentes de Noá (em todos os lugares e em todas as épocas) — a humanidade=noaídas/noaítas. 3. Os filhos espirituais (i.e., os seguidores da Fé e das Leis) de Noá = noaítas.
( • Bnei Yisrael. Hebraico. Literalmente, Filhos (Descendentes) de Israel (Yaacóv). Os judeus.)
● Hanoachí (ou, Noachí). Literalmente, os noaítas, em hebraico. Transliteração hebraica do inglês Noahites.
Dicionário online da Língua Portuguesa Projeto Noaismo Info
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O uso das palavras noético e noética para aquilo que refere-se à Noá e seus descendentes e às Mitsvót Universais é absolutamente inadequado e errado. É uma distorção do seu significado. Noético, noética, noeticamente e noetical são palavras que existem de fato, mas que NADA tem a ver com os Bnei Noach. Estas palavras (noético, noética, noeticamente, noetical) são derivadas de noese, do grego noésis. A raiz de noético e noética NÃO é (nunca, jamais) o nome do indivíduo bíblico da história do Dilúvio, Noá, antes, a raiz de noético e noética é noese. Em inglês, Noetic, de noesis. Daí que se fala nos “estudos noéticos”, na “ciência noética”, nos “cientistas noéticos”, no “caminho noético”, e até no “mito noético” (https://sitebneinoachprojetonoaismo.info/2019/04/12/a-ciencia-noetica/ ; https://sitebneinoachprojetonoaismo.info/2019/04/12/os-cientistas-noeticos/ ; https://sitebneinoachprojetonoaismo.info/2019/04/12/o-mito-noetico/). Porém, como já explicado, nem uma dessas expressões têm qualquer relação com Noá, seus descendentes, e suas mitsvót.
Exemplos do uso – CORRETO – da palavra “Noético(a)”, em: O Caminho Noético, da historiadora e professora Juliana Leonardi, 2007.
Portanto, em relação à Noá e às 7 Leis, NÃO existe “leis noéticas”, “movimento noético”, … . Como foi explicado acima, noético e noética referem-se à noese.
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Sou noaíta. Como noaíta, naturalmente, não comemoro o natal. O que devo responder quando me desejam “Feliz Natal”? Devo simplesmente repetir a saudação ou devo educadamente informar que sou noaíta e que não comemoro o natal?
Além disso, qual deve ser a posição de um noaíta quanto ao Ano Novo do calendário gentílico? E pode-se desejar a outros (tanto a outros noaítas, como a outros não-noaítas) um feliz Ano Novo no dia 1° de janeiro?
Resposta:
Em primeiro lugar, devemos levar em conta que, hoje em dia, muitos que desejam “feliz natal” fazem-no apenas por educação, e não porque comemoram-no. Muitos são cristãos não-praticantes e muitos sequer acreditam no natal.
As orientações nesta matéria são de judeus para judeus e servem como informações para nós Bnei Noach, algumas das quais certamente podemos nos espelhar. De toda forma, temos as orientações do nosso querido Rabino Consultor do Projeto Noaísmo Info, o Rav Shimshon Bisker, de Israel, destinadas a nós mesmos, os noaítas/Bnei Noach.
O Rav Shimshon Bisker, Rabino Orientador do Projeto Noaísmo Info, responde que se nos saudarem com “Feliz natal” ou “Boas Festas”, nós Bnei Noach (noaítas) podemos responder “Tudo de bom” ou algo parecido. Veja a nova matéria:
Vejamos se além disso há algo que nós noaítas podemos aprender da posição dos judeus frente à data do 25 de dezembro e do 1° de janeiro.
Para a pergunta: “Pode-se desejar um feliz natal ou boas festas para um conhecido ou vizinho gentio?”, o Rabí Yaakov Goldstein afirma que os judeus não pronunciam a palavra natal (principalmente em inglês — christmas — já que ela deriva de christ), assim como não pronunciam a palavra cristo*. (* Apenas por uma questão de curiosidade e informação, quanto a se os judeus podem ou não escrever e pronunciar o nome Jesus ou Yeshua, o Rabí diz que “pela letra da Lei é permitido pronunciar e escrever o nome Jesus ou Yeshua”, apesar do costume de evitar dizer estes nomes.) Porém, ele passa a explicar:
“Se o gentio não acredita nas conotações religiosas por trás do feriado [de 25 de dezembro], então não há nenhuma proibição de dizer para ele “boas festas” [ou, bom feriado, já que para tal gentio — que neste caso até pode ser exatamente um noaíta — tal dia não passa disso mesmo, de apenas um feriado]. Se, no entanto, o gentio acredita no conteúdo relacionado à idolatria por trás do natal, é proibido desejar-lhe boas festas. Aparentemente, só se pode desejar-lhe boas festas em uma situação urgente, para evitar inimizade. Certamente, não se deve esforçar-se para cumprimentá-lo e enviar-lhe votos, como por exemplo através das redes sociais, a menos que a falta de fazer isso cause inimizade. Em todos os casos nos quais alguém se encontra com um conhecido gentio lá fora, que é um cristão praticante, deve-se cumprimentá-lo em voz baixa. Certamente dizer as palavras “boas festas” dá credibilidade à sua idolatria, e por isso faz-se unicamente com a finalidade de evitar inimizades. No entanto, o termo natal não deve ser dito, como já explicado.
Pode-se [um judeu] desejar a outros um feliz ano novo no dia 1º de janeiro? Hoje em dia, praticamente, muitos gentios não associam o ano novo a nenhuma observância religiosa. É simplesmente um dia para celebrar o início do ano novo no calendário, e fazer resoluções de ano novo.
Não há nenhuma proibição de se desejar um feliz ano novo para um gentio que não associa o dia a nenhuma conotação cristã ou adoração para uma divindade. É preciso evitar desejar um feliz ano novo para um cristão praticante (particularmente católicos e luteranos) que acredita na doutrina cristã por trás do feriado de ano novo. Certamente, não se deve esforçar-se para cumprimentá-lo e enviar-lhe votos, como por exemplo através das redes sociais, a menos que a falta de fazer isso cause inimizade. Em todos os casos nos quais alguém se encontra com um conhecido gentio lá fora, que é um cristão praticante e acredita na festa de ano novo, deve-se cumprimentá-lo em voz baixa.
Em geral, não é costume dos judeus desejar a outros judeus um feliz ano novo no dia primeiro de janeiro. O motivo: a) o ano novo é considerado um feriado cristão. E b) Nega o verdadeiro Ano Novo que está em Rosh Hashaná. Portanto, [nós judeus] não queremos dar crédito ao ano novo gentio. Porém, pela letra da Lei não há nenhuma proibição de fazê-lo.
O Rebe Levi Yitzchak de Berditchev desejaria para todos [os judeus] um feliz ano novo no dia 1º de janeiro. Da mesma forma, o Rebe (Rabi Menachem Mendel Schneerson) certa vez desejou para um chassíd um feliz ano novo na manhã do dia 1º de janeiro, continuando a tradição do Rebe Levi Yitzchak. Certa vez, o rabi Sholom Hecht teve um Yechidút com o Rebe — uma audiência privada entre o Rebe e um chassíd — na manhã do dia 1º de janeiro. Em algum momento durante o Yechidút o Rebe disse-lhe “feliz ano novo”. O rabi Hecht ficou muito surpreso. O Rebe então lhe disse que o Rebe Levi Yitzchak de Berditchev costumava dizer para seus congregantes “feliz ano novo”, e isso baseado nos Tehilím (Salmos) 87:6 onde diz “Hashém yispor bichtov amím…”: “Hashém contará no registro dos povos…” Também está registrado que o Rebe desejou para o seu secretário, o rabí Nissan Mindel, um feliz ano novo em 1º de janeiro. Também está registrado que o Apter Rebe — o Rabí Avraham Yehoshua Heshel de Apta —, autor de Ohêv Yisrael, desejaria um feliz ano novo e abençoaria o povo judeu neste dia. O autor de Báal Hayeshuót (Zlotchov) também abençoaria os judeus com um bom ano, e diria com um sorriso que quando Hashém vê como os gentios celebram o ano novo [deles] e o compara com os judeus, ELE rasga os SEUS decretos malignos [contra os gentios].
Presentes podem ser dados para um gentio em seus feriados se ele não acredita no ídolo e não o adora. É proibido dar presentes a um adorador de ídolos (mesmo que se trate de um conhecido) no dia de suas festividades, que inclui natal e Ano Novo. No entanto, alguns Poskim declaram que os cristãos de hoje não são mais especialistas em idolatria, que os cristãos de hoje são simplesmente “Maassê Avotehêm be Iedehêm”: (literalmente) “As ações de seus pais (continuam) nas suas mãos (dos filhos)”, [ou seja, os filhos ou netos trilham o mesmo caminho dos pais e avós,] e, portanto, é permitido dar-lhes presente (se se trata de um conhecido), especialmente se a falta de fazer isso trará inimizade e ódio contra nós [judeus]. Assim, praticamente, se alguém [judeu] precisa enviar presentes para um (conhecido) cristão no dia de suas festividades, como o Ano Novo e o natal, é permitido fazê-lo. No entanto, se possível, o presente deve ser enviado antes do início do feriado, como na tarde anterior ao feriado. Se isso não for possível, então o presente pode ser enviado no próprio feriado.”
As orientações acima são de judeus para judeus.
Para os Bnei Noach, como mencionado acima, vejam a nova matéria com as respostas do Rabino Consultor do Projeto Noaísmo Info, o Rav Shimshon Bisker:
(Atenção: Nas palavras transliteradas, o “ch” tem som de “RR”. Exemplos: Chabád; Chaguigá; Tanách; Sichót etc.
Nas palavras transliteradas, o “sh” tem som de “CH”. Exemplos: Moshé; Yeshayáhu; Hashém; Shemót etc.)
Pode-se vender a alma ao diabo?
Por Rabi Baruch S. Davidson (Chabad)
Pergunta: Os judeus e os noaítas acreditam que uma pessoa pode vender a alma dela ao diabo?
Resposta: A idéia de “uma pessoa vender a alma dela ao diabo” — isto é, tornar-se escrava do diabo em troca do provimento de favores — não existe na Torá. Obras éticas judaicas descrevem casos em que alguém pode ser “possuído” (dominado) de alguma forma pelos impulsos do mal. Mas mesmo esse estado é sempre reversível.
Antes de abordar isto, aqui está um pouco sobre a natureza de Satán no pensamento judaico/noaítico:
Satán é um verbo hebraico que significa “provocar” ou “opor-se” e é usado várias vezes na Bíblia (Tanách) como um verbo. O primeiro exemplo está na história de Bilám (Balaão), quando Bilám decide assumir a missão de amaldiçoar o povo judeu:
“A ira de D’us SE acendeu porque ele se ia; e pôs-se um anjo de Hashém no caminho para opor-se a ele (tradução de ‘lesatán lo’), e ele viajava na sua jumenta, e seus dois servos estavam com ele.” (Bamidbár/Números 22:22)
Em outros casos, a palavra aparece como um substantivo, “um provocador”. Geralmente, o título aparece com o artigo definido — “o satán” — o que significa que não é um nome próprio, apenas uma descrição do trabalho. Por exemplo, no livro de Jó, o satán aparece como um promotor diante de D’us:
“Certo dia, os anjos vieram se apresentar perante Hashém, e com eles veio também o satán.
E disse Hashém para o satán: ‘De onde vens?’ E o satán respondeu para Hashém: ‘De ir e vir e de caminhar de um lado para o outro por toda a terra.’
E Hashém perguntou para o satán: ‘Viste o Meu servo Iyóv, que não há ninguém igual a ele na terra por ser íntegro, justo, temente a MIM e distanciado de todo o mal?’
Ao que o satán contestou Hashém, e disse: ‘Temerá Iyóv a Hashém, sem motivo? Não o envolveste com uma cerca protetora, sua casa e tudo o que lhe pertence? Abençoaste o trabalho de suas mãos e (por isto) cresceram seus bens sobre toda a terra. Mas se estenderes TUA mão contra tudo que ele possui, verás como TE amaldiçoará frente a frente!’
E respondeu Hashém para o satán: ‘Concedo-te poder para destruir tudo que ele tem; somente a ele, pessoalmente, não deves tocar!’ E o satán retirou-se da presença de Hashém.” (Iyóv/Jó 1:6-12)
Desta passagem, vemos que D’us criou um anjo para desempenhar o papel de provocador; que ele é um mensageiro de, e subordinado a, D’us. Ele não é um anjo caído nem foi enviado para o inferno, onde começou a lutar contra D’us; ele foi criado para ser Satán. Tampouco Satán passa seus dias alimentando as chamas do inferno com seu tridente. É uma presença na terra com uma missão: provocar as pessoas a desobedecerem a vontade de D’us.
De fato, a noção [pagã] dualista de uma poderosa figura anti-D’us que luta com D’us pelo destino da raça humana é incompatível com a crença judaica/noaítica. Não existe poder do mal independente de D’us; do contrário, isto implicaria uma falta de controle e poder abrangentes de D’us. Para citar o livro de Isaías:
“… para que todos, do leste e do oeste, soubessem que nada há além de MIM. EU, somente, sou Hashém (O D’us), não há mais nada. Sou EU QUEM forma a luz e cria a escuridão; EU faço a paz e Sou EU QUEM cria o mal; EU sou Hashém que tudo faz.” (Yeshayáhu/Isaías 45:6-7)
Obviamente, então, o satán não é uma força autônoma que se opõe a D’us e recruta pessoas para sua milícia. Em vez disso, o satán é uma entidade espiritual que é completamente fiel ao seu criador. Por exemplo, em relação à história bíblica da tentativa particularmente agressiva do satán de seduzir Iyóv a blasfemar, o rav Leví declara no Talmúd (Bavá Batrá 16a):
“O Satán agiu por causa de D’us. Quando ele viu como D’us estava inclinado a favor de (i.e., tão focado em) Iyóv, ele disse: ‘O Céu não permita que D’us esqueça o amor de Avrahám (o antepassado do povo judeu).'”
O Zôhar (vol. 2, página 163a) compara o satán a uma prostituta que é contratada por um rei para tentar seduzir seu filho, porque o rei quer testar a moralidade e a dignidade de seu filho. Tanto o rei como a prostituta (que é dedicada ao rei) realmente querem que o filho permaneça firme e rejeite os avanços da prostituta. Da mesma forma, o satán é apenas mais um dos muitos mensageiros espirituais (anjos) que D’us envia para realizar SEU propósito na criação do homem (veja também os capítulos 9 e 29 do Tania).
Esta não é a descrição completa do trabalho do satán. O Talmúd (Bavá Batrá, ibidem) resume dizendo que o satán, a má inclinação (“iêtser hará”) e o Anjo da Morte são uma e a mesma personalidade. Ele desce do céu e induz ao erro, depois ascende e apresenta acusações contra a humanidade, e então cumpre o veredito.
No entanto, a passagem acima mencionada no Zôhar conclui que se uma pessoa sucumbe à insistência da má inclinação, ela “dá energia para o outro lado”. Isto significa que um ato de desafio à vontade de D’us concede àquelas forças que ocultam a presença de D’us — pela Vontade DELE — força adicional para ocultar D’us ainda mais de nós. Isto se apresenta como desafios internos e externos ainda maiores para a pessoa experimentar e se identificar com as verdades de D’us e SUA Torá.
Um exemplo extremo disto seria o Faraó, que escravizou o povo judeu no Egito. Apesar de D’us ter pedido a Moshé que mandasse o Faraó libertar os israelitas, ELE declarou: “EU fiz seu coração e o coração de seus servos endurecer” (Shemót/Êxodo 10:1) a fim de finalmente punir os egípcios com as dez pragas. Como consequência de sua opressão anterior e abuso da nação judaica, sua capacidade de abandonar seus maus caminhos foi dificultada ainda mais até o ponto em que parecia que ele havia perdido a liberdade de escolha, e sua visão de arrependimento e capacidade de senti-lo ficaram completamente prejudicadas (Maimônides, Leis do Arrependimento 6:2).
Em última análise, não há nada que possa impedir alguém que realmente se esforça para retornar (Talmúd Yerushalmí, Peá 1:1). Portanto, mesmo o Faraó ainda tinha a capacidade de superar este bloqueio e finalmente arrepender-se (baseado em Likutêi Sichót vol. 6, páginas 65-66. Veja também Maharshá sobre Chaguigá 15a). Assim, mesmo quando uma pessoa parece estar completamente dominada pelo satán – como retribuição divina por seus erros anteriores, não pela escolha de negociação com o diabo – ela nunca está vendida, e pode superar seu instinto e impulso de agir satanicamente. Estar completamente vendido sem esperança de redenção seria contraproducente ao propósito de D’us e seria inconcebível.
Independentemente de onde você tenha caído, você nunca está vendido a estas forças impuras, e sua alma pode lutar livremente e voltar a se comprometer a servir D’us com sinceridade e paixão. O machado do arrependimento sincero pode derrubar qualquer parede, seja preexistente ou criado por suas ações, abrindo o caminho para que você volte para casa, para o seu verdadeiro eu.
(Atenção: Nas palavras transliteradas, o “ch” tem som de “RR”. Exemplos: Chabád; Tanách, etc.)
Existem anjos da guarda?
Por Rabanit Chaya Sarah Silberberg (Chabad)
Pergunta: Os judeus e os noaítas acreditam que cada pessoa tem um anjo da guarda cuidando dele ou dela?
Resposta: Os judeus e os noaítas certamente acreditam em anjos – entidades espirituais que existem para realizar a vontade de D’us (a palavra hebraica para anjo, “malách”, também significa “mensageiro”) – as Escrituras (Tanách) contêm muitas referências a tais seres supernos. Mas a idéia popular de anjos da guarda particulares e pessoais não faz parte da teologia judaica/noaítica.
Em vez disso, acreditamos em um D’us íntimo que constantemente cuida de todos e de cada um de nós e de toda a criação. Ocasionalmente, ELE pode enviar um anjo para nos ajudar ou nos salvar, mas o anjo é meramente SEU emissário.
Contudo, os sábios nos dizem que cada mitsvá que fazemos cria um anjo que serve como um escudo e proteção para nós. Após a nossa passagem, estes anjos testificam em nosso nome perante os Tribunais Celestes.
Então, nesse sentido, criamos os nossos próprios anjos da guarda.
Apesar da forma da resposta da prezada Rabanit Chaya Sarah Silberberg, veja também a resposta do Rav Shimshon Bisker, o Rabino Supervisor do Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info.
Gostaria de saber sobre as tatuagens. Pode um bnei noach fazer tatuagem de qualquer tipo com desenho ou escrita?