O Site Bnei Noach
Projeto Noaismo Info
APRESENTA
# Os três tipos de Descendentes de Noá
# Os Dez Mandamentos Noaíticos
# As Três Leis Devocionais dos Noaítas
◇ Quem é o sábio das nações
◇ O que é noaísmo e judaísmo
Perguntas e Respostas
Por Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info
P: Eu ouvi dizer que há diferentes tipos de Bnei Noach (e eu não consigo entender isso). Isso é verdade? E se sim, por que e quantos?
(Respondendo também a:
Quem é o sábio das nações?)
R: Há diferentes tipos de Bnei Noach (lê-se benêi Nôarr).
São três tipos no total, sendo o mais básico exatamente o significado mais básico da expressão Bnei Noach, o significado literal e simples, “filhos ou descendentes (físicos) de Noé (Noá)”. Em outras palavras, qualquer pessoa. Em português, podemos utilizar a forma alternativa Noaída (tradução literal do inglês “Noahide”). Em grego, latim, inglês e português, o termo Noaída tem o único significado de “filhos” ou “descendentes de Noá” (no sentido amplo, geral, quer dizer, de toda a humanidade independentemente de fé).
Depois, há um tipo de “descendente de Noá” que apenas aparenta ser um noaíta.
Esse é aquela pessoa que pratíca as Sete Leis de Noá mas sem saber que elas são Leis Divinas, Leis que foram dadas pelo PRÓPRIO D’us para toda a humanidade, Leis de Hashém (Mitsvót) que o mundo todo deve seguir (ele não sabe que elas são Leis e que são chamadas de Leis de Noá ou Leis dos descendentes de Noá).
Ele as cumpre mas ele não é um noaíta, ele não segue o noaísmo (na verdade ele nem sabe da existência disso ou o que é isso).
Ele as cumpre apenas porque elas são “Leis racionais”. Ele as cumpre por achar que se trata de uma questão de lógica ou porque elas fazem sentido para ele. Ele acredita em Deus, mas ele não conhece Hashém ou a Torá. Ele pode praticar estas Leis até mesmo por causa de sua religião (mas é óbvio que se ele as cumpre devido à sua religião, tal religião não é fundamentada em Hashém e na Torá. Toda religião “revelada” é invenção de um falso profeta). Tal pessoa pode muito bem ser relativamente inteligente e boa. Isso é louvável. E mesmo sem saber do noaísmo, sem ser um noaíta, mas porque as pratíca, essa pessoa será devidamente recompensada por Hashém. Porém, nas próprias palavras do Rabi Maimônides, “ela não é um guer tosháv, nem é devota de Hashém entre os gentios, e nem é sábia.”
Quando um não-judeu conhece Hashém baseado na Torá através do povo judeu, e ele adota para si mesmo o noaísmo, então ele se torna um noaíta (inglês: Noahite) — um descendente espiritual de Noá. Neste caso, o noaíta pratíca suas Leis não apenas por questão intelectual ou de lógica, por serem racionais, antes, as próprias Leis já não são mais apenas meras “regras sociais” ou “regras religiosas” (regras religiosas, quer dizer, ensinamentos dos seus falsos profetas), elas são Mitsvót, quer dizer, Leis Divinas (Leis de Hashém). E a partir daqui entramos então em uma outra dimensão. O noaíta finalmente aprende e entende que existem outras TRÊS Leis aparte das Sete básicas e que estas TRÊS Leis são na verdade o fundamento (a base) das Sete Leis mais básicas, o fundamento de sua Fé, o fundamento do noaísmo.
Três Leis aparte das Sete Leis básicas iniciais?
Sim.
Os mandamentos judaicos são 613 e a base deles são aqueles que nós conhecemos como ‘os Dez Mandamentos’.
Agora, você sabia que a base dos mandamentos noaíticos (não judaicos) também são Dez — Dez Mandamentos Noaíticos (mas que são denominados ‘Sete’* porque são divididos em dois grupos, um de Três e um de Sete)?
E quais são estas Três Mitsvót não incluídas nas Sete?
* Certamente que se a base dos mandamentos noaíticos fosse chamada de “Dez Mandamentos”, isso causaria uma tremenda de uma confusão com os “Dez Mandamentos” (judaicos). Por isso foi denominada “Sete Mandamentos”.
Enquanto que as Sete Mitsvót são Leis Morais, as outras Três são Leis Espirituais (ou Leis Devocionais), que podem ser resumidas em quatro ou três palavras-chave:
Hashém-Torá-Moshé-Espiritualidade,
ou então,
Hashém-Torá-Moshé (Moshé/Moisés também representando então o povo judeu).
Como noaíta, a pessoa vem a conhecer Hashém e passa a servi-LO entendendo que foi Hashém QUEM ordenou as Sete Leis a toda a humanidade na Torá através de Moshé e, desde então, do povo judeu, e, que Hashém não deu nenhuma religião a ninguém.
E como foi dito, estas TRÊS Mitsvót são o fundamento das Sete Leis mais básicas, o fundamento da Fé Noaítica, o fundamento do noaísmo.
Assim, estas são as Três Mitsvót Devocionais antes das Sete:
1. Conhecer Hashém
(a primeira e maior mitsvá universal espiritual/devocional não é simplesmente acreditar em algum deus, nem mesmo sequer simplesmente crer no D’us, mas conhecer O Hashém, como está escrito (no Livro bíblico de Bnei Noach, o Gênesis): “E O Hashém D’us ordenou ao ser humano”.);
2. Conhecer a Torá
(estudando-a e aprendendo-a com o povo de Israel, com os judeus, que, como disse o profeta judeu Yeshaiáhu (Isaías), são as verdadeiras testemunhas de D’us — as Testemunhas de Havayáh:
“Diz Havayáh, teu CRIADOR, ó (filhos de) Yaacóv, AQUELE que te formou, ó (nação de) Israel: … Vocês são Minhas testemunhas, declara Havayáh, e Meus servos, a quem EU escolhi, de modo que vocês conhecerão e acreditarão em MIM, e entenderão que EU sou ELE; antes de MIM nada foi criado por um deus, e depois de MIM não haverá!” (43:1, 10)
Pois, “foi mostrado a vocês (judeus) para saber que Havayáh é Haelohím — O D’us, e não há ninguém além DELE.” (Devarím/Deuteronômio 4:35-39)
Através da entrega da Torá de Hashém para os judeus no Har Sinái, “o mundo viu uma nação conhecedora de D’us” — nas palavras do Rabi Maimônides (Hilchót Avodát Kochavím Vechukót Hagoím). E naquela ocasião, foi revelado que já existia uma Torá para os gentios — as Sete Mitsvót Universais — que foi dada a Adám e Chavá e a Nôach e Naamá. Em outras palavras, desde a criação da humanidade já existia uma Torá Universal. E 2448 anos depois, veio a existir também uma Torá Judaica — uma Torá essencialmente judaica, propícia aos judeus.); e,
3. Ao cumprir as Duas Mitsvót Universais Devocionais acima, os noaítas (os não-judeus que tornaram-se devotos de Hashém) consequentementemente cumprem a Terceira Mitsvá Espiritual:
“Não se deve permitir dar origem a alguma religião.” (Rabi Maimônides, As Leis dos Reis 10:9)
(Hashém deu à humanidade espiritualidade — uma natureza espiritual — não religião.
E além disso, não-judeu algum consegue conhecer Hashém e a Torá e o Noaísmo através de alguma religião. Apenas através do vulgarmente chamado ‘Judaísmo’ — mais precisamente Os Princípios de Fé da Torá é que é possível chegar à Verdade da espiritualidade. Apenas o ‘Noaísmo’ e o ‘Judaísmo’ são Revelações de Hashém. Todas as religiões, qualquer uma delas*, são invenções.
* Isso inclui o cristianismo (incluindo a sua vertente hebraísta: os messiânicos), o kardecismo e o maometismo (muhammatismo).
Enquanto que um não-noaíta pode (ou não) se identificar com alguma religião, qualquer uma delas, é óbvio que o noaíta, que é a pessoa que é devota de Hashém, só se identifica com o próprio noaísmo, não com qualquer religião. Ele sabe que todo e qualquer fundador das religiões é falso profeta e que toda e qualquer escritura das religiões não é a Palavra de Hashém (a propósito, é interessante parar para pensar no fato de que de todos os livros sagrados de todas as religiões, apenas a Torá — querendo dizer todo o Tanách (bíblia judaica) — contém a Própria Assinatura de Hashém, o Nome essencial de D’us, Havayáh).
Como afirma o Rabi Tzvi Freeman do Chabad:
“A Torá [é] a mensagem de D’us para toda a humanidade.”).
O noaíta portanto pratíca antes das Sete Categorias de Leis Divinas Universais as Três Leis Divinas Devocionais: ele conhece Hashém (através da Torá), ele conhece a Torá (através dos judeus), e conhecendo Hashém e a Torá ele não inventa religiões e sai das religiões e exerce sua fé praticando suas Mitsvót. Obviamente, o Caminho Espiritual do noaíta é o noaísmo; a Fé (ou os Princípios de Fé) do noaíta é o noaísmo*.
* “Noaísmo”, de Noá + ismo, mas não significando, como já foi exposto, que foi fundado por Noá ou que os noaítas são seguidores (discípulos) de Noá (da mesmíssima forma que “Judaísmo” não significa que foi fundado por Judá (Yehudá) ou que os judeus são seguidores (discípulos) de Judá).
O noaísmo também é chamado de movimento Bnei Noach ou mais exatamente movimento Bnei Noach da Torá.
Noaísmo é o nome que se dá ao Conjunto de Princípios de Fé e Princípios de Valores Humanos dados pelo PRÓPRIO Hashém de maneira universal, i.e., para toda a humanidade — esta é a Torá noaítica. Enquanto que judaísmo é o nome que se dá ao mesmo Conjunto de Princípios de Fé e Princípios de Valores Humanos dados pelo PRÓPRIO Hashém só que em mais detalhes e de maneira particular, i.e., em especial para um povo inteiro mas um único povo, os judeus, porém, acrescidos de rituais (que são as Mitsvót Edót, sinais e símbolos identificadores e testemunhais, por isso, propícios aos judeus) e de outros tipos de leis (como por exemplo, as territoriais; etc) — esta é a Torá israelítica.
Foi do noaíta que o Rabi Maimônides falou quando escreveu:
“Qualquer pessoa que aceita o cumprimento destas Sete Categorias de Mitsvót e é cuidadosa na sua observância, (quando ela mora na Terra de Israel na época do Templo Sagrado ela) é chamada de residente estrangeiro (guer tosháv, ou, quando não assim, ela então) é considerada como um dos devotos de Hashém entre os gentios (também considerada como gentio justo e/ou gentio sábio) e terá o mérito de compartilhar do Mundo Vindouro.
Isto se aplica somente quando ela as aceita e cumpre, porque Hashém, abençoado Seja, ordenou-lhes isto na Torá e nos informou através de Moshé Rabênu (nosso mestre) que mesmo previamente os descendentes de Noá foram obrigados a cumpri-las.”
Como vemos claramente, o noaíta só é noaíta porque ele é “um gentio devoto de Hashém”, ele devota Hashém, ele é servo de Hashém. Como nos explica o nosso querido Rabino, o Rabino Supervisor do Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info, Rav Shimshon Bisker, de Israel: “É fundamental saber que para ser considerado um Ben Noach Justo, ou seja, para ser considerado que se está cumprindo as Leis de Noach e ser incluído entre os “chassidei umót haolam” (Justos das Nações) existe uma condição:
Crença em D’us e reconhecer a origem das Sete Leis que são transmitidas através da Torá!”
Como noaíta ele é chamado por vários nomes além de noaíta (ou então Bnei Noach) e devoto (ou servo) de Hashém entre as nações. Ele também é conhecido como justo das nações e/ou sábio das nações. ‘Justo’ porque pratíca a Vontade Divina pelas Mitsvót Universais. ‘Sábio’ porque como declara um dos sete versículos da bíblia judaica (Tanách) que o Rabi Dr. Jacob Immanuel Schochet (do Chabad, o primeiro rabino supervisor da Ask Noah, Instituição judaica criada como uma resposta à Campanha do Rebe do Chabad de divulgar as Universais Mitsvót de Hashém a toda a humanidade), recomendou para as crianças noaítas aprenderem e recitarem:
“A sabedoria é o temor de Hashém e a inteligência é saber evitar o mal (mediante o temor de Hashém).” (Jó 28:28)
E também como declara o Tehilím/Salmos 111:10:
“O princípio da Chochmá/sabedoria é o temor (reverência) de Hashém — (é) (discernimento) bom senso para todos os que realizam os mandamentos de D’us.”
Como dissemos, um não-noaíta pode ser uma pessoa relativamente boa e inteligente, mas se ele não devota Hashém, como ele pode ser um gentio justo? Se ele não devota Hashém, como ele pode ser um gentio sábio?
O Pirkêi Avót, Capítulo 3 Mishná 17, já dizia:
“Rabi Elazár ben Azariá disse: Se não há Lei Divina — Torá, não há conduta social adequada; se não há conduta social adequada, não há Lei Divina — Torá. Se não há sabedoria, não há temor a D’us; se não há temor a D’us, não há sabedoria. Se não há conhecimento, não há entendimento; se não há entendimento, não há conhecimento.”
O livro “Sháar HaEmuná Ve’Iesód HaChassidút, Entrada da Porta do Beit Yaakóv” do Rabi Gershon Chanoch Henoch Leiner de Radzin, explica (conforme comentário do Rabi Betzalel Edwards):
“A crença em D’us (Hashém) nos leva a temê-LO, o que motiva uma pessoa a observar os mandamentos da Torá. No entanto, este temor (a D’us) é um medo que nasce da consciência da transcendência absoluta de D’us. Assim, seria mais precisamente chamado de “consciência” ou “reverência” da Divindade.”
E o livro prossegue (agora conforme o autor, o Rabi Gershon):
“O Zôhar escreve: “No princípio criou D’us …”. Este é o primeiro mandamento, que se chama “Temor a Hashém”. Desta forma, o mundo inteiro depende deste mandamento. Assim, o temor de Hashém é a própria soberania de D’us e contém dentro de si todos os mandamentos da Torá.
[Mas aí, diante disso tudo, vem a questão:]
Se a pessoa não conhece a Torá, ou a recompensa e a punição por manter ou transgredir seus mandamentos, ou AQUELE que criou a Torá e a dá a Israel (e uma parte à humanidade), como então ela pode temer D’us e guardar Seus mandamentos? Por esta razão [está escrito]: “Conhece (tu) O D’us de vossos pais (Adám e Nôach) e serve-O.” Pois se alguém não conhece AQUELE que lhe deu a Torá (Universal) e lhe ordenou que a guardasse, como então pode temê-LO e cumprir Seus mandamentos?”
Portanto, sábio é a pessoa que conhece e teme (reverencia) Hashém, e que O devota, cumprindo SEUS Mandamentos. Além de que, para o Rabi Maimônides, também é sábio (sensato) aquela pessoa gentia que por sua própria inteligência descobre estas Mitsvót universais no livro de Gênesis e por iniciativa própria resolve aceitá-las (entendendo por si só — quer dizer, sem contato algum com qualquer judeu — que é isto o que D’US quer dela) (sendo que, posteriormente, aprendendo que elas são válidas porque foram dadas novamente para a humanidade mas desta vez mediante a Entrega da Torá no Sinai, e assim estudando-as com um judeu e praticando-as devidamente, então aí se tornará um justo). Mas para isso, os não-judeus têm de saber da existência de uma Torá Universal, de uma Torá para os não-judeus, as Sete Categorias de Mitsvót Noaíticas. E foi por isso mesmo que o Rabi Maimônides legislou:
“Da boca do Todopoderoso, Moshé, nosso mestre, ordenou-nos (a nós judeus, em todas as épocas e lugares,) a obrigar todos os habitantes do mundo a aceitar sobre si mesmos os mandamentos Divinos (Mitsvót) dados aos descendentes de Nôach.”
Resumindo, temos Três tipos de descendentes de Noá.
Um é qualquer indivíduo, pois qualquer um é descendente de Noá. Esses são Noaídas.
O outro, é o descendente de Noá que cumpre parcialmente as Mitsvót Noaíticas (sem saber disso).
Ele — parcialmente — as cumpre ou porque são leis sociais (daí ele pode até mesmo ser ateu), ou porque são leis religiosas (quer dizer, porque são regras de sua religião, ensinamentos dos falsos profetas inventores dessas religiões). Mas, obviamente, ele não é noaíta, ele não segue o noaísmo, ele não devota Hashém.
E por fim, temos o descendente espiritual de Noá, o noaíta. Ele segue o Noaísmo, ele devota Hashém, por isso é um noaíta. O noaíta é o devoto de Hashém entre as nações. O noaíta é o justo das nações. O noaíta é o sábio das nações.
O noaíta pratíca todas as Mitsvót Noaíticas, a Torá para os não-judeus.
A base das Mitsvót Noaíticas são os Dez Mandamentos Noaíticos — os Dez Mandamentos dos noaítas (que não é a mesma coisa que os Dez Mandamentos judaicos).
Os Dez Mandamentos Noaíticos são divididos em dois grupos, sendo o mais famoso aquele que foi denominado de “Sete Leis”. Estas Sete Leis são as Leis Morais mais básicas, o mínimo a ser cumprido. Pois o máximo compõe-se de várias dezenas.
O outro grupo dos Dez Mandamentos Noaíticos é o das Três Leis Devocionais, que são na verdade o próprio fundamento das Sete Leis mais básicas. As Três Leis Devocionais dos noaítas são o fundamento da Fé Noaítica, o fundamento do noaísmo.
Estas são conhecer Hashém e devotá-LO, estudar a Torá com o Povo de Hashém, os judeus, e, não inventar religiões e abandoná-las (que, como já exposto, inclui, obviamente, cristianismo e islamismo).
Por Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info
