26a Parte do Curso Bnei Noach

B”H

 

Parte 26 do Mini Curso Virtual Gratuito de Introdução ao Tema de Bnei Noach

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Um alerta especialmente para os judeus (Cuidado com os autointitulados judeus messiânicos)

O Site Bnei Noach
Projeto Noaismo Info
APRESENTA

 

Um alerta do Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info (sitebneinoachprojetonoaismo.info) especialmente para os judeus
(as informações a seguir também são úteis para os não-judeus):

Cuidado com os autointitulados “judeus” messiânicos

 

Por Projeto Noaismo Info (baseado no Rabi Tovia Singer)

 

Você sabia que existe um ramo do cristianismo cujos adeptos não se dizem cristãos, cujos adeptos se dizem judeus, e mais ainda, cujos adeptos se dizem judeus que encontraram e aceitaram o mashíach (messias)? Pois é, existe esse ramo do cristianismo sim. E o que é pior, esse ramo do cristianismo se autoapresenta como judaísmo messiânico.

A questão é, se existe um judaísmo messiânico, esse judaísmo é o próprio judaísmo autêntico, ou seja, aquilo que hoje é chamado de judaísmo ortodoxo. Se existem judeus messiânicos, os verdadeiros judeus messiânicos são os judeus autênticos (lê-se, os judeus ortodoxos). Isso é assim porque o judaísmo ensina a vinda do mashíach e todos os judeus a aguardam. Mas, para criar confusão entre judeus e não-judeus, um certo ramo de cristianismo teve a audácia de se autointitular e se apresentar para o mundo como o judaísmo messiânico, e seus adeptos como os judeus messiânicos. Por isso, cuidado com os autointitulados judeus messiânicos.

A cada ano, 1.000 grupos missionários cristãos evangélicos hebraizados (ou cristãos hebraístas) gastam mais de 300 milhões de dólares visando o povo judeu em todo o mundo, apresentando-se como judeus, para atrair judeus para a conversão. Nos últimos anos, estes grupos missionários conseguiram converter 350.000 judeus em todo o mundo. Eles apresentam o cristianismo sob o disfarce de judaísmo por chamarem seus clérigos ou pastores de “rabinos” e suas igrejas evangélicas de “sinagogas messiânicas”, por chamarem Jesus Cristo de Yeshua HaMashiach e o Novo Testamento de Brit HaChadasha, que significa Nova Aliança, por chamarem sua religião cristã de Judaísmo Messiânico, por não usarem a cruz e usarem símbolos judaicos, e por usarem nomes hebraicos e cantarem canções judaicas tradicionais. Esse ramo do cristianismo, o cristianismo hebraizado ou hebraísta (a que podemos chamar também de yeshuanismo), é composto por cristãos evangélicos. A igreja católica romana não pratíca mais a conversão de judeus.

Denominando a si mesmos de judeus para Jesus, cristãos hebreus, judeus messiânicos, eles celebram as festas judaicas com uma interpretação cristã. Eles realizam os serviços de Shabát, e usam kipá, talít e tsitsít para criarem a impressão de que um judeu pode ser cristão e ainda manter sua identidade judaica. Usando os Rolos da Torá, a iluminação das velas de Shabát (recitando as bênçãos — as bênçãos das velas de Shabát iniciam o dia de se fazer o Shabát), Kidúsh (bênção que inicia o ritual do Shabát) e Hamôtsi (bênção das duas chalót)*, eles fazem com que os judeus não afiliados se sintam confortáveis e bem-vindos em suas igrejas, pois eles sabem que qualquer judeu, mesmo um não afiliado, se sente desconfortável em uma igreja típica (um culto estranho para um deus estranho).

* Daqui depreendemos o motivo dos gentios ex-messiânicos quererem judaizar o movimento Bnei Noach. Eles permanecem judaizados pensando que não há problemas em manterem os rituais judaicos uma vez que já não acreditam mais em Jesus (Yeshua) e nem utilizam mais o seu nome nas bênçãos. (E a questão que surge quanto a isso é: mas se AGORA também sabem que não são judeus, que nunca foram, por que mantêm — querem manter  — os rituais judaicos?)

 

Assim, tais igrejas realmente conseguem a façanha de fazerem não-judeus ignorantes do judaísmo pensarem que são judeus e de fazerem judeus igualmente ignorantes do seu próprio judaísmo pensarem que AINDA* são judeus. Um judeu ex-cristão hebraizado (que abandonou esse ramo do cristianismo depois de uma reunião com o Rabi Dr. Jacob Immanuel Schochet, do Chabad, que também foi o primeiro rabino supervisor da Ask Noah International) admite:
“Os únicos judeus que pareciam aceitar Jesus como o Messias eram judeus ignorantes do judaísmo.” E, “fui forçado a admitir que nem um único judeu dentre as pessoas que afirmavam ser judeus messiânicos jamais soube o que era o judaísmo autêntico.”
Geralmente, tudo o que os judeus ignorantes do judaísmo sabem é que Jesus foi judeu e que os judeus não acreditam em Jesus.

* Segundo a Torá, o nascido de mãe judia que se converte para outra religião deixa de ser judeu.

 

Esses missionários cristãos hebraizados são tão obcecados por quererem converter judeus que recentemente nos EUA e no Canadá eles se apresentaram como judeus ortodoxos e se infiltraram nas sinagogas.

Os missionários cristãos hebraizados podem alegar que existem mais de 300 “provas” bíblicas de que Jesus, chamado por eles de Yeshua, é o mashíach. Um exame cuidadoso dessas passagens, no contexto (e dentro da sua essência natural — judaica), imediatamente refuta esta alegação. Algumas dessas passagens são baseadas em traduções incorretas, a maioria são citadas fora de contexto e são baseadas em raciocínio circular, e algumas são realmente baseadas em textos totalmente fabricados. Assim, 300×0 ainda é 0!

É interessante notar que atualmente quase todos os teólogos cristãos admitem o fato de que o cristianismo original (de quase 100 anos antes da era civil) nasceu dentro do judaísmo e de que Jesus e seus discípulos eram inicialmente todos judeus (eles foram educados segundo as linhas judaicas e se consideravam judeus). Alguns poucos rabinos e judeus afirmam que Jesus é uma mitologia, que ele não existiu de verdade, que ele não foi uma pessoa histórica, e, parcialmente, eles estão corretos (levando em conta que o Jesus eclesiástico do primeiro século da nossa Era realmente não existiu, pois o Jesus em que ele foi baseado, o verdadeiro Jesus, nasceu em 90 antes da nossa Era e morreu em 54 antes da nossa Era. O cristianismo romano modificou a sua data de existência*) (veja:
https://sitebneinoachprojetonoaismo.info/2017/12/20/a-verdadeira-historia-de-jesus-e-do-cristianismo/

e

https://sitebneinoachprojetonoaismo.info/2020/12/24/a-verdadeira-historia-de-jesus-e-do-cristianismo-parte-2/  ).

* Por isso não há historiadores do primeiro século da nossa Era que falam da existência desse Jesus.

 

Por fim, temos a intrigante questão: o cristianismo (não importa qual o ramo, se é o hebraizado ou não) é idolatria? A verdade é que por mais incrível que isso pareça, o culto cristão não se encaixa na definição da Torá de idolatria — culto idolátrico —, embora as crenças tipicamente cristãs possam sim ser classificadas como idolátricas. (Veja

Curso Bnei Noach parte 10

)* ▲. Como resolvemos este impasse? Com a verdade de que, seja o cristianismo, ou, seja qualquer religião gentílica, todas elas são invenções dos próprios humanos (portanto, mentiras, falsidades e enganações — ainda que possuam nelas algum elemento da Verdade) (e não se deve dar origem à religiões, diz-nos Rabi Maimônides) e todos os humanos devem seguir apenas os Mandamentos que O PRÓPRIO D’us do judaísmo, Hashém, deu na SUA Palavra, na Torá, para toda a humanidade através de Moshé no Sinái em 2448 desde a Criação (a Única, portanto, a Verdadeira Revelação Divina). Assim, não importa se alguma religião gentílica ensina as chamadas Sete Leis de Noá (Noé) (do mesmo modo como mencionam os Dez Mandamentos) e se os seus adeptos seguem-nas (porque são ensinamentos de sua religião), isso não é Noaísmo e esses religiosos (sejam cristãos ou yeshuanistas, maometistas, ou outros) não são Noaítas (Noahites, no inglês).

* Por causa disso alguns rabinos se equivocam em suas próprias palavras e acabam afirmando que um gentio pode ser cristão ou que um cristão não necessita abandonar o cristianismo para servir D’us (como uma boa pessoa). Essas afirmações realmente servem apenas para cristãos desavisados ou desatentos (ignorantes por absoluto de Hashém e da Torá). Quanto a que um gentio pode ser cristão, poder e dever são duas coisas distintas. Qualquer um pode qualquer coisa. Não significa que deva. Então, alguém pode ser cristão mas isso não significa que deva ser cristão. Que qualquer pessoa pode ser um bom cristão, qualquer pessoa de qualquer religião, ou sem religião, pode ser uma boa pessoa. Que bons cristãos (mesmo sendo cristãos) serão recompensados (por suas boas ações) por Hashém, quaisquer boas pessoas de todas as religiões, ou sem religião, serão divinamente recompensadas por suas boas ações.
Boas ações não tem nada a ver com princípios de fé corretos.

 

▲ De qualquer modo, veja

O cristianismo e o islamismo segundo a Torá

 

Nós, do Site Bnei Noach Projeto Noaismo, declaramos que somos Noaítas (Bnei Noach, no hebraico), que seguimos o Noaísmo, portanto, não-judeus que devotam Hashém cumprindo SUAS Mitsvót Universais. Não somos cristãos nem somos cristãos hebraizados/hebraístas ou yeshuanistas nem maometistas. Não acreditamos em Jesus ou Yeshua nem em Muhammad (Maomé) ou em quaisquer outros falsos profetas. Não acreditamos no novo testamento ou brit hachadasha nem no Alcorão ou Quran ou em quaisquer outros livros dos outros falsos profetas.

 

Por Projeto Noaismo Info (baseado no Rabi Tovia Singer)

Veja também

CURSO VIRTUAL GRATUITO BNEI NOACH PARTE 26

Site Bnei Noach (BRA)_Bnei Noach_Filhos de Noé_Leis Universais_Projeto Noaismo Info

© Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info

 

O Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info (antigo: “a-fe-original–noaismo.info”) tem o prazer, o orgulho e a honra de apresentar à Comunidade Judaica de Língua Portuguesa o Panfleto:
Sete Respostas Para os Messiânicos.

Acesse o título abaixo da imagem para baixar gratuitamente o panfleto no formato PDF 

 

⇒ 7 Respostas para os Judeus Para Jesus (Jews For Judaism_Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info) ⇐

Site Bnei Noach (BRA)_Bnei Noach_Filhos de Noé_Leis Universais_Projeto Noaismo Info

Isaías 53 trata de quem?

O Site Bnei Noach
Projeto Noaismo Info
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A Fé da Torá abrange as Fés Judaica e Noaica, as quais são, na verdade, uma e a mesma Fé

 

Sobre Isaías 53

■ ATENÇÃO: MATÉRIA ATUALIZADA ■

 

Isaías 53 trata de um indíviduo (que segundo o cristianismo — incluindo a sua versão hebraísta, os messiânicos — é Jesus/Yeshuá) ou trata de um povo (que segundo o judaísmo e o noaísmo — o movimento Bnei Noach da Torá — é o Povo Judeu, Israel)?

 

Em uma palestra, Rabi Tovia Singer responde para um cristão sobre Isaías 53

 

O problema é, sinceramente, que os cristãos conhecem Isaías 53 até “de trás para frente”. Você deve sabê-lo de cor. Se lhe pergunto sobre Isaías 53, você provavelmente tem uma boa idéia do que ele contém, certo? Agora, lhe pergunto: O que diz Isaías 52? (Cristão em silêncio.) Ou Isaías 54?

Quão perigoso é alguém pegar um livro de 66 capítulos e aprender apenas o capítulo 53. É muito provável que você não entenda o capítulo. Na verdade, de qualquer que seja o livro, não apenas da literatura sagrada. Até de uma novela! Pegue uma novela e vá direto para o capítulo 53. Você não entenderá o que está acontecendo. E isto é tão verdadeiro em relação aos cristãos!

Eles se queixam de que os judeus não lêem Isaías 53, mas os cristãos não lêem os outros 65 capítulos de Isaías. Eles lêem apenas o 53 e até o memorizam, e este é o problema. Depois eles vêm e acusam os judeus de não conhecerem o 53. As pessoas dizem: “os judeus não lêem Isaías 53”. Os cristãos não conhecem Isaías 52 ou 54. E este é o problema.

Quando estiver estudando as Escrituras, qualquer capítulo, você deve se fazer uma pergunta essencial que é: Quem está falando? E isto quer dizer, se você não sabe quem é que está falando, você não vai entender nada. Isto é axiomático.
Agora, lhe farei uma pergunta: Em Isaías 53, quem é que está falando? D’US é QUEM fala, ou é Isaías quem fala?

(Cristão: Mas muitos judeus realmente não sabem Isaías 53.)
Nós o sabemos de cor. Deixa-me lhe dizer uma coisa: você está se referindo aos seculares, e isto, por definição, significa que não estão familiarizados com a bíblia. Por outro lado, um judeu religioso sabe este capítulo de cor. Nós o amamos. O sabemos de cor desde crianças. Se você escolhe um judeu que não estuda Torá, que é secular, [obviamente você está escolhendo] alguém que não vai saber. Mas se você pergunta para alguém que tem frequentado a Ieshivá por toda a vida, nós sonhamos, comemos e bebemos Isaías 53.

Agora, permita-me lhe explicar: Em Isaías 53, você sugere que é D’US QUEM fala. Mas isto não pode ser. Por que? Porque alguém está falando, há pessoas que estão dizendo “temos pecado, e certamente ele tem carregado nossas transgressões”. D’US pode pecar? De maneira alguma. Assim, não é D’US QUEM está falando. Você dirá: “Isaías é quem fala”. Isaías realizou estas coisas? Não. Esta é uma narrativa. Há pessoas falando aqui. Isto é verdade não apenas para o Tanach, mas para qualquer outro livro: A pessoa deve identificar qual é a voz que fala, pois se você “aterriza” em um capítulo, 9% de um livro, e não identifica quem é o narrador, é muito provável que não vai entender o que é que está em questão no livro.

Aqueles que estão falando aqui, no capítulo 53, são os reis das nações gentias. Como sabemos? Porque ali está escrito, em Isaías 52:15: “muitas nações admirar-se-ão depois, e reis se calarão perante ele, porque verão o que jamais lhes fora previsto e perceberão o que nunca haviam escutado:”. Os reis ficaram estupefatos. O tema do capítulo 53, na verdade, começa em 52:15. Este versículo é o último do capítulo 52, mas este corte é artificial. Este corte foi introduzido na Idade Média pelo arcebispo de Canterbury, Stephen Langstone. Portanto, este corte não é natural do texto [original], é artificial. E os reis das nações fazem a pergunta em 53:1: “Quem teria acreditado no que nós ouvimos”, nós ouvimos, é plural. “E para quem foi revelada a ação do Eterno?” Então é muito importante entender que quem está falando aqui até o versículo 8 são os reis das nações.

Certamente, é a voz de D’US e é a voz de Isaías que profeticamente está nos contando o que é que os reis das nações haverão de dizer quando Mashíach vir. É por isso que nós amamos este capítulo. [Portanto, o lugar certo para os cristãos questionarem os judeus sobre Isaías 53] é uma Ieshivá, onde eles estudam Torá dia e noite. Portanto, a verdadeira pergunta, a grande pergunta de Isaías 53 é: Quem é que está falando?

E aqui também vemos que jamais se diz, não tem a palavra, “messias”, nem nada parecido. Agora, como sabemos? Porque está se falando do “servo” de D’US, e os reis das nações estão surpresos deste serviço. Então, qual é a pergunta óbvia? É: Quem é este “servo”? Como podemos saber a resposta? Temos de desejar saber o que Isaías pensa sobre quem é o servo de D’US. Agora, onde haveremos de indagar? Em Ezequiel? Não. Estamos lendo Isaías 53. Na verdade, Isaías 53 é a quarta das “quatro canções sobre o servo”, as quais começam em Isaías 41. Se esta é a quarta das “canções sobre o servo”, vamos regressar no texto e determinar se o “servo” de D’US está plenamente identificado nas três canções anteriores.

Isaías 41:8-9; 44:1-2; 44:21; 45:4; 48:20; 49:3. Queremos saber o que é que Isaías tem a dizer. Lhe digo, devemos ler o contexto de Isaías. Por acaso Isaías não tem uma opinião a respeito? Estamos caminhando passo a passo até Isaías 53 para lhe mostrar cada um dos lugares em que o “servo” é mencionado. Também há 43:10, este é muito famoso. E veja o que diz o versículo 11: “Somente EU sou O ETERNO, e outro salvador não existe, além de MIM.” Louvado seja Hashém!

Isaías 41:8-9:
“Mas tu, Israel, servo MEU; tu, Jacob, a quem escolhi, semente de Abrahão, MEU amigo; tu a quem busquei nas extremidades da terra, e trouxe de seus recantos, te afirmei: Tu és MEU servo;
EU te escolhi, e não hei de te rejeitar.”

Isaías 44:1-2:
“Contudo, ouve agora, ó Jacob, MEU servo; ó Israel, a quem escolhi. Assim disse O ETERNO, que desde o início te criou, que sempre proverá tua ajuda: Não temas, ó Jacob, MEU servo, ó Ieshurun, a QUEM escolhi.”

Isaías 44:21:
“Lembra-te destas coisas, ó Jacob, porque tu és o MEU servo, ó Israel! EU te formei para ser o MEU servo; não ME esqueças, ó Israel.”

Isaías 45:4:
“Para o bem de Jacob, MEU servo, e Israel, MEU eleito, EU por teu nome chamei; te escolhi, embora não ME tivesses conhecido.”

Isaías 48:20:
“E agora ide, saí da Babilônia, fugi dos caldeus; declarai com cânticos, proclamai até os confins da terra: O ETERNO redimiu SEU servo Jacob!”

Isaías 49:3:
“E (O ETERNO) me disse: Tu és MEU servo, Israel, em quem ME glorificarei!”

Isaías 43:10-11:
“Vós sois as MINHAS testemunhas — diz O ETERNO — MEUS servos a quem escolhi, para que possais saber, acreditar e compreender que EU sou O ETERNO. Nem um deus havia antes de MIM e nem um haverá depois. SOMENTE EU sou O ETERNO, e outro salvador não existe, além de MIM.”

Então, no contexto, nós sabemos efetivamente, e não porque os rabinos o têm dito e estamos sendo parciais, ou porque alguém, particularmente, não gosta da cristandade. Quando nos perguntam se conhecemos o 53, sim, o conhecemos. Mas ao mesmo tempo conhecemos os capítulos que o introduzem. Quero ressaltar que é justo afirmar que quando Isaías, de bendita memória, escreveu o capítulo 53, ele imaginou que nós leríamos os capítulos que o precedem. E se alguém não lê os capítulos que Isaías imaginou que deveriam ser lidos de antemão, apenas lê o 53, é altamente provável que ele vai acabar confuso.

[E a grande questão que surge é: Por que os cristãos não afirmam que estes outros capítulos de Isaías se referem a Jesus ou Yeshuá? Por que apenas Isaías 53? Por que justamente o único capítulo onde não há uma identificação explícita de quem é o servo (apesar de todos os outros lugares)?]

Agora, a [outra] pergunta é: do que se trata todo este capítulo? As nações gentias de todo o mundo estão falando do “servo” de D’US que tem se reerguido e que é Israel. Mas o que está acontecendo? As nações do mundo estão paralisadas, e diz explicitamente a Escritura: “Quem teria acreditado no que nós ouvimos”. Acontece que se hoje você pergunta às nações do mundo porquê os judeus sofrem, porquê passamos por todos estes problemas, alguns diriam que é porque os judeus não aceitaram Jesus, outros [de outras religiões] diriam outra coisa. Quando mashíach vem, e todo o mundo reconhece que D’US escolheu Israel, e que a Fé da Torá é a única verdade, se darão conta de que criaram um enorme problema.

Isto nos leva a pergunta inicial. Antes da vinda do mashíach as nações atribuíam o sofrimento dos judeus ao seu descrédito e rejeição das religiões do mundo. Na Era Messiânica, porém, os gentios descobrirão o que era até então inimaginável — o judeu inabalável foi, de fato, todo esse tempo fiel ao único D’US verdadeiro, [sim] as nações se darão conta de que os judeus sempre tiveram a Verdade, e que sempre tem sido o “servo sofredor” de D’US. A suposição original delas a respeito do sofrimento do povo judeu se evaporará por completo, será descartada. A cegueira espiritual delas é finalmente curada porque “O ETERNO descobriu o SEU santo braço aos olhos de todas as nações, e todos os confins da terra verão a salvação que vem de nosso D’US” (52:10).

Os cristãos são gente verdadeiramente boa. Mas é realmente um problema se alguém se apega a um texto com uma estratégia seletiva e descontextualizada. Quando o verdadeiro messias vier as nações do mundo reconhecerão seu erro, como está escrito em Jeremias 16:19-20, que os gentios virão aos judeus e dirão: “Nossos antepassados herdaram somente mentiras e coisas vãs em que não há proveito. Poderá o humano fazer para si deuses, sendo que ele mesmo não é um deus?” E aqui surge outra pergunta pertinente: Se somos nós judeus que estamos equivocados sobre Jesus ou Yeshuá, se o tema mais importante no mundo é Jesus, e estamos equivocados, por que cada profecia indica que são as nações que virão aos judeus e dirão “cometemos um erro”? Estas profecias deveriam dizer é que somos nós judeus que deveríamos acudir os cristãos e admitir que cometemos um erro.

Esta é uma pergunta sensata: Por que haveriam os gentios de segurar a roupa de um judeu dizendo, agora sabemos que D’US está com vocês, se somos nós, segundo os cristãos, que estamos errados? (Zacarias 8:23) Só pensando. Se os judeus estão errados, e Jesus é o messias, isto significa que os judeus perderam o barco por completo a respeito do detalhe mais importante sobre a salvação. Se isso é assim, por que são os cristãos que haverão de vir a nós judeus dizendo cometemos um erro? Deveria ser nós judeus que fôssemos aos cristãos dizendo sentimos muito, cometemos um erro. Isto simplesmente não faz nenhum sentido. Agora, os cristãos são gente boa; claro, nem todos. E vocês [os participantes da palestra, e na verdade todos nós que estamos agora aprendendo com o Rabi] não devem, vocês não tem a minha permissão de usar quaisquer das coisas que estão aprendendo aqui para atacá-los. Devem falar com amor e compreensão e usando a Escritura. Nunca sejam desrespeitosos, pois eles são sinceros nas crenças deles. O problema real é a estratégia seletiva que usam e que os extravia.

Agora, há sim algumas traduções cristãs que são honestas. Não quero dar a entender que todas as traduções cristãs são desonestas. De fato, há sim algumas traduções cristãs que dizem exatamente o que demonstramos aqui. A “The New English Bible – Oxford Study Edition”, é uma bíblia cristã, e nos comentários indica que o servo sofredor é Israel e também que são as nações quem estão falando em Isaías 53. Naturalmente não são todos os cristãos que crêem nisso, mas acontece que há muitos acadêmicos cristãos que reconhecem o que eu disse aqui, que o 53 não está falando de Jesus, está falando dos judeus.

O comentário de Isaías 52:13-53:12 da The New English Bible – Oxford Study Edition explica:
No “quarto Cântico do Servo, o Servo Sofredor, Israel, o servo de Deus, sofre como um indivíduo humilhado. No entanto, o servo suporta sem reclamar porque é um sofrimento vicário. 52:13-15: Nações e reis ficarão surpresos ao ver o servo exaltado. 53:1: As multidões, as nações gentias, entre as quais vivia o servo [Israel], falam aqui dizendo que o significado da humilhação e exaltação de Israel é difícil de acreditar.”

 

[Para finalizar.]

Por que os judeus não aceitam Jesus como o messias?

O motivo é: porque não há relação direta entre o que a bíblia diz sobre o messias e o que os cristãos ensinam sobre este conceito.

 

Por Rabi Tovia Singer
Traduzido do espanhol e do inglês por Projeto Noaísmo Info: © Projeto Noaismo Info

© Rabi Tovia Singer
© Projeto Noaismo Info

 

E veja também a explicação do Rav Shimshon Bisker, de Israel, o Rabino Supervisor do Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info, sobre Isaías capítulo 53, e leia todo o capítulo 53 de Isaías da Bíblia Hebraica em português em

Isaías 53 trata de quem? – Parte 2

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