Daniel 9

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PERGUNTAS E RESPOSTAS ESPECIAL
Qual é o significado da segunda parte de Daniel 9 (a profecia das setenta semanas)?

 

Neste ano nacional de 2025, hoje, 20 de abril, é a páscoa cristã, ou seja, o dia da celebração da suposta ressurreição de Jesus, e não tem data mais propícia do que esta para falarmos das setenta semanas profetizadas pelo profeta judeu Daniel em seu livro, Daniel, capítulo 9. Por que? Porque, os versículos 25 e 26 conforme a bíblia cristã declaram:

(Almeida Revista e Atualizada)

Daniel 9:25

“Sabe e entende:
Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos.”

Daniel 9:26

“Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Messias, e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio; e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas.”

 

Assim como Isaías 53 é usado pelos cristãos para dizerem que se trata de Jesus, assim também acontece aqui com Daniel 9. Porém, aqui, nesse caso, os cristãos vão ainda mais longe. O Rav Tovia Singer explica:

“Em vez de os tradutores cristãos traduzirem a palavra hebraica “mashiach” no versículo 25 e no versículo 26 do capítulo 9 de Daniel como eles a traduzem em todos os outros lugares da bíblia hebraica onde ela ocorre, a saber, como “ungido”, não, justo aqui eles a traduzem como “messias”, e mais do que isso, a escrevem com um “M” maiúsculo e inserem o artigo definido “o”, para assim ser lido “o Messias”.”

Então assim eles dão a entender que tanto o versículo 25 quanto o versículo 26 estão tratando de uma mesma pessoa, alguém que é o Messias.

O Rav Tovia prossegue:

“Ou seja, é uma farsa completa. É um verdadeiro espetáculo espiritual de circo. Por isso é muito importante voltar à Bíblia e fazer a seguinte pergunta:
Por que, em todos os outros lugares onde a palavra messias (mashiach) aparece no hebraico, as Bíblias cristãs a traduzem corretamente como “ungido”, com letra minúscula, mas somente aqui (em Daniel 9), a traduzem como “Messias”, com letra maiúscula — e ainda por cima com um artigo definido que não está no hebraico? Daniel 9 está em hebraico! Então por que isso? Porque a Igreja é formada por um bando de trapaceiros que alteram o texto. E você me ouviu bem — isso é extremamente promíscuo.”

 

Agora, qual é a tradução correta de Daniel 9:25 e 26?

Tradução Judaica (baseada no hebraico literal):

Daniel 9:25

“Sabe e compreende:
Desde a saída da palavra para restaurar e reconstruir Jerusalém até um ungido, um príncipe, serão sete semanas; e por sessenta e duas semanas, ela será reconstruída, com praça e muro, em tempos difíceis.”

Daniel 9:26

“E depois das sessenta e duas semanas, um ungido será cortado, e não será mais; e a cidade e o santuário serão destruídos pelo povo de um príncipe que virá, e seu fim será com uma torrente e até o fim haverá guerra; desolações estão decretadas.”

Certamente que essa divisão versicular não ajuda em nada. A estrutura mais lógica para se entender corretamente o texto é:

“Sabe e compreende:
Desde a saída da palavra para restaurar e reconstruir Jerusalém até um ungido, um príncipe, serão sete semanas.”

“E por sessenta e duas semanas, ela será reconstruída, com praça e muro, em tempos difíceis. E depois das sessenta e duas semanas, um ungido será cortado, e não será mais; e a cidade e o santuário serão destruídos”… .

A verdade é que o texto dos versículos 25 e 26, em sua formulação hebraica, apresenta uma linguagem truncada e condensada, exigindo leitura cuidadosa à luz do contexto histórico e dos profetas relacionados.

Não fazendo acréscimos à Palavra de Deus, Deus nos livre, mas tão-somente uma reformulação dos versículos para o seu entendimento simples e correto, o que o texto de fato está nos dizendo, é:

“Desde (o fim da «primeira» destruição de Jerusalém até) a saída da palavra para restaurar e reconstruir — reconstruir, ou seja, construir novamente, o que significa que houve uma destruíção, e já que se falará de uma segunda destruição, então essa foi a primeira — Jerusalém, (ou seja,) até um (certo) ungido, (um ungido que é) um príncipe (que é quem emite essa palavra ou decreto), serão sete semanas (de anos).
E por sessenta e duas semanas ela (a cidade de Jerusalém) terá sido restaurada e reconstruída, com praça e muro, em tempos difíceis. E depois das sessenta e duas semanas (ela cairá nas mãos de inimigos pela segunda vez. Uma vez acontecido isso,) um (outro) ungido (sacerdotal) será cortado (de sua função), e não estará mais (ativo); e a cidade e o santuário serão destruídos pelo povo de um (outro) príncipe (que não o mencionado anteriormente) que virá, e seu fim será com uma torrente, e até o fim haverá guerra; desolações estão decretadas.”

 

Será que estamos inventando coisas? Será que isso é imaginação nossa? Será que estamos distorcendo o texto? Bom, agora, basta analisarmos os eventos históricos:

(Antes, entendamos que a palavra hebraica “semanas” (nesse capítulo) é shavu’im (שָׁבֻעִים), que significa literalmente “setes”. Aqui, trata-se de setes de anos. Daí, é o próprio texto que diz: “sete semanas; E sessenta e duas semanas”, ou seja, dois períodos, um de sete semanas (igual a 49 anos), e outro período de sessenta e duas semanas (igual a 434 anos). Assim sendo, o que a História tem a nos mostrar?)

• Desde que Nabucodonosor, da Babilônia, destrói Jerusalém e o primeiro Templo em 586 antes da era comum e o povo judeu entra em exílio babilônico, até surgir Ciro, o Grande, o rei persa que libertou os judeus do exílio babilônico e ordenou a reconstrução do Templo em Jerusalém, em 538 antes da era comum, conforme está registrado no livro de Esdras 1:1-3 – e a quem O PRÓPRIO Deus chama de “MEU ungido (mashiach)” (Isaías 45:1) –, passam-se quanto tempo, quantos anos? Exatamente 49 anos (matematicamente 48 anos redondos com o início do 49°).

• A partir daqui temos alguma datas específicas muito peculiares:

O decreto de Ciro em 538 A.E.C. (também confirmado por uma inscrição persa conhecida como o Cilindro de Ciro);

O retorno dos judeus e início do altar em 537 A.E.C.;

A obra sofre interrupção por ordem das autoridades persas locais, e, durante quase 18 anos a construção do Templo fica paralisada;

A retomada das obras sob Dario I (Esdras 5-6) em 520 A.E.C.;

E, por fim, a conclusão do Segundo Templo em 516 A.E.C. (22 anos após o decreto de Ciro e 70 anos após a destruição do Primeiro Templo, cumprindo a profecia de Jeremias de 70 anos de exílio babilônico).

• Agora aqui (chegado à conclusão da construção do Segundo Templo) cabe ressaltar o seguinte detalhe:

De acordo com o Talmud (Yoma 9a, Bava Batra 3a), o Segundo Templo Sagrado existiu por 420 anos. Assim, as 62 semanas mencionadas em Daniel 9 (equivalentes a 434 anos) não se referem ao tempo literal de duração do Templo. De qualquer forma, os 420 anos de Templo estão abrangidos nos 434 anos simbólicos de Daniel, e esses 434 anos representam a longa existência de Jerusalém e do Segundo Templo em funcionamento.

• E por fim, qual é o quadro histórico quanto ao versículo 26? Vejamos comos os eventos históricos da destruição do segundo templo se encaixam perfeitamente no texto:

“E depois das sessenta e duas semanas (ou seja, no período da Grande Revolta Judaica contra Roma, que começou em 66 era comum), um ungido será eliminado (ou seja, o serviço sacerdotal cessou em 66 era comum, antes da destruição do Templo, no ano 70) e não será mais (ou seja, o Templo ainda está fisicamente de pé mas não há mais os serviços sagrados – como os sacrifícios); e o povo (os romanos) de um príncipe que virá (o general Tito, futuro imperador romano, filho de Vespasiano) destruirá a cidade e o santuário (em 70 era comum), e seu fim será com uma torrente (destruição avassaladora, como o Templo sendo queimado, milhares mortos, exílio e ruína total); e até o fim haverá guerra (ou seja, os romanos, sob o comando de Tito, sitiaram Jerusalém durante meses (de abril a agosto do ano 70), e atacaram até alcançarem o fim da resistência judaica, o fim do Templo (queimado e derrubado), e o fim da soberania judaica sobre Jerusalém); desolações estão decretadas (ou seja, mais de 1 milhão de judeus mortos (segundo Josefo), e um exílio prolongado que dura até hoje).”

 

Portanto, (aqui em Daniel 9) não há nenhum messias divino nem nenhum messias crucificado, nenhum Jesus (e nem sequer há um messias davídico, pois não é uma profecia messiânica, portanto, não trata do Mashiach, o verdadeiro messias).

Como bem o diz o Rav Tovia Singer: “Os apologistas cristãos querem que você fique na igreja. Eles querem que você ligue de volta para a igreja e diga que está voltando. Eles querem que você volte a colocar o seu dinheiro naquele prato que é passado todo domingo.”

 

E ainda, depois desse fim trágico, o que se segue encaixa perfeitamente nas palavras de Oséias 3:4 e 5:

“Pois os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei e sem príncipe, sem sacrifício e sem um pilar, sem éfode e sem terafim. Depois disso, os filhos de Israel retornarão e buscarão Hashem, seu Deus, e a David, seu rei; e se aproximarão com temor de Hashem e de SUA bondade, nos últimos dias.”

O Rav Tovia Singer explica:
“Os filhos de Israel suportarão um exílio muito longo, ficando muitos anos sem rei, sem sacrifício, sem um templo, e depois disso, eu lhe imploro, eu imploro, veja você mesmo o que acontece depois: depois, eles, os filhos de Israel, retornarão e buscarão Hashem, seu Deus, e a David, seu rei, é isso o que se diz. E quando isso acontecerá? Olhe para as duas últimas palavras. Você precisa disso para você mesmo. Você sabe que não estou tirando isso do contexto, nem impondo uma interpretação minha, pessoal. Por favor, leia as duas últimas palavras de Oséias 3:5. Quando isso vai acontecer? Diz: nos “últimos dias”. E não importa qual tradução você use para ver isso. Então, o exílio vai durar por um tempo muito longo sem Templo, sem sacrifício, sem rei, e a propósito, esse é um problema gigantesco para os cristãos. Para os cristãos, esse é um problema existencial. Pois os cristãos afirmam que tem um rei, os cristãos afirmam que tem um sacrifício, os cristãos afirmam que Jesus é o seu templo. Eu estou inventando isso? Diga-me, estou? Agora eu estou falando apenas com os cristãos. Se você é judeu, islâmico, ou ateu, não diga uma palavra. Quero falar apenas com os cristãos. Eu estou inventando isso? Você sabe que eu estou dizendo a verdade. “O meu reino” (João 18:36), “o cordeiro de Deus” (João 1:29), “sumo sacerdote” (Hebreus capítulos 6, 7 e 8), por favor.

Dois mil anos é muita coisa, e durante todo esse período você não terá nenhuma dessas coisas. Isso é uma ameaça existencial para a igreja. O cristianismo não pode ser a Verdade. Como esse período terminará? Quando o povo de Israel retornarem e buscarem Hashem. Eles não serão salvos pela cruz, pelo Gólgota, pelo calvário. Não. Eles têm de fazer teshuvá (retorno a Hashem), Isaías 59:20. E o que eles farão em seu arrependimento? Eles buscarão Hashem e a David, seu rei, que é o mashiach. E quando isso acontecerá?

Só para você saber, a hora é agora. Esta é a hora de todo cristão se ajoelhar e dizer: “Hashem, eu O aceito como o meu único Senhor e como o meu único Salvador.” É isso. Chega! Agora é a hora de você confessar seus pecados. Diga: “Hashem, eu estava me envolvendo em idolatria. Eu não sabia”, ou “eu sabia mas agora me arrependo”. Há um bom motivo para você renunciar a sua igreja: porque ela é idolatria. “Eu me arrependo do meu pecado. E é somente a VOCÊ que eu me curvo, e é somente a VOCÊ que eu louvo, e é somente a VOCÊ que eu rezo, e eu renuncio ao cristianismo completamente.” Agora, agora é a hora. Oséias 3:4, 5, [esse texto sim é uma profecia messiânica, e] é uma profecia clara, transparente, cristalina. Esta é a hora de você se tornar um ben-Noach e dizer: “eu renuncio a tudo o que há de religião e VOCÊ, Hashem, é O ÚNICO para mim, e só a VOCÊ Sozinho eu adoro, só a VOCÊ Sozinho minha língua louva, só a VOCÊ Sozinho eu sirvo.”

Realmente se o seu coração é feito de carne e não de pedra, você já terá se arrependido. Essa é uma profecia clara, não é nada como “haverá guerras e rumores de guerras”. Esqueça essas coisas. É tudo ambíguo. Isso é que é muito claro. O que mais você quer? O que mais você precisa? Do que mais você precisa para se arrepender? Eu não sei. O que o Tanah (a bíblia original) tem que lhe dizer para persuadi-lo a abandonar os caminhos das nações e voltar-se para O Deus de Israel? Se isso não é o suficiente, então eu não sei o que é. Como poderia uma pessoa não saborear esse doce (Salmo 34:9) e dizer: “Hashem, é somente VOCÊ que eu adoro, é somente VOCÊ que eu sirvo”?

Estamos agora no fim, e eu acredito que devemos ver a vinda de Mashiach, o verdadeiro messias, rapidamente em nosso tempo.”

Texto exclusivo por Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info e Rav Tovia Singer.

© Rav Tovia Singer
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Traduzido do inglês exclusivamente por Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info: © 2025 Site Bnei Noach Projeto Noaismo Info

 

Sobre Oséias 6, veja:

Oséias 6 trata do que?

Mais sobre a diferença entre o Judaísmo e o cristianismo, veja:

Qual é a diferença entre Judaísmo e Cristianismo?

Clareando ainda mais como o novo testamento não é Palavra de Deus, veja:

Uma palavra por hoje ser “sexta santa”

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