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APRESENTA,
graças a D’us,
Um costume para o mês de Elul (um mês antes do Rosh Hashaná) e uma lição para extrairmos desse costume
Fonte do texto original: trazido pelo Gal Einai Israel
Desde o início do mês de Elul [no 1° dia] até Hoshaná Raba, o último dia de Sucot, o costume judaico é recitar o Salmo 27 diariamente. Um versículo-chave desse salmo é o seguinte:
“Uma coisa peço a HaVaYaH [D’us]; é isto o que busco: que eu possa morar na Casa de HaVaYaH [o Templo Sagrado de Ierushalaim] todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza de HaVaYaH e buscá-LO em SEU Templo.”
Vamos nos aprofundar um pouco mais neste versículo, que resume o desejo mais elevado do autor do salmo, o Rei David, e ver o que podemos aprender com ele em relação ao trabalho espiritual de Elul [último mês do ano no calendário da Torá] e Tishrei [primeiro mês do ano no calendário da Torá].
“Uma coisa peço a Hashem.” O estado em que resta apenas um desejo é um estado muito elevado da alma. É um estado refinado, onde amadureceu a compreensão de que a grande maioria dos desejos e sonhos são para assuntos passageiros e triviais e, na verdade, só resta uma coisa que vale a pena desejar e que abrange tudo: a proximidade com D’us. A frase “é isso que eu busco” deixa claro que não se trata apenas de um pedido superficial, mas da expressão do verdadeiro desejo que habita no fundo do coração.
À luz dessa dupla ênfase, a continuação do versículo é bastante surpreendente: inclui nada menos que três pedidos distintos: 1) “habitar na Casa de D’us todos os dias da minha vida”, 2) “contemplar a beleza de D’us” e 3) “buscá-LO em SEU Templo”. Esses três pedidos podem ser vistos como três estágios na escada ascendente em direção à proximidade e ao apego a D’us.
Alcançar a proximidade com D’us é um processo de transformação da consciência. Seus estágios são chochmá (sabedoria), biná (compreensão) e da’at (conhecimento), as três sefirot intelectuais no sistema cabalístico. Vamos agora explicar as três aplicações à luz desses conceitos correspondentes:
Da’at: “Morar na Casa de Hashem”.
O primeiro passo no caminho para uma vida de proximidade com D’us é a oração para alcançar um estado de calma e tranquilidade interior, sem o qual é impossível se conectar com qualquer realidade superior. No entanto, o versículo revela algo novo: esse estado, ele sugere, existe especificamente na “Casa de D’us”.
O que é a “Casa de D’us”? No nível literal, David está se referindo ao Templo Sagrado, mas, de acordo com a Chassidut, cada versículo da Torá se aplica a todas as realidades, inclusive ao aqui e agora. Dessa forma, a “Casa de D’us” pode ser entendida como algo espiritual: o sentimento da presença de D’us como uma força envolvente e protetora. A “Casa de D’us”, portanto, significa paz de espírito no abraço do CRIADOR, à sombra da fé de que D’us nos cerca e nos acompanha em cada momento de nossas vidas. Essa não é uma paz de espírito obtida por meio de tranquilizantes, terapia psicológica ou férias nas montanhas. Essas coisas podem nos acalmar até certo ponto e por um certo tempo, mas não proporcionam a paz de espírito que toca a raiz de nossa alma, a própria essência de nossa existência neste mundo. Isso só é alcançado por meio de uma perspectiva constante de nossas vidas pelo prisma da fé, sabendo que o único verdadeiro “MESTRE da Casa” que governa nossas vidas é D’us, e tudo o que acontece conosco vem DELE. Esse é o primeiro passo para satisfazer o grande desejo de estar perto de D’us.
Biná: “Para contemplar a bondade de Hashem”.
O próximo passo é perguntar: com o que vamos preencher esse quadro? A frase-chave aqui é “a bondade de D’us”. ‘Noam’ (bondade) não é apenas uma fé abrangente, mas uma experiência interior destinada a preencher essa estrutura. De acordo com a Chassidut, noam é uma experiência de gentileza, uma sensação de presença gentil, suave e benevolente que deseja o nosso bem-estar. É uma experiência semissensorial, algo que é percebido de fora, por isso é descrito como algo para “ver” (lachazot). Lachazot significa olhar através do olho do coração no peito. Enquanto da’at trata de processos conscientes e deliberados, biná representa processos mais sutis e internos. Biná é descrita como “o coração dentro da mente”, um espaço emocional elevado onde as percepções mais elevadas de nossas vidas amadurecem e então permeiam nossa consciência e emoções diárias.
O fato de que “contemplar a agradabilidade de D’us” é um estágio adicional além de simplesmente habitar na Casa de D’us implica que sua realização não é evidente. É possível alcançar o primeiro estágio sem alcançar o segundo, vivendo com uma forte crença de que D’us cria tudo o que nos cerca, mas com um medo do julgamento divino que carece de qualquer doçura que penetre o coração. O medo do julgamento em si é importante, é o sentimento básico e fundamental do temor do Céu que todos deveriam possuir. Entretanto, se esse medo do julgamento permanecer em seu estado puro, ele se acumula e endurece dentro de nós, enchendo-nos de amargura. A elevação do sentimento de temor é alcançada por meio de biná, que tem o poder de “adoçar os julgamentos em sua fonte”, revelando-nos que os julgamentos e decretos de D’us são, em última análise, para nosso benefício.
Chochmá: “Visitar o SEU Santuário”.
O significado original da palavra “לבקר” (visita) é derivado da palavra “בוקר” (manhã) e significa vir todas as manhãs. Portanto, “visitar o SEU Santuário” significa voltar a ele repetidas vezes, a cada nova manhã. Esta interpretação acrescenta uma nova dimensão ao desejo de proximidade de D’us: ela pede que esta proximidade seja duradoura; que a bondade e a presença de D’us não sejam uma experiência passageira, mas uma parte constante e renovada da nossa vida diária. Na verdade, a raiz hebraica ק.ר.ב (aproximar-se) é uma permutação de ב.ק.ר (manhã): a proximidade é realizada através de visitas frequentes e repetidas.
A raiz ב.ק.ר tem outro significado, relacionado a “ביקורת” (crítica). Depois que a noite obscurece todas as cores da realidade, a luz da manhã chega e as distingue, submetendo-as ao escrutínio. Neste contexto, o pedido de “visitar o SEU Santuário” também traz consigo o desejo de adquirir uma nova sabedoria crítica: a capacidade de julgar o nosso estado atual e de oferecer críticas construtivas sobre como progredir a partir dele. Se biná é onde as percepções são gestadas dentro de nós, chochmá é onde elas são semeadas pela primeira vez, onde novas percepções surgem sobre nós. A imagem cabalística fundamental para as novas ideias que brilham dentro de Chochmá é a do raio atingindo o intelecto (outra conexão com a raiz ב.ק.ר, com sua conotação de brilho). O objetivo final de nos aproximarmos de D’us é, portanto, sermos abençoados com SUA influência em nossos pensamentos, concedendo-nos novos e brilhantes insights todas as manhãs e garantindo um desenvolvimento vigoroso e constante.
Por Rabino Nir Menussi
© Rav Nir Menussi
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Traduzido do espanhol por Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info: © Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info

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