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Perguntas e Respostas Especial
Os homens são superiores às mulheres no Judaísmo?
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Quem é o Mashiach?
Parte 2b

Por que uma mulher não pode ser rabina em uma sinagoga ortodoxa?
Na verdade, de acordo com a Halachá (Lei Judaica), é um problema mais sério uma mulher ser chazan, cantora litúrgica, do que ser rabina. Surpreendente? Pois é.
Primeiro, o que significa “rabino”? Se usamos o termo apenas como “professor de Torá”, então há centenas de milhares de mulheres que são rabinas, pois ensinam Torá no mundo todo. Algumas das estudiosas mais talentosas são mulheres que atuam como professoras de Torá. Se considerarmos “rabino” como alguém que ensina Torá, então somos muito afortunados por viver numa época com tantas professoras brilhantes.
Mas, quando dizemos “rabino”, normalmente nos referimos a algo mais — não apenas alguém que lidera a congregação dizendo “Por favor, levantem-se”, “Podem se sentar”, ou “Abram na página 282”. Isso não é a questão central.
A verdadeira questão gira em torno de uma única função que o rabino deve ter: a capacidade de atuar como juiz em um tribunal judaico. O rabino recebe ordenação para poder julgar casos e aplicar a lei judaica. E a Torá nos informa que apenas homens podem exercer a função de juiz. É simples assim.
Agora, muitos dizem: “Mas e Débora? Ela não foi juíza e profetisa?”. Vamos esclarecer isso. Os “juízes” mencionados no Livro dos Juízes (antes da era dos reis, como Saul e David) eram líderes do povo — figuras centrais em uma confederação solta de tribos, num tempo em que “cada um fazia o que achava certo aos próprios olhos”, como diz o texto bíblico. Eles eram chamados “juízes”, mas não no sentido técnico de magistrados que decidiam casos jurídicos em tribunal.
Débora (Juízes 4) era, de fato, uma mulher santa e extraordinária, mas seu papel como “juíza” era no sentido de liderança espiritual e nacional, e não de julgamento jurídico. Além disso, a Bíblia faz questão de ressaltar que ela era uma profetisa. Isso indica que sua liderança era baseada na profecia, o que a distinguia dos outros líderes da época, que agiam com base em suas próprias decisões e sabedoria. Havia outras mulheres profetisas também, como Hulda, por exemplo.
Voltando ao ponto central: quando observamos textos como Êxodo 18 e 21, Deuteronômio 17 ou o Salmo 82, vemos que os juízes formais — aqueles que realmente atuam em tribunais — devem ser homens. A Torá simplesmente diz isso. Não explica o motivo. Mas nós confiamos em Deus. ELE nos criou, e entende melhor do que nós os papéis ideais para cada um.
A Torá não diz que uma mulher não pode ser juíza. A Torá diz que os juízes devem ser homens — isso é verdade — mas não diz que uma mulher está proibida de ser.
Muitos especulam por que isso acontece. Alguns dizem que mulheres têm uma compaixão natural que seria incompatível com a imparcialidade exigida de um juiz. Não sabemos com certeza. O que sabemos é que homens e mulheres são diferentes, não apenas fisicamente, mas emocional e espiritualmente. Deus os criou de forma distinta, e isso se reflete nos papéis que lhes são atribuídos.
Por isso, uma mulher não pode ser juíza formal, e, consequentemente, não pode ser rabina no sentido técnico do termo. Isso porque o rabino deve estar apto, ainda que na prática quase nunca o faça, a atuar como juiz — por exemplo, em questões de conversão, disputas legais, etc.
Agora, é verdade que a maioria dos rabinos nunca atua como juiz. Muitos são líderes de comunidades, professores, pregadores. E justamente aí está a ironia: muitas mulheres são, de fato, melhores educadoras e estudiosas da Torá do que muitos homens. Mulheres ortodoxas, especialmente, recebem uma educação judaica muito sólida. Já ensinei em instituições femininas ortodoxas como Berián e Beit Yaakov, e posso afirmar: essas jovens sabem mais do que muitos rabinos.
Minhas irmãs são estudiosas de alto nível. Elas poderiam deixar muitos rabinos embaraçados em uma discussão de halachá (lei judaica). Mas, mesmo assim, não se tornam rabinas, porque não poderiam atuar como juízas.
Agora, quanto à cantora litúrgica (cantora de sinagoga), a questão é mais delicada. Isso porque muitas das orações e rituais são obrigações específicas para os homens. Mulheres não são obrigadas, por exemplo, a rezar três vezes ao dia com as mesmas liturgias. Elas podem fazê-lo voluntariamente, mas não têm o mesmo grau de obrigação.
Como muitas das partes da oração pública dependem de obrigações masculinas, uma mulher não pode, tecnicamente, liderar essas partes em nome da congregação. Isso se aplica a muitas orações do serviço público.
Assim, apesar da função de rabino ser mais notória, do ponto de vista técnico e haláchico, é mais grave uma mulher assumir o papel de cantora litúrgica do que de rabina.
Por fim, há Mandamentos que são específicos para homens, como o uso de kipá (solidéu), tzitzit (franjas), entre outros. Esses elementos são como “muletas” espirituais que os homens precisam mais do que as mulheres. Se uma mulher os usar, é como uma pessoa saudável usando cadeira de rodas — soa estranho. Não é proibido, mas também não faz sentido.
Tais Mandamentos simbolizam lembretes constantes para auxiliar os homens em sua espiritualidade. Mulheres, por outro lado, possuem uma conexão natural e mais direta com a fé, a lealdade e a espiritualidade — por isso, precisam de menos “lembretes”. Não se trata de desigualdade, mas de designações espirituais diferentes.
As mulheres são mais fiéis a Hashem. É por isso que você nunca encontra mulheres adorando o bezerro de ouro. É por isso que elas não seguiram os espiões. É por isso que elas não precisam de todos esses Mandamentos ligados ao tempo. Porque elas não precisam deles — elas já estão espiritualmente elevadas.
O Judaísmo não precisa copiar a igreja. Não precisamos de rabinas para provar que as mulheres são importantes. A Torá já nos mostra o quanto as mulheres são importantes — Sarah, Rivka, Rachel, Leah — elas construíram a nação judaica.
Então, para concluir: o motivo pelo qual mulheres não atuam como rabinas ou cantoras litúrgicas formais não é por machismo ou inferioridade — não tem a ver com valor ou capacidade —, mas por diferenças fundamentais nos papéis espirituais definidos pela Torá. E, embora não entendamos todos os motivos, confiamos no CRIADOR, que projetou homens e mulheres com propósitos distintos, mas igualmente valiosos.
De toda forma, na vida judaica, o rabino não é a figura religiosa mais importante — a figura espiritual mais importante é a mãe judia. É com ela que as crianças aprendem o Judaísmo. É ela quem estabelece o tom da casa. É ela quem cria o ambiente do lar. A mãe judia é a rabina da casa.
A propósito, não há sinagogas na Bíblia — nenhuma. Nenhuma sinagoga em todo o Tanach. Mas o que temos na Bíblia? Temos lares judaicos. Temos Avraham e Sarah. Temos Yitzchak e Rivka. Temos Yaakov e Rachel e Leah. Temos famílias judaicas saturadas de santidade. É aí que o Judaísmo é transmitido.
© Rav Tovia Singer
© Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info
Traduzido do inglês por Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info: © 2025 Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info
(Tradução inédita no Brasil!)
Estando ainda na Semana das Mães, a Semana do Dia das Mães, o Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info volta a aproveitar a ocasião para novamente desejar a todas as mães um Feliz Dia para cada dia da Semana das Mães.


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